pixel
Como líder, você precisa garantir os recursos para garantir o crescimento da equipe, criando times de alta performance. O PDI vai te ajudar com isso.

Um dos principais fatores para manter a motivação no ambiente de trabalho é o desenvolvimento da sua equipe, uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Half apontou que líderes abertos a auxiliar e apoiar os liderados são um dos 5 principais fatores que contribuem para a felicidade na empresa. E 94% dos profissionais acreditam que a satisfação é influenciada pela atuação da liderança.

Mas o que você como líder pode fazer para contribuir para isso? É aí que o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) entra em cena como uma ferramenta poderosa para impulsionar o crescimento profissional e o engajamento dos colaboradores.


O PDI é muito útil no processo de empoderar os colaboradores na sua jornada de desenvolvimento. Mantendo sua equipe valorizada e motivada. Neste texto, vamos explorar o universo dos PDIs, desde sua definição, benefícios e exemplos até a criação de um plano eficaz e personalizado para cada membro da sua equipe.

O que é um PDI?

O PDI é um plano personalizado e individual que tem por objetivo o desenvolvimento profissional de cada colaborador. Ele é elaborado pelo colaborador, com apoio da sua liderança, levando em consideração as habilidades, necessidades e objetivos do colaborador, bem como as metas da empresa. 

Após a elaboração de um PDI, o profissional tem mapeado os seus pontos fortes e seus pontos a desenvolver, e é a partir daí que o profissional deve traçar os seus objetivos a serem alcançados e as ações que irão contribuir para isso. A duração de um PDI não é fixa, mas pode durar, em média, de três meses e um ano. Variando conforme complexidade e objetivo do PDI.

Benefícios do PDI para gestores e colaboradores

Por ser um plano elaborado em conjunto, visando atingir as expectativas tanto do profissional quanto das metas da empresa, o PDI oferece diversos benefícios para gestores e colaboradores:

Para gestores:

  • Melhora o desempenho da equipe: O investimento no desenvolvimento individual dos colaboradores contribui para o aumento da produtividade, da qualidade do trabalho e da criatividade da equipe.
  • Aumenta a retenção de talentos: Colaboradores que se sentem valorizados e que têm oportunidades de desenvolvimento são mais propensos a permanecer na empresa.
  • Facilita o planejamento de sucessão: O PDI ajuda a identificar potenciais líderes e futuros talentos dentro da equipe.

Para colaboradores:

  • Aumenta o autoconhecimento: O PDI leva o colaborador a refletir sobre suas habilidades, pontos fortes e fracos, e objetivos de carreira.
  • Promove o desenvolvimento profissional: O PDI oferece ao colaborador a oportunidade de adquirir novas habilidades e conhecimentos, aprimorar suas competências e alcançar seus objetivos de carreira.
  • Aumenta a motivação e o engajamento: Colaboradores que se sentem valorizados e que têm oportunidades de desenvolvimento são mais motivados e engajados no trabalho.

Como criar um PDI eficaz

Para aproveitar os benefícios da aplicação de um PDI é muito importante que ele seja bem planejado e executado, a etapa de ideação dele muitas vezes pode demorar um pouco mais, mas é necessário para garantir a sua eficácia. A criação de um PDI eficaz envolve os seguintes passos: 

1. Entenda seu cenário

  • Entenda quais são os objetivos e metas de carreira dos seus colaboradores, isso vai ajudar a você ter um panorama sobre seus desejos e sonhos. Assim você sabe por onde começar o desenvolvimento de cada PDI.
  • Utilize conversas informais e momentos formais estratégicos, como reuniões de feedback, para realizar esse levantamento de informações. Reforce que a organização tem interesse no desenvolvimento de talentos.

2. Defina os objetivos:

  • Comece por definir os objetivos do PDI, tanto para o colaborador quanto para a empresa, lembre-se que o PDI é individual e jamais será igual para dois ou mais colaboradores.
  • Os objetivos do PDI devem ser específicos, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporizáveis para que você consiga metrificar a eficácia da implantação.

3. Avalie as competências:

  • Realize um mapeamento das habilidades e competências do colaborador, para ter um levantamento de pontos bons e pontos de melhoria.
  • Utilize ferramentas como feedbacks, avaliações de desempenho e testes de perfil profissional, além de outras diversas métricas de desempenho de colaboradores.

4. Identifique as necessidades:

  • Com base na avaliação de competências, identifique as lacunas de desenvolvimento do colaborador.
  • Quais habilidades o colaborador precisa desenvolver para alcançar seus objetivos, quais comportamentos podem ser aprimorados? Identificando esses pontos de melhora é possível passar ao plano de ação.

5. Estabeleça ações:

  • Defina ações específicas para o desenvolvimento do colaborador, essas ações tem que ser alinhadas juntamente ao colaborador, é importante que ele participe e cocrie todo o processo para que fique engajado e consiga executar o PDI.
  • As ações podem incluir treinamentos, cursos, workshops, leituras, mentorias, projetos desafiadores etc.

6. Acompanhe e avalie:

  • É importante acompanhar o progresso do colaborador e avaliar a efetividade do PDI.
  • Estabeleça a realização de feedbacks periódicos e ajuste o PDI caso seja necessário.
  • O PDI é um processo cíclico, após a conclusão de um plano, é possível iniciar outro para que outras habilidades sejam trabalhadas.
  • Considere a evolução do crescimento e perspectiva de futuro geradas com os planos. Seus colaboradores tem ambições e vontade de crescimento, e veem o PDI como uma oportunidade para alavancar suas carreiras.
Líder e colaborador desenvolvendo um PDI para garantir que o engajamento e metas estejam alinhados com os propósitos da empresa e perspectivas do colaborador.

