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Lazy job é uma tendência que viralizou no tik tok e a gen Z o levantou como uma baneira do que está buscando profissionalmente. Saiba mais!

A geração Z está trazendo novos conceitos para o mercado de trabalho, entre eles, um em particular vem ganhando força. O de trabalhar menos e melhor, o Lazy Job busca um maior equilíbrio entre vida pessoal e carreira para os profissionais.

Essa tendência vem trazendo impactos para os gestores, que em alguns casos, estão percebendo isso como uma queda de produtividade e rendimento. Entenda mais sobre os diferentes aspectos desse comportamento no texto:


O que é o lazy job

O lazy job é um comportamento onde os colaboradores fazem apenas o que é solicitado, buscando realizar suas atividades em menos tempo e, principalmente, com menos esforço empenhado.

Muitos estudiosos acreditam que essa atitude pode ser vista como um comportamento de resistência ao excesso de trabalho e às expectativas irrealistas que o mercado tem imposto em muitos casos. 

Surgimento do termo 

O termo “lazy job” ganhou força nas redes socias após uma publicação no Tik Tok com a hashtag “lazygirlsjob”. A publicação se referia a adoção da prática por uma profissional que, após perceber que conseguia completar suas atividades em pouquíssimo tempo e que boa parte do seu trabalho era dedicado a tarefas sem sentido, resolveu adotar a prática mais tranquila de trabalho.

Definição e características 

Definição 

O lazy job é caracterizado por uma atitude de tolerância no trabalho, onde os funcionários buscam realizar apenas o essencial em suas atividades, sem se envolver em projetos novos, demandas excessivas ou comportamentos que possam ser identificados como uma busca por crescimento profissional. Adeptos da tendência acreditam principalmente que o equilíbrio entre vida profissional e vida pessoal está desbalanceado, e que a dedicação a carreira deve ser recompensada.

Características 

  • Baixo Engajamento: Funcionários que adotam o “lazy job” geralmente mostram pouco interesse em projetos adicionais ou em contribuir para a melhoria da empresa. 
  • Cumprimento de tarefas: Eles realizam apenas as tarefas que são explicitamente exigidas, evitando qualquer esforço extra. 
  • Falta de iniciativa: Profissionais que adotam o lazy job não buscam atividades novas nem tem proatividade de melhorar processos. 

Mas porque essa tendência vem ganhando força? 

O  Burnout se tornou uma das principais doenças causadas pelo trabalho hoje e o aumento do estresse e da exaustão causada pelo trabalho se tornou uma preocupação crescente, com muitos funcionários enfrentando esgotamento físico e emocional devido à carga de trabalho excessiva e à falta de apoio adequado.

As mudanças no modo de trabalhar que surgiram também permitiram que os profissionais tivessem mais controle sobre seus horários e rotinas. Com a flexibilização de jornadas, muitos profissionais começaram a reavaliar suas prioridades com maior foco em sua saúde mental e bem-estar, resultando em uma redução na intensidade e prioridade nas atividades do trabalho. 

Estamos conectados 24 horas por dia, 7 dias por semana. A rápida adoção de novas tecnologias e ferramentas de comunicação digital também exigiu uma curva de aprendizado significativa e uma presença e disponibilidades constantes, o que aumentou a pressão sobre os funcionários para se adaptarem rapidamente. 

Nesse cenário, profissionais, principalmente membros da geração Z, que representam cerca de 25% a força de trabalho do país, estão mais preocupados em não serem engolidos pela rotina e agilidade com que as informações estão acontecendo. Focando em seu bem estar e entendendo que a carreira pode não trazer tanta realização como outras gerações pensam.

Quiet Quitting e Great Resignation 

Apesar de ser um fenômeno diferente, o lazy job muitas vezes é visto como uma etapa antecedente ou um outro modo de quiet quitting ou um resquício da great resignation. Entenda as principais diferenças entre os conceitos. 

Quiet Quitting 

O quiet quitting acontece quando um colaborador decide fazer apenas o mínimo necessário no trabalho, como uma maneira de buscar uma demissão indireta, quando o profissional pratica o quiet quitting ele busca não se envolver em nada além do que é estritamente exigido.

Em vez de se demitir imediatamente, a pessoa opta por não se esforçar além do básico, mantendo-se na empresa enquanto busca outras oportunidades ou até decide sair eventualmente. 

Great Resignation 

A Great Resignation foi o fenômeno em que muitos trabalhadores decidem deixar seus empregos. Ela aconteceu durante a pandemia de COVID-19, quando muitas pessoas reavaliaram suas prioridades e buscaram melhores condições de trabalho, maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional, ou novas oportunidades de carreira e com isso, houve uma grande demissão em massa em muitos países.

Muitos desses profissionais entenderam, juntamente ao cenário de crise, que suas carreiras não eram a prioridade em suas vidas e buscaram maneiras alternativas para adquirir renda. 

Impacto do lazy job para empresas 

Produtividade e resultados

A adoção do lazy job pode levar a uma queda na produtividade em geral, uma vez que a prioridade dos profissionais não é mais a carreira, esse comportamento tem reflexos na eficiência competitiva da empresa.

A diminuição da produtividade pode, em alguns casos, resultar em prazos não cumpridos, qualidade inferior dos produtos ou serviços e, eventualmente, perda de clientes e receita. 

Cultura organizacional e gestão

Uma cultura de lazy job sempre é um sintoma de pouco ou nenhum reconhecimento das atividades realizadas pelos colaboradores, bem como o mal planejamento de carreira e compromisso. Se diversos colaboradores estão adotando uma postura menos comprometida pode ser o momento de avaliar se a cultura de sua empresa está reconhecendo e evoluindo juntamente com os funcionários.

Nesse cenário, muitos líderes podem enfrentar dificuldades em manter a equipe motivada e comprometida, o que pode eventualmente levar ao aumento na rotatividade de funcionários e a uma maior dificuldade em atrair e reter talentos. 

Como as lideranças podem lidar com o lazy job 

Como é uma tendência nova, que traz um comportamento que pode não ser muito desejável para algumas empresa, o lazy job pode se mostrar como um desafio, e os líderes precisam estar preparados para lidar com ele. Muitas das soluções podem passar por criar políticas claras, promover um ambiente de trabalho motivador e incentivar o desenvolvimento contínuo das habilidades dos funcionários. A seguir, vamos ver algumas ações práticas que podem ajudar a enfrentar esse desafio de forma eficaz. 

O “lazy job” ganhou força nas redes socias após um post que mencionava a mudança de prioridade por profisisonais, focando mais em suas vidas pessoais.
  • Incentivar feedback – Líderes devem promover uma comunicação aberta e honesta com suas equipes, incentivando os funcionários a expressarem suas preocupações e sugestões. Uma cultura de feedback cria esses espaços de comunicação entre equipe e liderança.
  • Transparência nas decisões – Manter os colaboradores informados sobre as decisões da empresa e o planejamento que resultou nelas pode aumentar a confiança e o engajamento. 
  • Programas de reconhecimento – Reconhecer e recompensar o esforço e o desempenho dos funcionários é crucial para manter a motivação. Programas de reconhecimento podem incluir bônus, promoções e outras formas de incentivo. 
  • Jornadas flexíveis – Oferecer flexibilidade no local de trabalho, como horários flexíveis e opções de trabalho remoto, pode ajudar a melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, reduzindo o estresse e a exaustão. 
  • Liderança por metas – Ao invés de gerenciar seus colaboradores por tempo presente na empresa, investir em um plano de gestão por entregas e metas claras de cada colaborador pode ajudar na compreensão da importância e necessidade de cada um.
  • Oportunidades de treinamento – Investir no desenvolvimento profissional dos funcionários, oferecendo oportunidades de treinamento e crescimento, pode aumentar o engajamento e a satisfação no trabalho. 
  • Planos de carreira – Criar planos de carreira claros e oferecer suporte para o desenvolvimento das habilidades necessárias pode motivar os funcionários a se dedicarem mais ao trabalho. 

Lazy Job no Futuro 

Os avanços de tecnologia e a IA estão substituindo tarefas repetitivas, aumentando a eficiência, reduzindo custos e auxiliando no processo de tomada de decisões estratégicas. Mas ao mesmo tempo, estamos cada vez mais sobrecarregados e constantemente presentes nas nossas atividades.

O mercado de trabalho mudou rápido e isso exige novas formas de pensar sobre o trabalho. O lazy job é só um dos muitos desafios e oportunidades que surgem. Entender essas tendências pode ajudar a construir um futuro de trabalho mais justo e humanizado.

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Descubra as principais tendências para o RH em 2025, tendências em employer branding, cultura empresarial, diversidade e inclusão.

Enquanto os avanços na tecnologia estão transformando a forma como trabalhamos, tornando nossas rotinas mais automatizadas e ágeis, mas ao mesmo tempo, observamos que valores e aspectos mais humanos como a criação de uma cultura empresarial forte, a valorização e criação de talentos e a adequação de jornadas e equilíbrio entre tempo de trabalho e vida social ganham destaque nos setores de RH.

Neste texto, vamos explorar as tendências no RH que não estão diretamente relacionadas à adesão de novas tecnologias, essas tendências trazem uma visão sobre como a gestão de pessoas ainda está em constante evolução e quais são as práticas que as novas gerações estão trazendo para o mercado de trabalho.


