Inspira CIEE-RS 06 | Aproveitar as oportunidades alavancou a carreira de Ana
Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.
As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.
Qual é o segredo para alcançar o sucesso profissional em um mercado competitivo e dinâmico? Muitas vezes é sobre entender os passos para trás necessários para ir mais adiante. Neste texto, vamos contar a história de Ana Carolina Neu, uma mulher que soube aproveitar as chances que apareceram em seu caminho e se tornou líder de RH em uma multinacional. Ela é o sexto personagem da série Inspira CIEE-RS.
Ouça o texto na íntegra
Ana Carolina Neu, 33 anos, é natural de Santa Cruz do Sul, um polo da indústria fumageira no Brasil. Ela iniciou sua trajetória profissional como auxiliar de escritório, estudando administração na UNISC, não estava contente com a situação que se encontrava, ela queria mais.
Foi então que, depois de uma amiga sugerir que concorresse a uma vaga de estágio pelo CIEE-RS na multinacional British American Tobacco (BAT), antigamente conhecida como Souza Cruz, ela percebeu uma oportunidade de ouro.
Ela largou o emprego e se candidatou ao estágio, mesmo sem ter muita experiência na área de RH. Para muitos essa seria uma decisão precipitada e arriscada, Ana tinha emprego fixo, carteira assinada, estabilidade. Mas ela viu que esse processo seletivo seria o primeiro passo para a mudança de sua vida.
O início do estágio na BAT
O processo seletivo para o estágio na BAT foi longo e muito concorrido. Ana teve que esperar seis meses até ser chamada para a entrevista, que coincidiu com o dia do seu aniversário, em 8 de dezembro de 2011. Ela lembra que foi um presente e tanto.
Ela foi aprovada e começou a trabalhar no setor de RH da empresa, onde ficou por dois anos. Nesse período, ela aprendeu muito sobre as rotinas e os processos da área, além de desenvolver habilidades como comunicação, liderança e trabalho em equipe.
Ela também se destacou pela sua proatividade e iniciativa. Relatou que o estágio foi uma excelente oportunidade para mergulhar nos processos da empresa. Ela sempre buscava ações para melhorar o desempenho do setor e da empresa, e não tinha medo de levantar a mão e dizer que queria participar de novos projetos e desafios.
Essa atitude foi determinante para que ela fosse notada pelos gestores e colegas, e também para que ela pudesse crescer na carreira. Ela conta que, para os jovens que querem se desenvolver profissionalmente, é preciso ir com calma e pensar e focar em crescer, apoiando a empresa e buscando ações que proponham esse crescimento.
A contratação efetiva e as novas oportunidades
Infelizmente, o contrato de estágio de Ana chegou ao fim, e após dois anos, ela teve que se despedir da BAT. Mas ela não desistiu de seu sonho de trabalhar na empresa. Ela sabia que tinha feito um bom trabalho e que tinha deixado as portas abertas.
Ela aproveitou o tempo fora da empresa para se qualificar ainda mais, fazendo cursos e buscando novos conhecimentos na área de RH. Ela também se manteve em contato com os antigos colegas e gestores, demonstrando interesse em voltar.
Ela não precisou esperar muito. No ano seguinte, ela recebeu uma ligação da BAT, oferecendo-lhe um cargo efetivo na empresa. Ela não pensou duas vezes e aceitou a proposta. A proposta era para atuar em Itajaí (SC), fazendo auditoria em pontos de venda e distribuição da empresa.
Ela conta que essa foi uma experiência incrível, que lhe permitiu conhecer outras áreas da empresa, além de viajar por Santa Catarina e pelo norte do Rio Grande do Sul e, eventualmente por todo o país. Ela conta que esse período foi essencial para conhecer mais do portfólio de produtos da BAT.
Ela passou dois anos como auditora, até que sentiu vontade de voltar para Santa Cruz do Sul, sua cidade natal. Ela viu que havia uma vaga na área de capacitação de produtores agrícolas, e se candidatou. Ela conseguiu o cargo, que envolvia o treinamento e o acompanhamento de 27 mil produtores integrados, transportadores e orientadores agrícolas.
A pandemia e a adaptação ao trabalho online
Ana estava feliz com seu novo cargo, mas logo teve que enfrentar um grande desafio: a pandemia de Covid-19. Ela teve que se adaptar ao trabalho remoto, e encontrar formas de seguir capacitando os produtores, mas online.
Ela diz que uma das maiores dificuldades que enfrentou foi o fato de as pessoas do campo não costumarem ficar em frente a um computador. Ela teve que usar a criatividade e a tecnologia para manter o engajamento e a qualidade dos treinamentos.
Ela afirma que, apesar das dificuldades, a pandemia também trouxe oportunidades de inovação e de aprendizado. Ela diz que conseguiu ampliar o alcance e a frequência dos treinamentos, e que recebeu feedbacks positivos dos produtores, que se sentiram valorizados e apoiados pela empresa.
A volta ao RH como coordenadora
Depois que a pandemia passou, Ana se inscreveu em um programa interno da BAT, que permitia que os funcionários conhecessem outras áreas da empresa. Ela foi selecionada para trabalhar na área de sistemas de gestão, como o EWS, que é um sistema de monitoramento e controle de qualidade.
Ela diz que essa foi mais uma oportunidade de aprender e de se desenvolver, e que suas iniciativas nessa área chamaram a atenção dos gestores de RH, que a convidaram para voltar ao setor, mas agora como coordenadora.
Ela aceitou o convite, e hoje, de volta ao RH, mas agora como líder, afirma que o estágio pelo CIEE-RS foi fundamental para que ela pudesse adquirir mais responsabilidade, conhecimento e visibilidade na empresa. Ela diz que aproveitou o estágio para ajudar a pensar em como fazer melhor e deixar a sua marca. Foi p primeiro passo para uma carreira de muito sucesso.
Os planos para o futuro
Ana Carolina Neu não para de sonhar e de buscar novos objetivos. Ela diz que sua meta agora é se tornar gerente de RH na BAT, e quem sabe, trabalhar fora do país.
Ela diz que a empresa oferece muitas possibilidades de crescimento e de mobilidade internacional, e que ela está sempre atenta às oportunidades que surgem. Ela também diz que continua se capacitando e se atualizando, para estar preparada para os novos desafios.
Ela deixa uma mensagem para os jovens que estão começando sua carreira, e que querem se inspirar em sua história:
“Não tenha medo de arriscar, de mudar, de sair da sua zona de conforto. Aproveite as chances que aparecem, e faça o seu melhor em cada uma delas. Busque aprender sempre, e não se compare com os outros. Cada um tem seu tempo e seu caminho. E, acima de tudo, seja grato pelas pessoas que te ajudam e te apoiam ao longo da jornada.”
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