Modelo para criação de PDIs

Como é um plano adaptável e individual, não existe uma regra única para criar um PDI, mas é importante definir como sua empresa vai trabalhar os planos e a partir disso criar uma organização dos dados. Isso vai facilitar a gestão dos dados e a avaliação das métricas estabelecidas. Apesar de não existir um formulário padrão, é importante estar atento para alguns elementos essenciais para um formulário de PDI, por exemplo:

  • Perfil do colaborador: nome, cargo, principais atividades, tempo na empresa, grau/faixa salarial;
  • Objetivos de carreira: metas profissionais de curto, médio e longo prazo (de preferência, com datas estimadas);
  • Objetivos de desenvolvimento: metas profissionais e pessoais de crescimento que impactam em suas demandas (como hard e soft skills);
  • Oportunidades de treinamento: atividades que o colaborador gostaria de realizar para evoluir na empresa (de preferência, com datas estimadas). Pode incluir: treinamentos formais em sala de aula, cursos online, tarefas rotativas ou de acompanhamento, programas de estudos, conferências ou seminários, entre outros.

Observações:

  • É importante que o profissional esteja comprometido com o seu PDI e que você, como líder, acompanhe o seu progresso e forneça feedback de maneira regular.
  • O PDI é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento individual e coletivo da equipe. Ao investir no PDI, você consegue impulsionar a performance da equipe, aumentar a retenção de talentos e alcançar os objetivos da empresa de maneira mais ágil e certeira.

Dicas para o sucesso para o seu plano de desenvolvimento individual

  • Envolvimento do colaborador: Lembre-se, o colaborador deve ser o protagonista do seu PDI, sem o envolvimento e comprometimento dele não existe possibilidade de sucesso e resolução de um PDI.
  • Flexibilidade: O PDI deve ser flexível e adaptável às necessidades do colaborador e da empresa, mesmo durante a execução dele. Caso seja necessário, reavalie e adapte o plano.
  • Acompanhamento e avaliação: É fundamental acompanhar o progresso do PDI e realizar avaliações periódicas, garantindo o cumprimento e a eficácia dele, as avaliações e feedbacks também ajudam a manter seu colaborador mais engajado e motivado na realização do PDI.

Ferramentas para criação de PDI

Com o avanço das tecnologias, as equipes de RH ganharam um forte aliado, que ampliou a capacidade e força da implantação dos PDIs. As ferramentas de automatização do PDI permitem a criação e gerenciamento de planos de desenvolvimento individual a partir de modelos eficientes e personalizáveis. Essas ferramentas trouxeram uma abordagem mais eficiente, com indicadores e métricas que garantem a análise e execução do plano de desenvolvimento individual de acordo com o momento atual da empresa e dos colaboradores.

Contar com uma ferramenta para auxiliar essa tarefa, permitirá à organização empregar indicadores adequados para medir o sucesso das ações e o alinhamento com as metas estabelecidas, além de acompanhar o crescimento dos indivíduos e de otimizar a precisão das abordagens utilizadas e alocação de recursos.

Além disso as ferramentas de automação de PDIs agilizam o processo de busca, armazenamento, coleta e segurança dos dados. Isso possibilita a criação e gerenciamento de diversos planos simultâneos, otimizando o tempo dedicado das equipes de recursos humanos.

Conclusão

Como vimos aqui, o PDI é um instrumento muito útil para o desenvolvimento individual de cada colaborador e da sua equipe como um todo. Investir na criação e implantação de PDIs é muito benéfico para sua empresa.

Você, como líder, precisa garantir os recursos necessários para impulsionar o crescimento continuo da equipe, aumentando a criação e retenção de talentos e criando times de alta performance, que vão alcançar as metas da sua empresa.

O PDI é um processo contínuo que deve ser revisto e atualizado periodicamente para garantir que esteja alinhado com os desejos do profissional e às metas da organização. E para isso, ferramentas de criação e gerenciamento de planos de desenvolvimento individual são grandes aliados para otimizar esse processo de forma ágil.

Esperamos que este guia tenha sido útil! Se você tiver alguma dúvida ou comentário, comenta aqui abaixo!

Posts relacionados
Aproveitar as oportunidades para se desenvolver é o segredo para uma carreira de sucesso? Descubra com Ana Carolina Neu, o sexto personagem do Inspira CIEE-RS.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

Qual é o segredo para alcançar o sucesso profissional em um mercado competitivo e dinâmico? Muitas vezes é sobre entender os passos para trás necessários para ir mais adiante. Neste texto, vamos contar a história de Ana Carolina Neu, uma mulher que soube aproveitar as chances que apareceram em seu caminho e se tornou líder de RH em uma multinacional. Ela é o sexto personagem da série Inspira CIEE-RS.


Ouça o texto na íntegra

Ana Carolina Neu, 33 anos, é natural de Santa Cruz do Sul, um polo da indústria fumageira no Brasil. Ela iniciou sua trajetória profissional como auxiliar de escritório, estudando administração na UNISC, não estava contente com a situação que se encontrava, ela queria mais.

Foi então que, depois de uma amiga sugerir que concorresse a uma vaga de estágio pelo CIEE-RS na multinacional British American Tobacco (BAT), antigamente conhecida como Souza Cruz, ela percebeu uma oportunidade de ouro.

Ela largou o emprego e se candidatou ao estágio, mesmo sem ter muita experiência na área de RH. Para muitos essa seria uma decisão precipitada e arriscada, Ana tinha emprego fixo, carteira assinada, estabilidade. Mas ela viu que esse processo seletivo seria o primeiro passo para a mudança de sua vida.

O início do estágio na BAT

O processo seletivo para o estágio na BAT foi longo e muito concorrido. Ana teve que esperar seis meses até ser chamada para a entrevista, que coincidiu com o dia do seu aniversário, em 8 de dezembro de 2011. Ela lembra que foi um presente e tanto.

Ela foi aprovada e começou a trabalhar no setor de RH da empresa, onde ficou por dois anos. Nesse período, ela aprendeu muito sobre as rotinas e os processos da área, além de desenvolver habilidades como comunicação, liderança e trabalho em equipe.

Ela também se destacou pela sua proatividade e iniciativa. Relatou que o estágio foi uma excelente oportunidade para mergulhar nos processos da empresa. Ela sempre buscava ações para melhorar o desempenho do setor e da empresa, e não tinha medo de levantar a mão e dizer que queria participar de novos projetos e desafios.

Essa atitude foi determinante para que ela fosse notada pelos gestores e colegas, e também para que ela pudesse crescer na carreira. Ela conta que, para os jovens que querem se desenvolver profissionalmente, é preciso ir com calma e pensar e focar em crescer, apoiando a empresa e buscando ações que proponham esse crescimento.