Saúde mental e autocuidado

A saúde mental é um dos temas mais abordados no mercado de trabalho, junto com as discussões sobre o fim da escala 6×1 surgiram pautas sobre a importância do período de descanso e a revisão da conciliação entre vida profissional e vida pessoal.

Em 2025, empresas que tenham planos de valorização do bem-estar e políticas que endossem esse bem-estar, como jornada flexível, redução do tempo de trabalho, trabalho remoto e cuidados com a saúde mental serão mais valorizadas pelos talentos.

Pesquisas também comprovam que empresas que tem políticas de bem-estar claras e bem estruturadas possuem mais engajamento de seus colaboradores e equipes mais produtivas, reduzindo turnover e até mesmo a quantidade de faltas por atestado médico.

Segundo pesquisa, políticas de bem-estar e cuidado são fundamentais nas empresas para atração e retenção de talentos serão tendências no RH em 2025

Cultura empresarial e employer branding:

Investimentos em employer branding, programas de benefícios e treinamentos serão grandes tendências no RH em 2025. A cultura organizacional é um fator determinante para atrair e reter talentos. As empresas estão investindo em ações de employer branding para construir e reforçar uma imagem positiva, buscando atrair candidatos alinhados com seus valores.

Além disso, para as novas gerações (Gen Z e Gen Alpha), o propósito da empresa é um dos principais fatores a se considerar quando buscam uma oportunidade, esses novos profissionais precisam da sensação de pertencimento e buscam fazer parte de algo maior.

Desenvolvimento de talentos: investindo no futuro

As empresas estão investindo cada vez mais na criação e desenvolvimento de seus talentos. O mercado está cada vez mais competitivo e acirrando a disputa por profissionais promissores. Desenvolver talentos internamente, além de uma maneira de valorizar colaboradores engajados, é um comportamento que veremos muito presente nas empresas em 2025.

Investir na aprendizagem contínua e no upskilling são grandes estratégias para sua empresa garantir que os colaboradores consigam acompanhar as mudanças do mercado de trabalho. Além disso, o mentoring e o coaching estão se tornando ferramentas cada vez mais populares para a criação e capacitação de líderes.

Diversidade e inclusão: construindo equipes mais fortes

E juntamente com a valorização de uma cultura organizacional forte, ações em prol de criar ambientes mais diversos e inclusivos são cada vez mais valorizadas pelos colaboradores e certamente se manterão em alta em 2025. Equipes diversas são mais inovadoras e usualmente mais aptas a resolverem problemas de maior complexidade

Muitas empresas estão reforçando seus times de diversidade, abrindo processos seletivos afirmativos e criando programas de empregabilidade mais inclusivos, garantindo que suas equipes tenham equidade, tragam visões e realidades plurais.

Liderança transformacional: inspirando e motivando

Os líderes desempenham um papel fundamental na construção de uma cultura organizacional positiva, são eles que vão validar e endossar o conjunto de atitudes que compõe a cultura empresarial. Líderes contemporâneos precisam ser capazes de inspirar e motivar suas equipes, além de promover o desenvolvimento de seus colaboradores.

Nesse cenário, os conceitos de liderança horizontal, colaborativa e transformacional vem ganhando muita força para o próximo ano. Esses conceitos aproximam o líder do liderado, apostando em estruturas menos hierárquicas e mais participativas, dando voz ativa e relevância para todos os profissionais da empresa.

Para isso, é preciso, além dos investimentos em aprimoramento técnico dos líderes, incentivar e treinar habilidades de relacionamento, formando líderes carismáticos que vão cativar suas equipes.

Novas realidades

O futuro do RH está conectado a duas realidades que, por mais afastadas que pareçam, andam de maneira correlata e paralela. A primeira delas é o avanço tecnológico, que tem aberto oportunidades de automatizar tarefas e possuir auxiliares artificiais para facilitar diversos processos da área.

A segunda é a capacidade das empresas de desenvolver seus talentos, construir uma cultura organizacional forte e promover a diversidade e a inclusão. Investindo em pessoas, as empresas têm aberto a possibilidade de alcançar resultados mais sustentáveis a longo prazo e construir um futuro mais justo e equitativo para todos.

Você acha que existe algum outro comportamento que não mencionamos? Deixe um comentário!

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Líderes em transformação: Entenda o que é reskilling e upskilling, e como preparar sua equipe para as demandas do futuro, promovendo crescimento e atualização.

Já imaginou que as habilidades que te levaram ao topo ontem podem não ser suficientes para te manter lá amanhã? No conteúdo sobre soft skills e hard skills explicamos a importância de conciliar os dois tipos de habilidades, técnicas e de relacionamento. Vamos hoje explicar os conceitos de reskilling e upskilling que ganham cada vez mais relevância no mercado de trabalho.

Mas o que significam esses termos, afinal? Reskilling se refere à aquisição de novas habilidades para exercer uma função diferente daquela que você já ocupa. É como se você estivesse aprendendo uma nova profissão. Já o upskilling envolve o aprimoramento das habilidades que você já possui, levando sua carreira para o próximo nível.

Investir em reskilling e upskilling é fundamental para as empresas que desejam se manter competitivas e para os profissionais que buscam se destacar no mercado. Quer entender por quê? Continue lendo:


O que são reskilling e upskilling?

Vamos começar definindo cada um desses conceitos de forma mais clara. É importante lembrar que ambos os processos se referem a habilidades técnicas e interpessoais, confira mais sobre soft e hard skills no conteúdo exclusivo:

Reskilling:

  • É o processo de reaprender e adquirir novas habilidades para se adaptar a um novo papel ou função dentro ou até mesmo fora da sua área de atuação. Por exemplo, um engenheiro civil que precisa aprender sobre construção modular e tecnologias de construção sustentável para se adaptar às novas tendências do setor e atender aos requisitos de projetos mais modernos e eficientes.

Upskilling:

  • Refere-se ao desenvolvimento contínuo das habilidades existentes, com o objetivo de aumentar a produtividade e a eficiência do profissional em sua área de atuação. Imagine um gerente de projetos que busca aprimorar suas habilidades em gestão de equipes remotas e metodologias ágeis para liderar projetos complexos em um ambiente de trabalho remoto, dinâmico e globalizado.
Reskilling se refere à aquisição de novas habilidades para exercer uma nova função. Já o upskilling envolve o aprimoramento das habilidades que você já possui.

A importância do reskilling e upskilling

Novas ferramentas e plataformas surgem a cada dia no mercado de trabalho. Somente nos últimos anos, profissionais tiveram que entender e adaptar suas carreiras ao uso das inteligências artificiais generativas, que mudaram muito a maneira como executamos algumas tarefas e otimizaram o tratamento de dados, facilitando o processo de tomada de decisão. Esses fenômenos vem transformando a forma como trabalhamos e nos relacionamos.

Além da aceleração tecnológica, o mercado de trabalho também está passando por profundas transformações. Novas profissões surgem, enquanto outras se tornam obsoletas. E a atualização constante se torna obrigatória para se manter relevante no mercado.

Por que investir em reskilling e upskilling?

Para as empresas

  • Aumento da produtividade: Colaboradores mais qualificados são capazes de realizar suas tarefas de forma mais eficiente, gerando melhores resultados para a empresa.
  • Inovação: Ao incentivar o desenvolvimento de novas habilidades, as empresas estimulam a criatividade e a inovação.
  • Retenção de talentos: Colaboradores que enxergam oportunidades de crescimento dentro da empresa tendem a ser mais engajados.
  • Adaptabilidade: Empresas com equipes qualificadas e adaptáveis conseguem responder de forma mais rápida e eficaz às mudanças do mercado.

Para os profissionais

  • Desenvolvimento de carreira: Gerar mais oportunidades de crescimento e progressão profissional.
  • Aumento da empregabilidade: Profissionais com habilidades atualizadas são mais valorizados no mercado de trabalho.
  • Realização pessoal: Sentir-se desafiado e aprender coisas novas é uma parte muito importante na realização pessoal.

Como implementar um programa de reskilling e upskilling na empresa

Criar um programa de desenvolvimento de habilidades dentro da sua empresa pode ser um projeto que garanta o futuro dela. Como vimos anteriormente, equipes que estão constantemente evoluindo suas habilidades são mais preparadas e estarão mais adaptadas com as mudanças que o mercado pode proporcionar. Para aplicar um programa de desenvolvimento de habilidades você precisa seguir alguns passos:

  1. Análise de mercado: O primeiro passo é olhar para fora, entender quais são as habilidades que o mercado está valorizando, descobrir quais são as novas tendências emergentes e como elas podem afetar seu negócio.
  2. Diagnóstico das necessidades: Depois é preciso identificar quais são as lacunas de conhecimento e habilidades da sua equipe. Para isso, você pode realizar pesquisas, entrevistas e avaliações de desempenho.
  3. Definição dos objetivos: Estabeleça metas claras e alinhadas com os objetivos da sua empresa e de carreira dos seus colaboradores. O que você espera alcançar ao final desse programa? Quais habilidades cada colaborador precisa ter desenvolvido?
  4. Escolha das ferramentas e metodologias: Existem diversas opções disponíveis, como cursos online, treinamentos presenciais, mentoria, PDIs, workshops, etc. A escolha da melhor ferramenta dependerá das necessidades e do perfil da sua equipe.
  5. Comunicação e engajamento: É fundamental que o plano seja de criação conjunta, garantindo o engajamento da sua equipe você estará garantindo o sucesso do plano.
  6. Acompanhamento e avaliação: Monitore o progresso dos colaboradores e avalie a eficácia do programa. Faça ajustes sempre que necessário e estabeleça uma rotina de feedback para que todos estejam a par do projeto.