A contratação efetiva e as novas oportunidades

Infelizmente, o contrato de estágio de Ana chegou ao fim, e após dois anos, ela teve que se despedir da BAT. Mas ela não desistiu de seu sonho de trabalhar na empresa. Ela sabia que tinha feito um bom trabalho e que tinha deixado as portas abertas.

Ela aproveitou o tempo fora da empresa para se qualificar ainda mais, fazendo cursos e buscando novos conhecimentos na área de RH. Ela também se manteve em contato com os antigos colegas e gestores, demonstrando interesse em voltar.

Ela não precisou esperar muito. No ano seguinte, ela recebeu uma ligação da BAT, oferecendo-lhe um cargo efetivo na empresa. Ela não pensou duas vezes e aceitou a proposta. A proposta era para atuar em Itajaí (SC), fazendo auditoria em pontos de venda e distribuição da empresa.

Ela conta que essa foi uma experiência incrível, que lhe permitiu conhecer outras áreas da empresa, além de viajar por Santa Catarina e pelo norte do Rio Grande do Sul e, eventualmente por todo o país. Ela conta que esse período foi essencial para conhecer mais do portfólio de produtos da BAT.

Ela passou dois anos como auditora, até que sentiu vontade de voltar para Santa Cruz do Sul, sua cidade natal. Ela viu que havia uma vaga na área de capacitação de produtores agrícolas, e se candidatou. Ela conseguiu o cargo, que envolvia o treinamento e o acompanhamento de 27 mil produtores integrados, transportadores e orientadores agrícolas.

Após apostar na sua carreira, Ana Carolina se desenvolveu e teve muito sucesso na BAT, confira a história da sexta personagem do Inspira CIEE-RS

A pandemia e a adaptação ao trabalho online

Ana estava feliz com seu novo cargo, mas logo teve que enfrentar um grande desafio: a pandemia de Covid-19. Ela teve que se adaptar ao trabalho remoto, e encontrar formas de seguir capacitando os produtores, mas online.

Ela diz que uma das maiores dificuldades que enfrentou foi o fato de as pessoas do campo não costumarem ficar em frente a um computador. Ela teve que usar a criatividade e a tecnologia para manter o engajamento e a qualidade dos treinamentos.

Ela afirma que, apesar das dificuldades, a pandemia também trouxe oportunidades de inovação e de aprendizado. Ela diz que conseguiu ampliar o alcance e a frequência dos treinamentos, e que recebeu feedbacks positivos dos produtores, que se sentiram valorizados e apoiados pela empresa.

A volta ao RH como coordenadora

Depois que a pandemia passou, Ana se inscreveu em um programa interno da BAT, que permitia que os funcionários conhecessem outras áreas da empresa. Ela foi selecionada para trabalhar na área de sistemas de gestão, como o EWS, que é um sistema de monitoramento e controle de qualidade.

Ela diz que essa foi mais uma oportunidade de aprender e de se desenvolver, e que suas iniciativas nessa área chamaram a atenção dos gestores de RH, que a convidaram para voltar ao setor, mas agora como coordenadora.

Ela aceitou o convite, e hoje, de volta ao RH, mas agora como líder, afirma que o estágio pelo CIEE-RS foi fundamental para que ela pudesse adquirir mais responsabilidade, conhecimento e visibilidade na empresa. Ela diz que aproveitou o estágio para ajudar a pensar em como fazer melhor e deixar a sua marca. Foi p primeiro passo para uma carreira de muito sucesso.

Os planos para o futuro

Ana Carolina Neu não para de sonhar e de buscar novos objetivos. Ela diz que sua meta agora é se tornar gerente de RH na BAT, e quem sabe, trabalhar fora do país.

Ela diz que a empresa oferece muitas possibilidades de crescimento e de mobilidade internacional, e que ela está sempre atenta às oportunidades que surgem. Ela também diz que continua se capacitando e se atualizando, para estar preparada para os novos desafios.

Ela deixa uma mensagem para os jovens que estão começando sua carreira, e que querem se inspirar em sua história:

“Não tenha medo de arriscar, de mudar, de sair da sua zona de conforto. Aproveite as chances que aparecem, e faça o seu melhor em cada uma delas. Busque aprender sempre, e não se compare com os outros. Cada um tem seu tempo e seu caminho. E, acima de tudo, seja grato pelas pessoas que te ajudam e te apoiam ao longo da jornada.”

Posts relacionados
O CIEE-RS realizou uma pesquisa com mais de 6 mil aprendizes. O report trouxe um panorama geral que pode ajudar a entender a realidade dos jovens.

Ao trabalhar com aprendizes na sua empresa, muitas vezes a principal dificuldade que surge é o embate de gerações, a expansão da Geração Z no mercado de trabalho trouxe o desafio de adaptar essas diferentes perspectivas. Entender o perfil dos jovens é cada vez mais necessário e benéfico para você gestor! Pois os jovens também estão trazendo novas oportunidades de desenvolvimento e agilidade para as empresas. Ter um aprendiz é uma maneira de formar talentos, ampliar a diversidade e acelerar a inovação na sua empresa.


Para te ajudar com isso, realizamos uma pesquisa com mais de 6 mil aprendizes do Rio Grande do Sul, para entender quais são seus objetivos e desejos, quais são as suas motivações e o que esperam que a empresa, e sua liderança, traga de positivo para essa experiência de trabalho, que muitas vezes é a primeira. A pesquisa, inédita para o CIEE-RS, trouxe um panorama geral com diversos insights que podem ajudar a entender a realidade dos aprendizes.

Quem são os aprendizes?

Podemos perceber pelos primeiros dados que o aprendiz hoje é um público muito jovem, menos de 15% dos respondentes possui mais de 20 anos. Esses jovens são todos integrantes da Geração Z, uma geração que vem apresentando conceitos, características e atitudes muito diferentes das que conhecemos a respeito do mercado de trabalho.

A maior parte das pessoas aprendizes é feminina, isso vem ao encontro de informações coletadas sobre a população geral no Censo 2022, os dados da pesquisa também mostram que uma vasta maioria se identifica como heterossexual.

A pesquisa Perfil de Aprendiz 2024, trouxe os demográficos dos aprendizes. A maioria deles tem entre 14 e 19 anos. Muito jovens e diferente das demais gerações.

Além dos dados demográficos, a pesquisa mostrou que apenas 27% dos jovens estão inseridos em programas de aprendizagem, apesar da existência da obrigatoriedade de contratação de cotas de aprendizes, através da Lei da Aprendizagem. Dos demais 73% que não estão inseridos no programa de aprendizagem, 69% afirma que estão buscando a colocação no mercado de trabalho.

Acesso ao ensino e a tecnologia

O acesso a tecnologia no ensino ainda é uma dificuldade em grande parte das escolas públicas, o Censo Escolar 2023, realizado pelo IBGE, mostrou que os estados tem uma grande disparidade no acesso e qualidade dos equipamentos nas salas de aula, sendo as regiões norte e nordeste as mais prejudicadas.

A situação não é melhor nas casas dos estudantes, segundo o IBGE, menos da metade dos estudantes da rede pública tem acesso a equipamentos e internet simultâneos. A pesquisa do Perfil do Aprendiz trouxe uma perspectiva parecida com a apresentada pelos dados do governo, dos jovens entrevistados, 57% relatou que não possuem computador ou notebook em suas residências. Ampliando o debate pela inclusão digital, principalmente na educação dos jovens.

Na pesquisa Perfil de Aprendiz 2024, podemos ver que a maioria dos aprendizes não tem acesso a computador ou notebook para fazer as atividades escolares.

CadÚnico

O Cadastro Único (CadÚnico) é o cadastro que tem a funcionalidade de integrar os serviços de assistência social do governo, garantindo o apoio a famílias em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, o CadÚnico contempla mais de 43 milhões de famílias. dessas 21 são beneficiárias do Bolsa Família.

Como o programa de aprendizagem visa atender prioritariamente jovens de baixa renda familiar, questionamos os aprendizes se as famílias deles são beneficiárias dos programas inseridos no CadÚnico. 27% dos respondentes afirmaram estarem no cadastro, e destes, 17% valida que recebe algum benefício do governo.

Motivações para escolha de empresa e primeiro trabalho

Quando questionados a respeito das principais motivações para a busca do programa de aprendizagem, mais da metade dos jovens relatou que o principal motivo seria adquirir experiência profissional, que auxiliaria na busca por outras oportunidades de desenvolvimento profissional. As necessidades financeiras e o crescimento pessoal também foram pontos de bastante destaque.

Essa informação corrobora com os dados apontados pelo IBGE, que apontou que 30% dos jovens entre 18 e 24 anos não estão trabalhando. E o principal motivo para essa dificuldade de entrada no mercado de trabalho é a falta de experiência e a pouca maturidade profissional.

A pesquisa Perfil de Aprendiz 2024, mostrou que 49% dos aprendizes está buscando oportunidade de crescimento nas empresas.

As oportunidades de crescimento e desenvolvimento também foram um grande destaque para os entrevistados quando questionados sobre os principais motivos para priorizar uma empresa para ingressar no programa de aprendizagem. Destaque interessante para os programas de diversidade e inclusão que são valorizados mesmo por jovens não pertencentes aos grupos beneficiados por esses programas.

Conclusão

O report da pesquisa sobre o Perfil do Aprendiz em 2024 apontou uma série de informações que possibilitaram mapear o perfil desses jovens. Essa pesquisa se mostra cada vez mais necessária, pois a propagação da Geração Z no mercado de trabalho já está acontecendo e os líderes que souberem compreender e atender as suas expectativas e ambições terão uma vantagem na busca pela inovação e pelo futuro.

Esse texto apresentou apenas alguns insights que o relatório da Pesquisa do Perfil de Aprendiz trouxe. Baixe o report completo da pesquisa aqui!

Posts relacionados
Inspira CIEE-RS 05 | Silvana é uma ativista social que superou muitas dificuldades e desafios para realizar seus sonhos e fazer a diferença na vida das pessoas.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

Silvana Nascimento Cunha é uma empreendedora e ativista social que superou muitas dificuldades e desafios para realizar seus sonhos e fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Ela é a fundadora da ONG Semear, que atende crianças carentes em Pelotas, oferecendo educação, alimentação, lazer e oportunidades de desenvolvimento. Neste artigo, você vai conhecer a história inspiradora de Silvana, que é a quinta personagem da série Inspira CIEE-RS, que traz mensalmente histórias de pessoas ligadas à instituição que se destacam por suas trajetórias de superação e sucesso.


Ouça o texto na íntegra:

Uma infância humilde e uma oportunidade de ouro

Silvana nasceu em uma família humilde e que, como muitas outras do nosso país, viveu com dificuldades. Ela conta que desde cedo aprendeu a valorizar o que tinha e a não desistir dos seus objetivos. Ela sempre estudou em escolas públicas e se esforçava para tirar boas notas, pois sonhava em ter uma profissão e uma vida melhor.

E a oportunidade eventualmente apareceu, Silvana fala que é muito grata ao CIEE-RS por ter aberto as portas para ela ao mercado de trabalho, com uma vaga de estágio na Caixa Econômica Federal, na entrada da maioridade. A experiência, que se estendeu por um ano, a ajudou a obter um emprego logo depois em uma terceirizada do banco, na qual ficou por cinco anos. O exemplo da atuação do CIEE-RS ligou uma faísca que ainda se tornaria algo muito grande na vida de Silvana.

O amor, a maternidade e a vontade de fazer a diferença

Silvana se casou e, algum tempo depois, engravidou do seu primeiro filho. Ela decidiu deixar o emprego de lado para se dedicar à maternidade e aos cuidados da família. Depois também teve outra filha e se viu envolvida com a criação dos seus dois filhos, hoje com 19 e 17 anos.

Para garantir o sustento da família, Silvana e o marido optaram por cuidar da empresa familiar, um comércio. Mas a raiz de assistência social já surgia ali, Silvana relata que ela morava em uma região com uma grande população carente e sentia que devia ajudar em alguma maneira.