O papel da gestão de pessoas

Para que programas de reskilling e upskilling sejam bem-sucedidos, a área de recursos humanos precisa trabalhar para estabelecer e manter uma cultura organizacional que priorize e valorize o aprendizado contínuo. Esse movimento usualmente acontece de maneira top-down nas empresas. Ou seja, líderes devem ser os primeiros a incentivar o desenvolvimento de seus colaboradores, oferecendo oportunidades de crescimento e reconhecendo seus esforços.

Ao criar um ambiente onde a aprendizagem é vista como algo natural e valorizado, as empresas atraem e retêm talentos, além de se tornarem mais inovadoras e competitivas.

Desafios e Soluções

Apesar de todos os benefícios, a implementação de um programa de reskilling e upskilling, assim como qualquer projeto, pode apresentar alguns desafios para as organizações que desejam implementar. O maior desafio pode ser o custo que a empresa tem com a aquisição de cursos e treinamentos, em muitos casos os gastos com desenvolvimento podem ser altos, mas sempre recompensadores.

A questão de conciliar treinamentos com as demandas e rotinas profissionais também pode ser um obstáculo, quando esse for o caso, é importante as lideranças organizarem suas equipes para conciliar os treinamentos sem prejudicar as atividades dos colaboradores.

A resistência a mudança também pode ser uma questão, nesse caso a área de recursos humanos pode criar iniciativas de comunicação interna ressaltando os benefícios da cultura de aprendizado, elaborando trilhas de desenvolvimento e valorizando e reconhecendo colaboradores que buscam crescimento.

Conclusão: progressão constante de carreira

Sabemos que a capacidade de aprender e se adaptar é garantia de perpetuação no mercado de trabalho e fundamental para o sucesso. Por isso, investir em reskilling e upskilling é uma decisão estratégica que traz diversos benefícios, e é importante que profissionais pensem no desenvolvimento das suas carreiras e que empresas elaborem planos de progressão de habilidades para seus colaboradores.

Ao oferecer oportunidades de desenvolvimento, as empresas garantem a sua competitividade e a sua longevidade. Os colaboradores, por sua vez, têm a oportunidade de crescer profissionalmente e construir uma carreira mais sólida e gratificante.

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No texto do blog mostraremos as principais diferenças entre soft skill e hard skill e como adquirir cada tipo de habilidade para se tornar um líder inovador

Se você está buscando implantar um processo novo, ou ampliar as atividades de uma área de sua empresa, o primeiro passo é verificar se seus colaboradores possuem as habilidades necessárias para entregar o objetivo proposto.

O sucesso do trabalho da sua equipe pode estar muito atrelado as soft skills e hard skills que você busca nos profissionais e desenvolve dentro do ambiente de trabalho. Mas o que são soft e hard skills e quais são as mais indicadas para cada atividade? Confira nesse conteúdo exclusivo que preparamos:


Hard skills são as habilidades técnicas e específicas de cada profissão. São os conhecimentos e as capacidades que podem ser facilmente mensurados, como a proficiência em softwares, a capacidade de analisar dados ou o domínio de uma língua estrangeira. Elas são essenciais para o desempenho das funções e para a entrega de resultados concretos.

Já as soft skills são as habilidades comportamentais e interpessoais. Elas dizem respeito à forma como nos relacionamos com os outros, como lidamos com as emoções, como resolvemos problemas e como nos adaptamos a diferentes situações. Embora sejam mais difíceis de quantificar, as soft skills são cada vez mais valorizadas pelas grandes organizações, pois são elas que influenciam diretamente a produtividade, a colaboração e a satisfação no trabalho.

Hard Skills: a base técnica do sucesso profissional

O que são hard skills?

São as habilidades técnicas e específicas de cada profissão. São os conhecimentos e as capacidades que podem ser facilmente mensurados, como a proficiência em softwares, a capacidade de analisar dados ou o domínio de uma língua estrangeira. Elas são essenciais para o desempenho das funções e para a entrega de resultados concretos.

Tipos de hard skills:

  • Habilidades técnicas: São as habilidades relacionadas diretamente à execução de tarefas específicas, como programar em uma linguagem de programação, realizar cálculos financeiros e operar máquinas ou equipamentos.
  • Conhecimento teórico: Se refere ao domínio que o colaborador tem sobre conceitos e informações importantes para a área de atuação. Por exemplo, um engenheiro precisa ter conhecimento de física, matemática e ciência dos materiais.
  • Ferramentas digitais: A proficiência em ferramentas digitais, como softwares de design, planilhas eletrônicas, sistemas de gestão e conhecimentos em inteligência artificial generativa são cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho.

Como desenvolver hard skills:

  • Educação formal: Cursos técnicos, graduações, pós-graduações e especializações são formas eficazes de adquirir conhecimento teórico e prático.
  • Treinamentos: Workshops, palestras, cursos online e bootcamps são excelentes opções para aprimorar habilidades específicas.
  • Prática: A prática constante é fundamental para o desenvolvimento, aprimoramento e manutenção de qualquer habilidade. Projetos pessoais, estágios e experiências profissionais são ótimas oportunidades para colocar em prática o que foi aprendido.
  • Mentoria: A orientação de um profissional mais experiente pode acelerar o processo de aprendizado e oferecer insights valiosos.

Exemplos de hard skills:

As hard skills podem ser muito diferentes para cada área de atuação, mas é sempre importante manter em mente que, devido o aspecto prático que elas possuem, sempre estarão relacionadas com conhecimentos mais estruturados e serão apresentadas de maneira mais tangível.

  • Para um programador: Linguagens de programação (Python, Java, C++), frameworks, bancos de dados.
  • Para um designer: Softwares de design gráfico (Adobe Photoshop, Illustrator), teoria das cores, design responsivo.
  • Para um profissional de marketing: Ferramentas de marketing digital (Google Analytics, Facebook Ads), SEO, análise de dados.

Soft Skills: a inteligência emocional no mundo profissional

O que são soft skills?

São as habilidades comportamentais e interpessoais. Elas dizem respeito à forma como nos relacionamos com os outros, como lidamos com as emoções, como resolvemos problemas e como nos adaptamos a diferentes situações. Embora sejam mais complexas de quantificar, as soft skills são cada vez mais valorizadas pelas grandes organizações, pois são elas que influenciam diretamente a produtividade, a colaboração e a satisfação no ambiente de trabalho.

Tipos de soft skills:

  • Comunicação: Habilidade de expressar ideias de forma clara e concisa, tanto verbalmente quanto por escrito, e de ouvir ativamente os outros.
  • Liderança: Capacidade de influenciar e motivar pessoas, de tomar decisões e de guiar equipes em direção a objetivos comuns.
  • Trabalho em equipe: Habilidade de colaborar com outras pessoas, de compartilhar ideias e de alcançar resultados em conjunto.
  • Resolução de problemas: Capacidade de analisar situações complexas, identificar problemas e encontrar soluções criativas.
  • Inteligência emocional: Habilidade de reconhecer e gerenciar as próprias emoções e as emoções dos outros, de construir relacionamentos saudáveis e de lidar com o estresse.
  • Adaptabilidade: Capacidade de se ajustar a novas situações, de aprender rapidamente e de lidar com mudanças.
  • Criatividade: Habilidade de gerar ideias novas e originais, de pensar fora da caixa e de encontrar soluções inovadoras para problemas.

Como desenvolver soft skills:

  • Autoconhecimento: Por mais simplista que pareça, conhecer a si mesmo é o primeiro passo para desenvolver suas soft skills. Reflita sobre seus pontos fortes e fracos, suas emoções e seus comportamentos.
  • Feedback: Peça feedback de colegas, amigos e familiares para identificar áreas de melhoria.
  • Desenvolvimento de projetos: Participe de projetos desafiadores que exijam o uso de suas soft skills.
  • Leitura: Leia livros e artigos sobre desenvolvimento pessoal e profissional, sempre buscando praticar os conhecimentos adquiridos.

A relação entre soft skills e sucesso profissional:

Diversos estudos demonstram que as soft skills são cada vez mais valorizadas pelas empresas. Profissionais com habilidades comportamentais bem desenvolvidas tendem a ser mais produtivos, engajados e satisfeitos com suas carreiras. Além disso, as soft skills são essenciais para construir relacionamentos sólidos e duradouros, tanto no ambiente de trabalho quanto na vida pessoal.

O Equilíbrio Perfeito: hard skills e soft skills trabalhando juntas

A importância de possuir um perfil completo

Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, o colaborador que foca apenas em aprimorar suas hard skills ou soft skills não é mais suficiente. É preciso que o profissional procure um caminho que traga equilíbrio entre ambas, ou seja, que domina as habilidades técnicas e comportamentais necessárias para se destacar em sua área de atuação.