Silvana em uma ação de natal para crianças na ONG Semear, ela é a quinta história do Inspira CIEE-RS e um exemplo em em assistência social.

A criação da ONG Semear e a assistência social

Em 2017, após o fechamento do comércio, Silvana e o marido fundaram a ONG Semear, com o objetivo de ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade social. No início, eles atendiam moradores de rua, oferecendo refeições, cestas básicas e doação de agasalhos. Eles também faziam campanhas de arrecadação de alimentos, roupas e brinquedos para distribuir nas comunidades carentes.

Um dia, enquanto distribuíam cafés na cidade, eles receberam um conselho de um morador de rua, que mudou a sua visão. Ele disse: “Vocês estão fazendo um paliativo. Por que não trabalham com crianças para no futuro distribuírem menos cafés?”. Silvana ficou tocada com as palavras e percebeu que ele tinha razão.

Ela pensou que se trabalhasse com as crianças, poderia atuar mudando o futuro delas e talvez até evitar que elas se tornassem moradores de rua no futuro. Lembrando também da atuação do CIEE-RS na vida dos jovens, ela decidiu, então, mudar o foco da ONG e se dedicar à educação e ao desenvolvimento infantil.

Hoje, a ONG Semear atende mais de 150 crianças, de 6 a 14 anos, que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social. Elas recebem alimentação, acompanhamento pedagógico, atividades recreativas, culturais e esportivas, além de orientação psicológica e social. A ONG conta com a ajuda de voluntários e doações, além da parceria estabelecida com o CIEE-RS, para encaminhar os jovens que saem da ONG para programas de aprendizagem e estágio. Parceria esta que começou a ser costurada no início da vida profissional de Silvana.

Uma história de inspiração e motivação

Atualmente Silvana realiza um sonho antigo, o de estudar e se aperfeiçoar. Ela faz a faculdade de Gestão e Organização do Terceiro Setor, um curso que a auxiliou a profissionalizar a atuação da ONG Semear. E durante a faculdade precisou fazer estágio obrigatório e mais uma vez a proximidade com o CIEE-RS abriu portas para ela. Foi chamada para estagiar na Câmara Municipal, onde coloca em prática os seus conhecimentos e habilidades.

Silvana é um exemplo de mulher guerreira, que não se deixou abater pelas dificuldades e que transformou a sua vida e a de muitas crianças com o seu trabalho social. Ela deixa uma mensagem para os jovens que querem seguir os seus passos: “Às vezes a motivação acaba, então, é preciso ser persistente e ter constância no que se faz. Tudo é difícil, mas a gente tem que escolher o difícil mesmo assim e seguir adiante”. Palavras de quem viveu o que diz.

Posts relacionados
Desenvolver sua liderança pode ser uma excelente maneira de crescer na carreira. Descubra aqui como os 5 níveis de consciência de liderança podem te auxiliar.

Você já se perguntou como alguns líderes conseguem se adaptar às mudanças e incertezas de panorama, enquanto outros ficam presos a padrões que, por mais que um dia tenham feito sucesso, acabam tornando-se obsoletos e ineficazes? Você gostaria de saber qual é o segredo para desenvolver uma liderança adaptativa, ágil, criativa e inspiradora, capaz de gerar resultados extraordinários para você e sua equipe?


Aqui, você vai descobrir os 5 níveis de consciência do processo de liderança, que surgiram a partir de um estudo desenvolvido pela consultoria McKinsey & Company, esse estudo mostra como os líderes podem evoluir de um estado inconsciente de liderança para um estado adaptativo, aumentando sua capacidade de lidar com a volatilidade e a complexidade do mundo atual, engajando suas equipes e conseguindo melhores resultados.

Além disso, você vai aprender como identificar em qual nível de consciência você se encontra atualmente, quais são os benefícios de avançar para os níveis superiores, e quais são as estratégias e ferramentas que podem ajudá-lo nessa jornada de desenvolvimento pessoal e profissional.

O que são os 5 níveis de consciência do processo de liderança?

Os 5 níveis de consciência do processo de liderança são uma forma de classificar os diferentes estágios de desenvolvimento dos líderes, de acordo com a forma como eles percebem, interpretam e respondem aos estímulos e desafios do ambiente interno e externo. Esses níveis são:

Inconsciente:

o líder inconsciente age de forma automática, baseado em hábitos e crenças rotineiras, sem questionar ou refletir sobre suas ações e seus impactos. Ele tende a reagir de forma defensiva ou agressiva às situações, buscando controlar e impor sua visão, sem considerar as necessidades e opiniões dos outros. Ele tem dificuldade de lidar com a mudança e a incerteza, e costuma se sentir ameaçado ou vítima das circunstâncias.

Atrasado:

acontece quando o líder começa a se dar conta de alguns padrões de comportamento. Ele reconhece que suas ações têm consequências, e busca aprender com seus erros e acertos. Ele se torna mais aberto e flexível, buscando se adaptar às situações e às pessoas, sem perder sua identidade e seus valores. Entretanto ainda tem uma demora nas respostas e adaptações aos diferentes cenários.

Perceptivo:

o líder perceptivo desenvolve mais compreensão de si mesmo, de seus sentimentos, motivações e propósitos. Ele se torna mais consciente de suas emoções e de como elas afetam seu desempenho e suas relações. Ele se torna mais capaz de regular suas emoções, expressando-as de forma assertiva e construtiva. Ele se torna mais empático e sensível às emoções e necessidades da sua equipe, buscando criar um clima de confiança e colaboração. Ele tem mais clareza e coerência entre o que pensa, sente e faz, e se alinha com sua missão e seus valores.

Resiliente:

no nível sistêmico, o líder amplia sua visão de mundo, reconhecendo a interdependência e a complexidade dos sistemas dos quais faz parte. Ele se torna mais capaz de analisar e resolver problemas complexos, considerando múltiplas perspectivas e cenários. Ele se torna mais criativo e inovador, buscando soluções que gerem valor para o todo, e não apenas para si mesmo ou para sua equipe. Ele se torna mais inspirador e influente, comunicando sua visão de forma clara e convincente, e mobilizando as pessoas em torno de um propósito comum.