Como as hard skills e soft skills se complementam?

Hard skills dão vida às soft skills: Um profissional com excelentes habilidades técnicas, mas que não sabe se comunicar de forma eficaz, terá dificuldades em transmitir seus conhecimentos e convencer outras pessoas, podendo se tornar um elo fraco em um time.

Soft skills potencializam as hard skills: Um profissional com ótimas soft skills, mas que não possui as habilidades técnicas necessárias, terá dificuldades em executar suas tarefas de forma eficiente. Desempenhando aquém do solicitado e prejudicando seus pares.

Juntas, elas criam um profissional completo: A combinação de hard skills e soft skills permite que o profissional seja mais versátil, adaptável e capaz de enfrentar os desafios do mercado de trabalho com mais confiança.

Entenda nesse gráfico as principais diferenças entre soft skill e hard skill e como adquirir cada tipo de habilidade para se tornar um líder inovador

O papel dos líderes no desenvolvimento das habilidades de seus colaboradores

As lideranças tem papel fundamental quando o assunto são as habilidades que suas equipes possuem e desenvolvem. Os líderes precisam entender as demandas dos setores e buscar profissionais cujas habilidades atendam as necessidades propostas. O mesmo vale para quando é preciso desenvolver novas habilidades em colaboradores já contratados.

Como os líderes podem desenvolver as habilidades de seus colaboradores?

Identificar as necessidades:

  • Avaliações de desempenho: Através de avaliações de desempenho regulares, os líderes podem identificar as áreas em que os colaboradores precisam se desenvolver. Uma boa prática é elaborar um PDI para desenvolvimento de habilidades.
  • Feedback contínuo: O feedback construtivo e frequente é essencial para que os colaboradores entendam seus pontos fortes e áreas de melhoria.
  • Conversas individuais: Conversas individuais com cada colaborador permitem identificar suas aspirações e necessidades de desenvolvimento.

Oferecer oportunidades de desenvolvimento:

  • Treinamentos e cursos: Investir em treinamentos e cursos alinhados às necessidades da equipe e da organização.
  • Mentoria: Conectar colaboradores com mentores internos ou externos que possam oferecer orientação e apoio.
  • Projetos desafiadores: Atribuir projetos que exijam o desenvolvimento de novas habilidades.
  • Rotas de carreira: Oferecer um plano de carreira claro e oportunidades de crescimento dentro da organização.

Criar uma cultura de aprendizado:

  • Incentivar a curiosidade: Estimular os colaboradores a buscarem conhecimento de forma autônoma.
  • Fomentar a troca de conhecimento: Criar espaços para que os colaboradores compartilhem suas experiências e aprendizados.
  • Celebrar o sucesso: Reconhecer e celebrar as conquistas individuais e coletivas.

Ser um exemplo:

  • Demonstrar as habilidades desejadas: Os líderes devem ser modelos para seus colaboradores, demonstrando as habilidades que desejam ver desenvolvidas em suas equipes.
  • Buscar o desenvolvimento contínuo: Os líderes também precisam se dedicar ao desenvolvimento pessoal e profissional.

O que concluímos sobre soft e hard skills

Apesar das diferenças, ambos tipos de habilidades são de muita importância para o desenvolvimento de profissionais completos e inovadores.

Para as empresas, o desenvolvimento das habilidades dos colaboradores é um investimento de longo prazo que traz benefícios tanto para os indivíduos quanto para a própria organização. Investindo no aprimoramento de habilidades que vão criar e reter talentos.

Ao criar um ambiente de aprendizado contínuo e oferecer oportunidades de crescimento, os líderes podem construir equipes mais engajadas, produtivas e inovadoras, melhorar o clima organizacional e impulsionar a performance dos colaboradores.

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O futuro do RH: inteligência artificial trabalhando em conjunto com gestores para conquistar os melhores resultados para as empresas.

A importância do RH é inegável. A área já foi muito vista apenas como um setor de apoio, mas hoje ela desempenha um papel fundamental na captação, desenvolvimento e retenção de talentos, além da formação de colaboradores e líderes e gestão da marca empregadora.

A inteligência artificial (IA) está revolucionando a forma como as empresas operam, e o setor de Recursos Humanos não é exceção. A IA, com sua capacidade de processar grandes volumes de dados e aprender com eles, está transformando a gestão de pessoas, tornando-a mais eficiente, precisa e estratégica.

Mas como o setor de RH pode usar essa nova tecnologia e essa quantidade de informações para seu benefício? Esse processamento de dados em larga escala, facilita processos de tomada de decisão, de personalização da experiência dos profissionais e até pode ajudar no reforço da sua marca empregadora. Confira nesse texto mais sobre as aplicações de IA no setor de RH.


Porque usar Inteligência Artificial no setor de RH

A IA é uma ferramenta, e como toda ferramenta, traz consigo muitos benefícios para quem a utiliza de maneira adequada. Para os setores de RH, ela traz vários benefícios, como a automatização de tarefas até a melhoria na tomada de decisões. É sempre importante lembrar que as inteligências artificiais generativas são tecnologias recentes, muitas ainda estão em fase de aprimoramento, então é preciso conferir os resultados e otimizar os comandos utilizados para ter o melhor resultado possível.

Com os usos corretos da IA associados a uma boa gestão de RH, você pode esperar:

  • Processos mais automatizados: Tarefas repetitivas e burocráticas, como triagem de currículos, agendamento de entrevistas e cálculo de folha de pagamento, podem ser automatizadas, liberando os profissionais de RH para se dedicarem a atividades mais estratégicas.
  • Melhoria na tomada de decisões: A IA permite analisar grandes volumes de dados sobre os colaboradores, identificando padrões e tendências que podem ser utilizados para tomar decisões mais precisas e assertivas. Por exemplo, é possível prever o turnover, identificar talentos em potencial e otimizar a alocação de recursos.
  • Personalização da experiência do colaborador: A IA permite criar experiências personalizadas para cada colaborador, desde a recomendação de cursos e treinamentos até a criação de planos de desenvolvimento individualizados. Essa personalização aumenta a satisfação e o engajamento dos colaboradores.
  • Aumento da produtividade e engajamento dos colaboradores: Ao automatizar tarefas e personalizar a experiência do colaborador, a IA contribui para aumentar a produtividade e o engajamento dos colaboradores, o que, por sua vez, impacta positivamente os resultados da empresa.

Desafios e Oportunidades

A implementação da IA no RH não está isenta de desafios. Questões como privacidade de dados, resistência à mudança e a necessidade de investimento em tecnologia e treinamento são alguns dos obstáculos que precisam ser superados. No entanto, as oportunidades oferecidas pela IA são imensas. Ao superar esses desafios, as empresas poderão construir um ambiente de trabalho mais eficiente, inovador e atrativo para os talentos.

Exemplos de Ferramentas e Tecnologias:

Com a inteligência artificial, os setores de RH estão ampliando seus conhecimentos e trazendo mais assertividade para os líderes.

Passo a Passo da implementação da IA no RH

Como qualquer tecnologia nova, a implementação da Inteligência Artificial no RH exige um extenso planejamento para que as ações sejam eficazes e positivas para sua empresa. Seguindo os passos abaixo, você terá um mapa de como implantar a IA na sua organização e transformar a gestão de pessoas da sua empresa:

1: Defina seus objetivos e metas

  • Identifique os desafios: Quais são os principais desafios do seu departamento de RH? Estabeleça quais processos são mais demorados e burocráticos.
  • Estabeleça métricas: Defina indicadores-chave de desempenho (KPIs) para medir o sucesso da implementação da IA. Por exemplo, redução do tempo de recrutamento, aumento do engajamento dos colaboradores ou diminuição do turnover.
  • Alinhe com os objetivos estratégicos da empresa: Certifique-se de que os objetivos da IA no RH estão alinhados com o planejamento estratégico geral da empresa.

2: Mapeie dos processos existentes

  • Análise detalhada: Mapeie todos os processos do RH, todas as etapas desde o recrutamento até a saída do colaborador.
  • Identifique oportunidades: Identifique quais processos podem ser automatizados ou otimizados com a ajuda da IA.
  • Documentação: Documente todos os processos para possuir histórico, facilitar as métricas e a implementação da IA.

3: Escolha das ferramentas e tecnologias adequadas

  • Avalie as necessidades: Avalie as necessidades específicas da sua organização a partir do processo de planejamento anterior e escolha as ferramentas e tecnologias que melhor se adaptam ao seu perfil.
  • Priorize as funcionalidades: Defina quais funcionalidades que você deseja implementar em primeiro lugar, como chatbots, análise de dados ou sistemas de recomendação. Essa etapa vai ajudar você a poupar tempo e verba.

4: Criação de uma Cultura de Dados

  • Colete dados e informações: Invista na coleta e organização de dados sobre os colaboradores, como histórico profissional, desempenho, feedback e dados demográficos.
  • Qualidade dos dados: Garanta a qualidade dos dados coletados, eliminando duplicidades e inconsistências.
  • Visibilidade dos dados: Crie dashboards e relatórios para visualizar os dados de forma simples, clara e intuitiva, facilitando a tomada de decisão.
  • Incentivo à utilização: Incentive os colaboradores a utilizarem os dados para tomar decisões mais informadas, crie trilhas de conhecimento, gincanas ou até mesmo premiações para incentivar o uso.