Adaptativo:

quando atinge o nível mais elevado de consciência, o adaptativo, o líder se torna capaz de se adaptar rapidamente e de forma efetiva às mudanças e incertezas do ambiente. Ele se torna mais ágil e resiliente, aproveitando as oportunidades e superando os obstáculos com criatividade e flexibilidade. Ele se torna mais integrado e holístico, equilibrando as dimensões racional, emocional, física e espiritual de sua liderança. Ele se torna mais sábio e humilde, reconhecendo seus limites e buscando aprender continuamente com as experiências e com os outros.

Como identificar o seu nível de consciência atual?

Para saber em qual nível de consciência você se encontra atualmente, você pode fazer uma autoavaliação, respondendo às seguintes perguntas:

  • Como você percebe o ambiente em que atua? Você se sente confortável ou desconfortável com as mudanças e incertezas? Você se sente parte do sistema ou isolado dele?
  • Como você interpreta as situações que enfrenta? Você costuma ter uma visão positiva ou negativa? Você costuma ter uma visão ampla ou restrita? Você costuma ter uma visão única ou múltipla?
  • Como você responde aos desafios que surgem? Você costuma agir de forma reativa ou proativa? Você costuma agir de forma defensiva ou colaborativa? Você costuma agir de forma rígida ou flexível?
  • Como você se relaciona com as pessoas que trabalham com você? Você costuma se comunicar de forma clara ou confusa? Você costuma se comunicar de forma autoritária ou participativa? Você costuma se comunicar de forma empática ou indiferente?
  • Como você se sente em relação ao seu trabalho? Você costuma se sentir motivado ou desmotivado? Você costuma se sentir realizado ou frustrado? Você costuma se sentir alinhado ou desalinhado com o propósito e valores da empresa?

A partir das suas respostas, você pode identificar qual é o nível de consciência que predomina em sua liderança, e quais são os aspectos que você precisa desenvolver para avançar para os níveis superiores.

Confira tudo sobre os 5 níveis de consciência de liderança. Com os insights do Blog CIEE-RS você poderá desenvolver sua carreira e aprimorar suas habilidades.

Porque avançar para os níveis superiores de consciência de liderança alavanca sua carreira?

Avançar para os níveis superiores de consciência traz diversos benefícios para você, para seus liderados e para todas as pessoas na sua organização, tais como:

  • Maior capacidade de lidar com a volatilidade e a complexidade do ambiente, antecipando e aproveitando as oportunidades, e minimizando e superando os obstáculos.
  • Mais facilidade na análise e na resolução de problemas complexos, considerando múltiplas perspectivas e cenários, e buscando respostas criativas e inovadoras.
  • Se tornar uma referência, inspirar e influenciar as pessoas, comunicando sua visão de forma clara e convincente, e mobilizando as pessoas em torno de um propósito comum.
  • Criar e manter um clima de confiança e colaboração, reconhecendo e valorizando as diferenças, e estimulando o desenvolvimento e o engajamento das pessoas.
  • Maior aptidão para equilibrar as dimensões racional, emocional, física e espiritual de sua liderança, gerenciando seu estresse, expressando suas emoções, cuidando de sua saúde, e conectando-se com sua essência.

Quais são as estratégias e ferramentas que podem ajudá-lo a avançar para os níveis superiores de consciência?

Para avançar para os níveis superiores de consciência, você precisa estar disposto a sair da sua zona de conforto, e a se desafiar constantemente a aprender e a se aprimorar. Algumas estratégias e ferramentas que podem ajudá-lo nesse processo são:

  • Feedbacks: procure ouvir as opiniões e sugestões das pessoas que trabalham com você, e que podem oferecer uma visão diferente e complementar à sua. Pratique as dinâmicas de feedforward e feedback, e use-as como uma oportunidade de melhoria constante.
  • Mentoria: é importante se espelhar em líderes que você admira, e que possam compartilhar suas experiências e aprendizados com você pode ser uma excelente ideia para se inspirar. Busque aprender com as atitudes de seus exemplos e evoluir a partir disso.
  • Estudo: se atualize constantemente sobre as tendências e as melhores práticas do seu campo de atuação, e sobre os temas relacionados à liderança e ao desenvolvimento humano. Busque fontes confiáveis e diversificadas de informação, e aplique o que aprender na prática.
  • Reflexão: dedique um tempo para refletir sobre suas ações e os resultados que elas tem, sobre seus sentimentos e seus propósitos. Busque identificar seus pontos fortes e seus pontos de melhoria, e reconhecer seus sucessos e seus fracassos. Assim você consegue ter um panorama melhor de como avançar para os próximos níveis de consciência.

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu sobre os 5 níveis de consciência do processo de liderança, um modelo que mostra como os líderes podem evoluir de um estado inconsciente para um estado adaptativo, aumentando sua capacidade de lidar com a volatilidade e a complexidade do mundo atual.

Você também aprendeu como identificar o seu nível de consciência atual, quais são os benefícios de avançar para os níveis superiores, e quais são as estratégias e ferramentas que podem ajudá-lo nessa jornada de desenvolvimento pessoal e profissional.

Esperamos que este texto tenha sido útil, e que você possa aplicar o que aprendeu na sua carreira e no seu ambiente de trabalho. Lembre-se de que a liderança é uma competência que pode ser desenvolvida, e que depende de você buscar o seu aprimoramento contínuo.

Se você gostou deste texto, compartilhe com seus amigos e colegas, e deixe seu comentário abaixo. Gostaríamos muito de saber a sua opinião sobre este tema, e sobre o que mais você gostaria de aprender sobre liderança e desenvolvimento de carreira.


Posts relacionados
Você já se perguntou como a educação e o trabalho podem influenciar a sua carreira profissional? No Inspira CIEE-RS 06 você vai conhecer a história de Robson

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

Você já se perguntou como a educação e o trabalho podem influenciar a sua carreira profissional? Neste artigo, você vai conhecer a história de Robson Formigheri, um diretor de faculdade que começou como estagiário através do CIEE-RS e se tornou um exemplo inspirador. Robson Formigheri é o quarto personagem da série Inspira CIEE-RS, que traz mensalmente histórias de pessoas ligadas à instituição e que são exemplos inspiradores. Ele é diretor da Faculdade Anhanguera de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e tem uma trajetória marcada pela educação e pelo trabalho. 