5: Implementação Gradual

  • Piloto: Não inicie o projeto com uma larga escala, teste a implementação da IA primeiro em um processo específico, como o recrutamento, para testar a solução e identificar possíveis ajustes. Após isso realize o escalonamento para outros processos.
  • Treinamento: Ofereça treinamentos e avaliações constantes aos colaboradores sobre o uso das novas ferramentas e tecnologias.
  • Comunicação: Mantenha os colaboradores informados sobre os benefícios da IA e como ela pode impactar o seu trabalho. Além de criar uma cultura de confiança, seus colaboradores vão se sentir mais confortáveis para utilizar as ferramentas.

6: Monitoramento e Avaliação

  • Acompanhamento dos resultados: Acompanhe os resultados da implementação da IA de forma contínua, comparando os KPIs com os objetivos estabelecidos no início do planejamento.
  • Ajuste a rota: Faça os ajustes necessários para otimizar a performance da IA e garantir que ela esteja tendo o engajamento necessário e entregando os resultados esperados com suas expectativas.

7: Segurança e Privacidade

  • Proteção de dados: Garanta a segurança e a privacidade dos dados dos colaboradores, seguindo a LGPD e regulamentações aplicáveis.
  • Conscientização das equipes: Crie políticas e procedimentos para garantir o uso responsável da IA e proteger os dados dos colaboradores.

Esteja sempre ligado as tendências e avanços na tecnologia. Esse passo a passo vai ajudar a implantar a IA na sua empresa, mas o processo é contínuo e requer adaptação e evolução constantes.

Conclusão

A inteligência artificial está transformando todo o mercado, e no RH não é diferente, muitas empresas estão mudando a maneira como gerenciam seus talentos, organizam suas equipes, realizam recrutamento entre outros processos. Ao automatizar esses processos, as organizações têm melhora na tomada de decisão e conseguem personalizar a experiência do colaborador, aumentando a eficácia e produtividade.

No entanto, para aproveitar ao máximo os benefícios da IA, é preciso superar os desafios e implementar a tecnologia de forma estratégica e responsável. Criando uma cultura empresarial que apoie e utilize essas tecnologias e informações da melhor maneira possível.

O futuro do trabalho está cada vez mais conectado à tecnologia, e o RH precisa estar preparado para essa nova realidade. A IA é uma ferramenta poderosa que pode ajudar os profissionais de RH a construir um futuro de trabalho mais humano, eficiente e inovador.

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Saúde mental no trabalho: descubra como promover o bem-estar dos colaboradores e aumentar a produtividade da sua empresa. Saiba como líderes e RH podem criar um ambiente de trabalho mais saudável e feliz.

A saúde mental no ambiente de trabalho já foi considerado um assunto tabu, mas hoje se tornou uma questão central nas discussões sobre bem-estar e produtividade. A pressão por resultados, competitividade acirrada e as mudanças constantes no mercado de trabalho têm deixado marcas significativas na saúde mental dos colaboradores, transtornos relacionados a saúde mental são a terceira maior causa de afastamentos do trabalho no Brasil, segundo a Justiça do Trabalho.

Com esse panorama, o papel de lideranças, gestores e departamentos de RH é de criar e promover espaços de cuidado para seus colaboradores, incentivando culturas que fomentem a troca e o acolhimento. Garantindo que o ambiente de trabalho também seja um ambiente seguro e confortável para todos.

Este texto vai mostrar como você, líder, pode entender melhor a importância da saúde mental no ambiente corporativo e a aprender técnicas para acolher os colaboradores da sua equipe. Vamos abordar o que é saúde mental no ambiente corporativo, os problemas que os colaboradores podem estar enfrentando, as barreiras para abordar a saúde mental nas empresas e como criar ambientes de acolhimento. Confira:


Saúde Mental no Trabalho

A saúde mental é uma série de aspectos psíquicos que, quando estão em harmonia, promovem o estado de bem-estar, no qual uma pessoa consegue realizar suas atividades, lidar com adversidades, manejar as diferentes esferas da vida e contribuir com o seu entorno.

No ambiente de trabalho, a saúde mental aparece de diversas maneiras, como a capacidade de lidar com desafios, frustrações, as habilidades interpessoais, estabelecendo relacionamentos saudáveis com colegas e superiores.

Quando uma pessoa está passando por um momento de dificuldade, pressão ou insegurança, esses aspectos tendem a trazer transtornos que, prejudicam a vida dela. O ambiente de trabalho também pode ser um local que alimenta essas dificuldades, nesse caso é importante que a gestão e o RH estejam atentos para auxiliar seus colaboradores:

Fatores de risco:

  • Carga de trabalho excessiva: Horas extras, prazos apertados e multitarefas.
  • Falta de autonomia: Sentimento de não ter controle sobre o próprio trabalho.
  • Conflitos interpessoais: Relacionamentos tóxicos com colegas e superiores.
  • Assédio moral: Comportamentos abusivos que visam humilhar ou intimidar.
  • Insegurança no emprego: Medo de perder o emprego ou de não conseguir se adaptar às mudanças.

Transtornos mentais comuns no ambiente de trabalho:

  • Ansiedade: Caracterizada por preocupação excessiva, tensão muscular, dificuldade de concentração e alterações no sono.
  • Depressão: Sentimentos persistentes de tristeza, perda de interesse em atividades, fadiga e alterações no apetite.
  • Burnout: Síndrome caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e redução da realização profissional. O burnout afeta cerca de 30% da população de trabalhadores no Brasil, de acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho.
  • Transtorno bipolar: Oscilações extremas de humor, passando por períodos de euforia e depressão.

Consequências dos transtornos mentais:

Quando o planejamento estratégico do RH não considera o bem-estar mental dos seus colaboradores, é provável que as pessoas da empresa desenvolvam transtornos e tenham problemas. No Brasil, cerca de 70% dos trabalhadores relatam se sentirem estressados no trabalho, devido a pressão, competitividade ou outras situações desgastantes no trabalho.

Colaboradores afetados por transtornos mentais tendem a faltar mais, tem diminuição na produtividade e tem dificuldade nas relações interpessoais, prejudicando o clima organizacional e afetando a empresa. O clima negativo no trabalho também pode ser um fator para aumento de turnover e perda de talentos.

A Cultura Organizacional e a Saúde Mental

Investir em uma cultura organizacional que preze pelo cuidado e acolhimento dos seus colaboradores ajuda a criar um ambiente saudável e positivo. A cultura influencia profundamente a saúde mental dos colaboradores, então é importante que o RH considere alguns pilares-chave para melhorar a saúde mental dos colaboradores:

Pilares de uma cultura organizacional saudável:

  • Respeito: Valorização da diversidade, equidade e inclusão.
  • Confiança: Estabelecimento de relações baseadas na confiança mútua.
  • Reconhecimento: Valorização das contribuições individuais e coletivas.
  • Trabalho em equipe: Colaboração e apoio mútuo.
  • Feedback construtivo: Comunicação aberta e honesta sobre o desempenho.
  • Desenvolvimento profissional: Oportunidades de crescimento e aprendizado contínuo.

O Papel da Liderança

Líderes têm um papel muito importante na promoção da saúde mental no trabalho. A liderança é responsável pela criação e manutenção de um ambiente de trabalho positivo, onde os colaboradores se sintam valorizados e respeitados, além de ter uma escuta ativa e olhar atento para identificar problemas com sua equipe. Líderes empáticos, autênticos e inspiradores podem fazer a diferença na vida de seus colaboradores.

Como um líder pode identificar sinais de problemas de saúde mental:

  • Fique atento a mudanças de comportamento, isolamento social, irritabilidade, apatia ou dificuldade de concentração podem ser um sinal de que algum problema pode estar acontecendo.
  • As alterações desempenho dos seus colaboradores também são sinais a se notar, observe se alguém da sua equipe teve redução na produtividade, aumento de erros ou dificuldade em cumprir prazos.
  • Doenças mentais normalmente acompanham problemas físicos como insônia, dores de cabeça ou problemas gastrointestinais.

Autocuidado:

Para ter a habilidade de acolher e cuidar dos outros, é importante primeiro estar bem consigo mesmo, se você pretende ocupar esse local de ser a pessoa acolhedora, buque apoio e cuide da sua própria saúde mental. Procure acompanhamento terapêutico, pratique meditação, faça exercícios físicos regularmente e preze por uma alimentação saudável, essas ações são essenciais para manter o equilíbrio emocional e servir de exemplo para seus colaboradores.

O Papel do RH

Juntamente das lideranças, o setor de RH é responsável pelo apoio aos colaboradores, criando ações de cuidado, escuta e conscientização. Ao implementar políticas e programas específicos, o RH pode criar um ambiente de trabalho mais saudável e humanizado.

Como o RH pode promover a saúde mental no ambiente de trabalho:

  • Entenda o panorama da sua empresa:
    • Realizar pesquisas e entrevistas para identificar os principais desafios e necessidades dos colaboradores em relação à saúde mental.
    • Analisar os dados de absenteísmo, turnover e indicadores de clima organizacional para identificar padrões e tendências.
  • Crie políticas e programas de conscientização:
    • Política de saúde mental: Elaborar uma política clara e abrangente que defina os princípios e diretrizes da empresa em relação à saúde mental.
    • Programas de bem-estar: Oferecer programas como yoga, meditação, mindfulness, palestras sobre saúde mental e atividades físicas.
    • Flexibilidade: Implementar políticas de trabalho flexível, como horários flexíveis, trabalho remoto e banco de horas.
    • Reconhecimento: Criar programas de reconhecimento que valorizem as contribuições individuais e coletivas.
    • Criação de uma rede de apoio: Oferecer grupos de apoio, mentoria e programas de apoio emocional.
    • Prevenção e intervenção em crises: Implementar políticas de saúde mental, programas de assistência e linhas de apoio.
  • Estabeleça uma comunicação clara e assertiva:
    • Campanhas de conscientização: Realizar campanhas de conscientização sobre a importância da saúde mental e os recursos disponíveis na empresa.
    • Treinamento de gestores: Oferecer treinamentos para gestores sobre como identificar sinais de problemas de saúde mental em seus colaboradores e como oferecer apoio.
    • Comunicação interna: Utilizar diversos canais de comunicação para informar os colaboradores sobre as iniciativas da empresa em relação à saúde mental.
  • Procure parcerias com profissionais da saúde:
    • Contratar profissionais: Contratar psicólogos e outros profissionais da saúde para oferecer atendimento aos colaboradores.
    • Estabelecer parcerias: Estabelecer parcerias com clínicas e hospitais para oferecer serviços de saúde mental aos colaboradores.
  • Avalie e acompanhe as ações:
    • Avaliar a eficácia das ações: Realizar avaliações periódicas para medir o impacto das iniciativas implementadas.
    • Ajustar as estratégias: Ajustar as estratégias de acordo com os resultados obtidos.

Ao investir em saúde mental, as empresas não apenas melhoram a qualidade de vida de seus colaboradores, mas também aumentam a produtividade, reduzem o absenteísmo e o turnover, e fortalecem a sua marca empregadora.

Saúde Mental é Investimento

A saúde mental no ambiente de trabalho é um tema complexo e multifacetado, mas muito recompensador, além.

Ao investir em programas de promoção da saúde mental, as empresas podem criar um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e engajador. Líderes, colaboradores e empresas como um todo saem ganhando com essa mudança de cultura.

É fundamental que as empresas entendam que a saúde mental não é um custo, mas sim um investimento. Ao cuidar da saúde mental de seus colaboradores, as empresas estão investindo em seu maior ativo: as pessoas.

Buscando auxiliar líderes a entender e acolher seus colaboradores, lançamos um talk sobre saúde mental no ambiente corporativo, nele os mediadores Leonardo Salati e Michele Lohmann tiram as principais dúvidas sobre como as lideranças podem apoiar seus colaboradores em momentos de crise. O talk está disponível no banner abaixo. Confira!

No talk sobre saúde mental, vamos responder os principais questionamentos de líderes ​para manter a motivação dos colaboradores em momentos de crise.
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Employer Branding: Estratégia de liderança para fortalecer a marca empregadora e atrair talentos no recrutamento e seleção.

Você conhece aquelas empresas que todo colaborador diz que sonha em trabalhar? E se a sua empresa fosse uma delas? Um grande caminho para se tornar uma “empresa dos sonhos” é o employer branding.

Mas o que exatamente é employer branding e por que ele é cada vez mais crucial para as empresas? Nesse texto vamos aprofundar nessa estratégia e entender como ela pode promover a transformação na sua empresa e mudar completamente como ela é percebida no mercado.


O que é Employer Branding?

Employer branding, ou marca empregadora, é uma estratégia criada em parceria, pelos setores de marketing e recursos humanos de uma empresa. Essa estratégia tem o objetivo de valorizar o ambiente da empresa, tornando ela um lugar atrativo para os colaboradores e ampliar a boa percepção da empresa para a sociedade.

Para isso, é preciso um conjunto de práticas e atividades que destacam os valores, a cultura e os benefícios de trabalhar na organização. O objetivo é atrair e reter talentos, criando uma percepção favorável tanto para os colaboradores atuais quanto para os potenciais candidatos.

Quando pensamos em estratégias de criação e retenção de talentos, o salário é a primeira pauta que surge, e ele é muito importante, mas não é o único fator para sua empresa ter uma boa reputação. Ao montar um plano de employer branding você deve pensar em diversos pontos de contato com seu colaborador e com candidatos:

Onde o employer branding pode atuar:

  • Recrutamento e Seleção
  • Plano de Carreira e Benefícios
  • Visão e Propósito da Empresa
  • Cultura Corporativa
  • Relações Públicas da Empresa

Qual a importância de ser uma marca empregadora?

Além da boa reputação que sua empresa vai ter com seus colaboradores e candidatos, o employer branding traz uma série de outros benefícios que vão desde a retenção de talentos até a performance da equipe. Segundo pesquisa da Harvard Business Review, colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos em suas funções. Entenda alguns dos principais motivos pelos quais sua empresa deve considerar adotar essa estratégia:

  • Atração e formação de talentos: Sua empresa pode ser uma grande referência no segmento de atuação, por ser uma formadora de talentos. A contratação de estagiários e aprendizes é o melhor caminho para começar a formar talentos.
  • Redução de custos: Empresas com uma boa reputação gastam menos em recrutamento e têm menores taxas de rotatividade.
  • Aumento da produtividade: Equipes de trabalho engajadas e satisfeitas tem performance melhor e contribuem para um ambiente de trabalho positivo.
  • Melhoria nas relações: Com uma percepção boa, sua empresa terá mais facilidade para atrair parceiros e fornecedores. Criando um ecossistema de relações favorável.
  • Diminuição de turnover: Se sua equipe se sentir mais valorizada, você reduz a rotatividade de equipe e outros fenômenos como o quiet quitting.

Employer branding e as novas gerações

Já sabemos que a Gen Z, geração que já está estabelecida no mercado e a geração alpha que está começando a ingressar no mundo do trabalho, têm percepções muito diferentes das gerações anteriores a respeito das relações entre empresa e colaborador.

Um dos fatores que as novas gerações estão mais valorizando é a identificação com o propósito da empresa, os mais jovens estão valorizando a sensação de pertencimento e ações de impacto social real. Para você criar uma estratégia de marca empregadora que tenha percepção de valor pelos novos trabalhadores, é importante você ficar atento a alguns aspectos:

  • Inovação: A transformação digital está acontecendo e cada vez mais acelerada. É importante que a sua empresa seja uma vanguarda tecnológica, utilizando das ferramentas mais modernas e ágeis, reduzindo o atrito dos processos.
  • Diversidade e inclusão: Valorize colaboradores negros e da comunidade LGBTQIAPN+, muitas empresas possuem analistas de diversidade, que tem a função de criar programas de inserção desses colaboradores e garantir mais igualdade dentro da sua empresa.
  • Ações sociais: Empresas são parte de uma sociedade, elas existem para agregar valor através de um produto ou serviço prestado, é preciso reconhecer isso e devolver para a sociedade o reconhecimento que sua empresa tem. Crie ou apoie projetos sociais e de desenvolvimento. Além de fortalecer sua imagem de marca empregadora, vai ampliar suas ações de governança social e ambiental.
  • ESG: O compromisso com garantir que o mundo seja um lugar melhor para as próximas gerações também é uma maneira de mostrar porque sua empresa é um bom lugar para se estar, crie ações de ESG e otimize processos para priorizar o meio ambiente e a qualidade de vida dos seus colaboradores.
  • Equidade de gênero: Equidade não é somente sobre salários iguais. Além da equiparação salarial, crie propostas para que mais mulheres ocupem cargos de liderança. Escute, fomente e dê espaço para o crescimento dessas profissionais.
A estratégia de employer branding faz os colaboradores serem mais engajados, aumentando a performance da equipe e reduzindo o turnover.

Aplicando o Employer Branding na Sua Empresa

Agora que entendemos o que é employer branding, sua importância e como as novas gerações percebem valor de marca empregadora, vamos explicar como você pode implementar essa estratégia na sua empresa. Cada caso e passo deve ser avaliado conforme sua estrutura, objetivo e recursos que está disposto a investir.

Criar uma marca empregadora é um processo único para cada organização e muitas vezes pode levar tempo, então tenha em mente que este é um projeto de médio/longo prazo.

  1. Defina a proposta de valor ao empregado (EVP): Identifique o que torna sua empresa única e atraente para os funcionários. Isso inclui benefícios, cultura, oportunidades de crescimento, valores e todos os outros itens que já falamos até aqui.
  2. Comunicação transparente: Comunicação vai ser o centro da estratégia, mantenha uma comunicação aberta e honesta com seus funcionários e público externo. Isso ajuda a construir confiança e lealdade.
  3. Cultura organizacional: Promova uma cultura que promova o engajamento e reflita os valores e missão da empresa. Propósito não é só um discurso, então planeje iniciativas de bem-estar, diversidade, inclusão e reconhecimento para seus colaboradores.
  4. Engajamento da equipe: Crie programas que incentivem o engajamento e a participação dos funcionários. Isso pode incluir feedback regular, reconhecimento e oportunidades de desenvolvimento.
  5. Presença online: Utilize seus pontos de contato online para promover a marca empregadora, crie um blog, produza conteúdo para redes sociais, tenha um site claro e comunicativo. Compartilhe histórias de sucesso, depoimentos de colaboradores e informações sobre a cultura da empresa, aqui o objetivo é mostrar seus pontos positivos e atrair possíveis novos talentos.
  6. Avaliação contínua: Monitore e avalie continuamente suas estratégias implantadas, para isso, crie métricas de desempenho para fazer ajustes e melhorias. Promova pesquisas de satisfação, utilize feedback da sua equipe ajuste seu planejamento de acordo.
Realizamos uma pesquisa com 13 mil estudantes e traçamos o perfil do estagiário em 2024. Com ela, conseguimos o que o jovem espera do mercado de trabalho.