O início da carreira

O rumo da vida de Robson seguia como a de muitos filhos de pais empresários, em meados da década de 1980. Ao mesmo tempo em que estudava Administração na Universidade de Passo Fundo (UPF), ele ajudava na empresa da família. Tudo mudou quando surgiu uma oportunidade de estágio, via processo seletivo, pelo CIEE-RS no setor de crédito educativo da Caixa Econômica Federal dentro da faculdade. Participou do processo, foi aprovado e, naquele momento, a rotina de conciliar o trabalho e a educação se tornou parte da trajetória de Robson. 

Ele comenta que após ser aprovado no processo seletivo, aprendeu muito sobre as rotinas de uma empresa e que o ambiente da Caixa Econômica o ensinou muito sobre independência, conquistas e responsabilidade. A experiência foi marcante. “Uma coisa é trabalhar com o teu pai. Outra é estar estagiando em uma grande empresa, ganhar o teu próprio dinheiro, ter disciplina”, compara. 

Depois de cumpridos os 2 anos de estágio, foi encaminhado ao banco Bamerindus, onde trabalhou por mais um período. Após isso, voltou à empresa da família, agora com mais experiência e maturidade para conduzir os negócios. 

Mas a educação continuava sendo prioridade: depois de se formar em Administração, fez Ciência Contábeis e uma pós graduação em Gestão Empresarial, para emendar um mestrado. As especializações agregavam conhecimento aos seus planos de fazer alterações na empresa familiar. 

Robson atuando como coordenador de faculdade, para ele é essencial consciliar os estudos com a pratica do estágio. Robson é o case do Inspira CIEE-RS 06

A paixão pelo ensino

A decisiva mudança para o ramo educacional ocorreu em 2001, na antiga Faculdade Planalto (Faplan), também em Passo Fundo, na qual ele atuava como consultor e foi convidado para substituir um professor. Lá dentro, a experiência como docente se tornou uma paixão, e ministrou aulas por oito anos. A seguir, passou ao posto de coordenador da faculdade e, quando a Anhanguera assumiu a operação da Faplan, mais um salto na carreira, agora como diretor da unidade, posto que ocupa há mais de 10 anos. 

Ele exalta a importante contribuição que o CIEE-RS teve na sua história de vida, uma instituição em que educação e trabalho também estão interligados. E que o estágio ajudou a ele olhar o meio acadêmico como uma trilha para a vida. “O ambiente em que fiz o primeiro estágio, lá com crédito educativo, me levou até aqui”, relembra. 

Robson ainda salienta que costuma incentivar os jovens estagiários e aprendizes que encontra nas empresas da cidade. “Às vezes, eles precisam desse simples ‘empurrão’”, defende. O estágio é uma maneira de aproximar o jovem e promover o crescimento dentro do mercado, fortalecendo relações e transformando vidas. E o estágio é o primeiro incentivo para o jovem ter uma vida de realização profissional, afirma.

A lição de Robson

Hoje com 56 anos, Robson Formigheri dá um conselho primordial a ser seguido pelos jovens: “Não tem como dissociar a educação e a trajetória profissional. Não tem outro caminho. Isso é proporcionar a melhor versão de si”, ensina. 

Ele é um exemplo de que a educação e o trabalho são aspectos fundamentais para trilhar uma carreira profissional de sucesso. Ele mostra que com dedicação é possível se reinventar, se adaptar e se apaixonar pelo que se faz. 

Posts relacionados
Jovem aprendiz estudando em casa, que é um dos benefícios do ensino remoto. As oficinas digitais do CIEE-RS trazem capacitação e desenvolvimento.

O ensino a distância é uma modalidade de educação que permite que os alunos aprendam de forma flexível, autônoma e personalizada. Essa forma de aprendizagem pode trazer diversos benefícios para os jovens aprendizes, como maior motivação, autonomia, produtividade e satisfação. Além disso, o ensino a distância pode reduzir os custos e aumentar a eficiência da sua empresa, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento de competências necessárias para a atuação no mercado de trabalho. Neste artigo, vamos mostrar como o ensino a distância pode ser uma excelente opção para os jovens aprendizes e como as oficinas digitais, desenvolvidas pelo CIEE-RS tem auxiliado jovens a se capacitar e desenvolver essas habilidades essenciais.


Introdução

Uma das iniciativas do CIEE-RS que busca a capacitação dos jovens aprendizes são as oficinas digitais, cursos online disponíveis para amplo acesso. Esses cursos têm como objetivo desenvolver competências relevantes para a economia 4.0, como tecnologia e gestão, preparando os jovens para as profissões do futuro. As oficinas digitais são divulgadas mensalmente e abordam temas variados, como saúde, cidadania, empreendedorismo, informática, comunicação, entre outros. As oficinas digitais são uma excelente forma de complementar a formação dos jovens.

A educação online e a capacitação de jovens aprendizes têm se mostrado uma alternativa viável e eficaz para a formação de profissionais qualificados, especialmente em um momento em que o mercado de trabalho está em constante evolução. Com a oferta de cursos gratuitos e a possibilidade de aprendizado autônomo, os jovens têm mais oportunidades de desenvolver habilidades e competências relevantes para o mercado de trabalho, contribuindo para sua inserção profissional e para o desenvolvimento social.

Entendendo o ensino online (EAD)

O ensino online, também chamado de EAD, é uma modalidade de ensino que utiliza tecnologia para oferecer cursos, treinamentos e capacitações de forma remota. Esse tipo de ensino tem se tornado cada vez mais popular, principalmente por conta pandemia de Covid-19 que impossibilitou aglomerações. Entre 2011 e 2021, o número de estudantes do ensino online cresceu 474%, essa realidade forçou uma revolução nos moldes de escolas e universidades.

O principal fator positivo do EAD é a flexibilidade que oferece para os alunos. O ensino online traz consigo a possibilidade de estudar em qualquer lugar e a qualquer momento, desde que o aluno tenha acesso à internet. Dessa maneira, o aluno pode organizar seus estudos de acordo com sua rotina e disponibilidade, aspecto que foi muito positivo para as pessoas que trabalham e não tem tempo para frequentar um curso presencial.