Conclusões Sobre o Employer Branding

Como podemos observar, aumentar a felicidade e promover reconhecimento dos seus colaboradores é um excelente caminho para atrair e reter talentos, aumentar a produtividade e melhorar a reputação da empresa. E o employer branding pode ser uma estratégia para alcançar esses objetivos.

Ao investir nessa estratégia, você, como líder, proporciona um ambiente de trabalho positivo e engajador, que beneficia tanto os funcionários quanto a organização como um todo, gerando valor para resultados e ações. Comece hoje mesmo a aplicar esses conhecimentos na sua empresa e veja a diferença que uma marca empregadora forte pode fazer.

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Para o gerente de supermercado Toninho todos merecem uma chance de começar. Como ele formou mais de 200 jovens, você confere no Inspira CIEE-RS episódio 10.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

A preferência por profissionais com experiência e buscar referências é uma prática comum nas empresas na hora de selecionar colaboradores. Recrutadores não costumam apostar em quem não tem uma boa indicação. Mas para o gerente e supervisor de um supermercado de Santiago, isso é irrelevante. Antônio Gilberto Gigoski de Lima, o Toninho, como é conhecido na cidade, acredita que “todos merecem uma chance de começar — e até de recomeçar”. A história de como Toninho foi de técnico contábil para o gerente que contratou mais de 100 jovens nos últimos anos, você confere no Inspira CIEE-RS episódio 10.


Aprendizado pelo trabalho familiar

Toninho começou sua jornada há mais de 30 anos, ajudando no bar do pai, em Santiago do Boqueirão. Na época com 12 anos, ele comenta que a experiência foi essencial pois aprendeu a ser responsável e prestativo, além de entender como o mercado de trabalho funciona e como era importante ter o foco no crescimento próprio.

Sua primeira oportunidade formal foi ainda na adolescência, como estagiário contábil em um posto de combustível, vaga conquistada através do CIEE-RS. Cursando técnico em contabilidade, Toninho viu sua carreira decolar, em apenas 2 anos já era subgerente desse mesmo posto.

Atuou como subgerente por mais 10 anos, quando surgiu uma oportunidade de mudança de carreira e passou a trabalhar em um centro de distribuição, agora na área supermercadista.

Liderança e formação de jovens

Após muita dedicação, Toninho chegou ao cargo de gerente da rede de supermercados, agora era responsável por uma grande equipe, o esforço havia gerado frutos. Foi quando ele identificou uma grande oportunidade de ajudar a formar as novas gerações de profissionais.

E nessa oportunidade surgiu a reaproximação com o CIEE-RS. Toninho diz que é muito gratificante para ele ter participado da formação de tantos jovens e que essa atitude gerou reconhecimento na cidade, “Muitas pessoas que recrutei para o primeiro emprego hoje são nossos clientes. Um é engenheiro da companhia de energia elétrica que atua aqui na cidade, tem administrador de comércio e até o gerente de um mercado concorrente (risos). Como a cidade é pequena, a gente consegue acompanhar o crescimento e a evolução desses profissionais”, explica.

Inspira CIEE-RS | Toninho contratou mais de 200 jovens ao longo de sua carreira, são estagiários e aprendizes que ele formou e ingressaram no mercado de trabalho.
Toninho auxiliando no treinamento de jovens na rede de supermercados a qual é gerente.

Mais de 200 jovens contratados

Toninho já é gerente há mais de 25 anos, nesse período afirma que já contratou mais de 200 jovens dos programas de estágio e aprendizagem, mais de 200 vidas que foram tocadas pela ação de educar, que ele revela ser uma paixão “gosto de estar próximo e acompanhando o desenvolvimento, quero que eles se formem e busquem coisas melhores, que aprendam sobre o as responsabilidades do trabalho”

Sua equipe hoje é composta por mais de 100 colaboradores, e cerca de 20% deles são jovens em formação. No supermercado, eles estão em atividades como operadores de caixa, empacotadores, atendimento ao público. Muitos deles estão começando a vida como Toinho começou sua jornada.

A expertise de quem forma

Toninho incentiva que as empresas contratem e invistam em jovens e sejam formadores de talentos, essa prática ajuda a comunidade e traz retornos muito positivos para as organizações. “todo o jovem precisa ter uma primeira experiência profissional e uma oportunidade de terminar seus estudos. É papel do empreendedor enxergar as qualidades de um estagiário, de um aprendiz, e ajudar a desenvolvê-las e incentivá-las.”.

Ele também destaca a importância da prática do feedback constante, “quando se trabalha com jovens, é preciso trabalhar as habilidades deles e dar retorno sobre o que estão indo bem ou não. E também é nossa função orientar sobre o melhor caminho e auxiliar quem está ingressando no mercado de trabalho a enfrentar as dificuldades, superar quando erra”.

Para os jovens, Toninho é uma inspiração de dedicação e comprometimento. A dica dele é seguir o que considera essencial para o desenvolvimento profissional: ‘É preciso ser dedicado, ter responsabilidade e atender bem o cliente. Vale a pena, porque o trabalho sempre vai recompensar‘, conclui.

Inspira CIEE-RS

A história de Toninho é o décimo e último capítulo dessa temporada do Inspira CIEE-RS. Como a dele, vimos diversas histórias emocionantes de pessoas que dedicam suas vidas a formar as novas gerações, que apoiam e educam. Vimos histórias de superação e de dedicação recompensada. Nós, do CIEE-RS gostaríamos de agradecer a esses personagens e a todos os outros que não estiveram aqui, mas fazem parte de nossa trajetória e com certeza são histórias inspiradoras.

Para conferir as outras histórias do Inspira, clique aqui!

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Buscamos entender quais são as principais mudanças que o estágio tem provocado no mercado de trabalho e como gestores e jovens estão se adaptando.

Estamos diretamente conectados com a história do estágio no Brasil, acompanhando os primeiros modelos, crescimento, regulamentação até a prática que temos hoje, de um estagiar para educar. Acreditamos que o período de estágio é essencial para desenvolver habilidades que somente a atividade prática pode trazer para o estudante.

Buscando entender quais foram as principais mudanças sociais, legais, de comportamento e perspectiva dos jovens em relação ao estágio, convidamos três dos nossos gestores para um bate-papo. Cristiano Felix, Gustavo Etcheverry e Marcos Pan iniciaram suas carreiras como estagiários no CIEE-RS, construindo carreiras de sucesso que refletem o esforço e dedicação de cada um deles.


O que mudou no estágio

Primeiros modelos

Os primeiros modelos de estágio no Brasil surgiram na década de 1940. A contratação era caracterizada por “um período de trabalho realizado pelo estudante em alguma indústria, sob o controle de um docente.” Apesar de ser um primeiro ensaio, a legislação de 1942 não regulamentava a atividade, não era vista como uma etapa no processo educativo e não estabelecia nenhuma relação entre a empresa e a instituição de ensino.

Lei do estágio de 1977

A grande regulamentação do estágio como atividade educacional aconteceu com a Lei do Estágio de 1977, que foi a primeira a tratar do estágio de maneira exclusiva, estabelecendo relações entre as escolas e os locais de prática dos estudantes.

Mesmo com o estágio agora estabelecido, muitas coisas eram diferentes do modelo que temos hoje. Por exemplo, a carga horária: Cristiano comentou que ele mesmo chegou a fazer estágio de 8 horas diárias no CIEE-RS, pois a legislação do período permitia.

Buscando entender quais foram as principais mudanças sociais, legais, de comportamento e perspectiva dos jovens em relação ao estágio, convidamos três dos nossos gestores para um bate-papo, eles iniciaram suas carreiras como estagiários no CIEE-RS.

Estágio atualmente

O modelo de estágio que conhecemos hoje foi implantado em 2008. Essa revisão da lei trouxe diversos benefícios, como recesso remunerado, período máximo de 2 anos para o estágio e normativas para alunos da educação especial.

A atual versão da lei reforça mais o propósito da prática. Como disse Marcos Pan: “Esses dois anos de estágio são fundamentais para que o estudante adquira experiência e se prepare para a entrada no mercado de trabalho.”

O que mudou na sociedade

Alguns aspectos sociais da relação entre empresa e estudante também mudaram muito. Os jovens estão buscando mais identificação com o propósito das organizações, além de focar no seu bem-estar e qualidade de vida. As empresas também estão buscando no estágio uma oportunidade de criar profissionais mais ajustados às suas práticas e cultura. Nossos gestores apontaram quais são as principais mudanças e quais são as tendências que o mercado está adotando.

O estagiário “concurseiro”

Com a regularização dos processos seletivos públicos para estágio, o estudante criou o hábito de participar e concorrer para várias vagas, se preparando tal qual um concurso para o funcionalismo público. Marcos Pan, gestor do programa de estágio, acredita que esse é um comportamento que veremos mais presente nos estudantes. O número de inscrições em processos seletivos nas mais de 320 prefeituras em que estamos presentes tem aumentado significativamente com o passar dos anos.

Estágio: o que nossos gestores pensam sobre o ingresso no mercado de trabalho | Divulgacao perfil do estagio 2024

O estágio como ferramenta de desenvolvimento

A visão das empresas em relação ao estágio mudou com o passar do tempo. Antigamente, a maioria das contratações de estágio buscava baratear a mão de obra da empresa. Hoje, a maioria das empresas tem uma perspectiva mais formadora. Gustavo comentou que atualmente as empresas veem o estágio como uma estratégia de desenvolvimento e retenção de talentos, o que tem trazido mais resultados para as empresas que adotam essa postura.

O foco na carreira mudou

A mudança do foco dos estudantes também foi apontada na entrevista. Segundo nossos gestores, o jovem hoje está menos focado na construção de carreiras vitalícias dentro da mesma empresa. Em contrapartida, o foco agora é aproveitar essa primeira oportunidade para adquirir conhecimentos e se desenvolver.

O home office também foi comentado pelos nossos gestores. Em alguns cursos, as vagas com benefício de atividade remota ou híbrida já estão sendo priorizadas e demandadas pelos jovens.

Tendências para se observar no futuro

Com os avanços tecnológicos, muitas novas realidades vêm surgindo. Os jovens estão percebendo essas mudanças e trazendo novas perspectivas para o ambiente do estágio. O foco no autodesenvolvimento, a priorização pela vida fora da empresa e os modelos de trabalho flexível demonstram que grandes mudanças estruturais estão acontecendo.

Cabe a você, líder, entender essas novas perspectivas e adaptar a sua empresa. Com a contratação de jovens através do programa de estágio, além de estar cumprindo seu papel social no desenvolvimento de novos profissionais, sua empresa estará formando novos talentos e desenvolvendo uma força de trabalho mais alinhada com as demandas atuais.

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Realizamos uma pesquisa com 13 mil estudantes e traçamos o perfil do estagiário em 2024. Com ela, conseguimos o que o jovem espera do mercado de trabalho.

No último ano realizamos uma pesquisa com mais de 6 mil estudantes da região Sul para produzir o primeiro report do perfil de estagiário, a realização dessa pesquisa nos ajudou a entender os principais desejos e perspectivas que o jovem tem sobre ensino e mercado de trabalho.

Este ano, retornamos com a nova versão da pesquisa, mais robusta e moderna, entendemos que, com os avanços sociais, novas questões ganham espaço para serem entendidas. Os jovens também entenderam a importância de pesquisas assim, 13 mil jovens responderam ao questionário, público maior que o dobro da pesquisa anterior.

Agora, trazemos em primeira mão pra você, o Perfil do Estagiário em 2024.


Sobre a Pesquisa

No relatório do último ano, podemos perceber como o estágio é um período muito valorizado de aprendizado para os jovens, e que eles priorizam adquirir experiência e desenvolvimento profissional quando estão entrando no mercado de trabalho.

Este ano a pesquisa teve algumas mudanças, buscamos aprofundar nossos conhecimentos a respeito dos estudantes e, para isso, trouxemos novos questionamentos referentes ao uso da inteligência artificial e novas tecnologias. Buscando entender quais mudanças elas estão trazendo na rotina de estudos e trabalho dos jovens.

Também aprimoramos o refinamento dos dados, conseguindo realizar mais segmentações por área de conhecimento e região onde cada estudante vive. Esse olhar mais segmentado dos dados nos proporcionou entender aspectos que a visão geral não consegue demonstrar.

Quem é o estagiário em 2024?

O primeiro cenário que trazemos é em relação a empregabilidade: o jovem ainda está buscando colocação no mercado de trabalho, assim como em 2023. 66% dos estudantes responderam que não estão estagiando, e desses 94% informaram que estão procurando uma oportunidade de iniciar no mercado de trabalho.

O Report do Perfil do Estagiário 2024 apontou que a maioria dos jovens não está trabalhando e busca por oportunidades de estágio. Confira a pesquisa completa.

A bolsa auxílio também teve mais destaque na pesquisa deste ano e se tornou diferencial competitivo para empresas, considerando que cerca de 50% dos estudantes entrevistados tem renda familiar de até 3 salários mínimos. O pagamento de bolsas maiores é uma maneira de proporcionar suporte financeiro e reconhecimento além de ser um mecanismo de retenção de talentos.

O Report do Perfil do Estagiário 2024 mostrou que estudantes precisam da bolsa auxílio para integrar sua renda e que esse benefício é diferencial competitivo.

Inteligência Artificial

Buscando entender essa realidade presente no mercado de trabalho e estudos, perguntamos sobre o uso de inteligências artificiais. Para 47% dos jovens, o contato com IA já faz parte de suas rotinas, e desses, praticamente 80% utilizam essas ferramentas para auxiliar nas atividades acadêmicas ou do estágio.

O Report do Perfil do Estagiário 2024 trouxe que muitos jovens estão usando a inteligência artificial para fazer atividades acadêmicas e do estágio.

Nem Nem 2.0?

Analisando as mudanças na dinâmica de trabalho, na edição desse ano trouxemos o trabalho remoto como uma realidade já presente no dia a dia dos estagiários. Muitos deles tem demonstrado preferência por realizar suas atividade de casa, e trocariam seu estágio atual por oportunidades que trouxessem esse benefício.

Mas em direção oposta a essa afirmação, 72% dos respondentes preferem que os processos seletivos e entrevistas sejam realizados presencialmente. Eles acreditam que a seleção deva ocorrer de maneira próxima enquanto as atividades do trabalho devam ocorrer de maneira remota.

No Report do Perfil do Estagiário 2024 vimos que o estudante prefere o home office para estudar e estagiar. Mas também prezam pelo contato próximo na empresa.

Essa tendência de preferência pelo estágio remoto também acompanha o aumento significativo de oferta de cursos de ensino superior a distância, o ensino se tornou remoto e as relações de trabalho também. O Censo da Educação Superior de 2022 no INEP, mostrou que entre 2018 e 2022 houve um aumento de 189% na quantidade de cursos de ensino superior na modalidade EAD.

A Pesquisa Perfil de Estagiário mostrou que o estudante tem preferido o EAD, segundo o INEP, a quantidade de cursos a distância aumentou 189% no Brasil.

O Censo da Educação Superior de 2022, do INEP, mostrou que, com o grande aumento da oferta de cursos a distância, a procura e preferência dos estudantes foi adaptada também. Os cursos com maior número de matrículas no Brasil, segundo o Censo, foram:

  • Pedagogia – 821.864
  • Direito – 671.726
  • Administração – 638.789
  • Enfermagem – 457.968
  • Contabilidade – 327.499
  • Psicologia – 314.543
  • Sistemas de Informação – 308.850
  • Educação Física – 254.383
  • Medicina – 245.501
  • Gestão de Pessoas – 209.691

Quando tratamos apenas da modalidade presencial, essa é a preferência entre os jovens:

  • Direito – 671.672
  • Psicologia – 312.077
  • Medicina – 245.501
  • Enfermagem – 284.389
  • Administração – 245.460
  • Pedagogia – 171.700
  • Odontologia – 156.633
  • Fisioterapia – 147.399
  • Engenharia Civil – 140.461
  • Medicina Veterinária – 139.288

E exclusivamente para ofertas na modalidade EAD, esses são os cursos mais procurados:

  • Pedagogia – 650.164
  • Administração – 393.329
  • Contabilidade – 201.229
  • Sistemas de Informação – 188.363
  • Gestão de pessoas – 185.124
  • Enfermagem – 173.579
  • Educação Física – 171.756
  • Logística – 107.522
  • Serviço Social – 101.512
  • Marketing – 84.681

E o que buscam no estágio?

Como já tinha sido apontado no relatório do último ano, o estudante ainda prioriza o crescimento pessoal e o desenvolvimento profissional quando está buscando ingressar no mercado de trabalho. Mas o fator monetário aparece logo em seguida como aspecto decisivo para estagiar.

  • 50% Experiência Profissional
  • 26% Crescimento Pessoal
  • 19% Necessidades Financeiras

Quando perguntados sobre o que estão buscando que uma empresa ofereça, os jovens novamente apontam que gostariam de possuir benefícios relacionados ao crescimento e bem estar dentro da empresa, como oportunidades de crescimento, efetivação, remuneração e o home-office.

  • Benefícios com foco no bem-estar
  • Remuneração
  • Oportunidade de crescimento
  • Possibilidade de home-office

Conclusão

Esse texto é um apanhado de algumas das principais informações que a Pesquisa do Perfil de Estagiário 2024 trouxe. No relatório completo você terá acesso a outras informações, com mais segmentações de público, por área do conhecimento e região do estado.

Além de outras informações exclusivas sobre os hábitos dos jovens, inclusão social e programas de assistencialismo.

Quer conferir o report na íntegra?

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