Dentro do EAD, existem diferentes formatos e metodologias que podem ser utilizados para criar cursos online. O microlearning é um formato que vem sendo cada vez mais adotado. A prática consiste em oferecer conteúdos educacionais em pequenas doses, de forma objetiva e focada em um único assunto. O microlearning é ideal para quem tem pouco tempo disponível, precisa aprender algo rapidamente ou quer revisar algum conceito. Ele também facilita a retenção e a aplicação do conhecimento, pois evita a sobrecarga cognitiva e estimula a repetição espaçada.

Outro formato é o e-learning, que é o ensino online mais conhecido. Que utiliza plataformas digitais para disponibilizar os conteúdos e as atividades aos alunos. O e-learning pode ser síncrono ou assíncrono, dependendo da interação entre os participantes. No ensino síncrono, os alunos e os professores se comunicam em tempo real, por meio de chats, videoconferências, webinars, etc. No ensino assíncrono, os alunos e os professores se comunicam em momentos diferentes, por meio de e-mails, fóruns, mensagens, etc.

Outro formato é o b-learning, que é o ensino híbrido que mescla momentos presenciais e online. O b-learning permite aproveitar as vantagens de cada modalidade, como a interação face a face, a flexibilidade de horários, a diversidade de recursos, a personalização do ensino, etc.

Os benefícios do aprendizado online

O ensino online, seja ele microlearning, e-learning ou b-learning, traz uma série de benefícios para os aprendizes e para as empresas que os contratam, como:

  • Comodidade: o ensino online permite que os aprendizes escolham quando e onde estudar, de acordo com a disponibilidade e preferência. Eles não tem a obrigatoriedade de deslocamentos e cumprimento de horários constante. Eles podem acessar os conteúdos pelo dispositivo que quiserem, seja no trabalho, em casa ou em qualquer outro lugar.
  • Economia: o ensino online reduz os custos com transporte, alimentação, material didático, infraestrutura, etc. Os cursos online costumam ter mensalidades mais acessíveis do que os cursos presenciais, e muitas vezes são gratuitos ou subsidiados por empresas, entidades ou instituições de ensino. Além disso, o ensino online gera economia de tempo, pois evita os deslocamentos e otimiza o aproveitamento dos conteúdos.
  • Qualidade: o ensino online oferece conteúdos atualizados, relevantes e alinhados às demandas do mercado de trabalho. Os cursos online são elaborados por profissionais qualificados e experientes, que utilizam recursos tecnológicos e pedagógicos para facilitar o ensino e a aprendizagem. Os cursos online também são avaliados e certificados por órgãos competentes, garantindo a sua credibilidade e reconhecimento.
  • Flexibilidade: o ensino online permite que os aprendizes adaptem o seu ritmo de estudo de acordo com as suas necessidades e objetivos. Eles podem avançar mais rápido ou mais devagar, revisar os conteúdos quantas vezes quiserem, pular ou aprofundar os temas que já dominam ou que têm mais dificuldade, etc. Eles também podem escolher os formatos e as ferramentas que mais se adequam ao seu estilo de aprendizagem, seja visual, auditivo ou cinestésico.
  • Interatividade: o ensino online possibilita que os aprendizes interajam com os professores, os tutores e os colegas, por meio de diferentes canais de comunicação. Eles podem tirar dúvidas, trocar experiências, compartilhar informações, fazer trabalhos em grupo, participar de debates, etc. Eles também podem interagir com os conteúdos, por meio de vídeos, áudios, animações, simulações, jogos, etc. Essas interações tornam o ensino online mais dinâmico, motivador e eficaz.

Os benefícios que o EAD traz são diversos, mas é sempre importante que exista um acompanhamento e um aconselhamento dos supervisores de aprendizagem, para garantir que o jovem está conseguindo acompanhar as atividades além de estar aproveitando e adquirindo o conteúdo da melhor maneira possível. 

Jovens aprendizes são mais adeptos do ensino a distância e você deve utilizar esse recurso para fortalecer a capacitação e o desenvolvimento.

As oficinas digitais do CIEE-RS

No CIEE-RS temos como foco a integração de jovens ao mercado de trabalho, por meio dos nossos programas de estágio e de aprendizagem. Com essa prioridade, criamos as oficinas digitais, que tem o objetivo de capacitar jovens aprendizes, para que eles possam desenvolver habilidades e competências que utilizarão no mercado de trabalho. Nas oficinas são oferecidos conteúdos relevantes, atualizados e alinhados às demandas do mercado de trabalho, como:

  • Comunicação e expressão;
  • Empreendedorismo e inovação;
  • Ética e cidadania;
  • Finanças pessoais;
  • Gestão do tempo;
  • Informática básica;
  • Liderança e trabalho em equipe;
  • Marketing pessoal;
  • Saúde e bem-estar;
  • Segurança no trabalho;

As oficinas digitais são gratuitas e abertas e direcionadas aos jovens aprendizes do CIEE-RS, mas todos podem se cadastrar e conferir elas no portal CIEE-RS. As oficinas digitais contam com materiais de apoio, como apostilas, slides, vídeos e atividades, que ficam disponíveis para consulta posterior. Elas podem ser acessadas pelo computador, tablet ou celular, de qualquer lugar e a qualquer hora, desde que haja conexão com a internet. Após a conclusão de uma oficina, o jovem é certificado pelo CIEE-RS.

Os aprendizes podem, através dos conhecimentos adquiridos nas oficinas, complementar as experiências desenvolvidas na aprendizagem, aprimorando seu crescimento. As oficinas também têm o intuito de estimular o protagonismo, a autonomia e a criatividade dos aprendizes, bem como de ampliar o seu repertório. Além de contribuir para o enriquecimento de currículo para jovens em início de carreira. Neste momento em que o aprendiz não possui experiências nem muitas habilidades, os conteúdos das oficinas digitais podem ser um fator diferencial para se destacar e conseguir uma oportunidade. 

Conclusão

A capacitação teórica é uma parte fundamental da formação de jovens aprendizes. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha e publicada pelo Correio Braziliense, um quarto dos estudantes que atuam como jovem aprendizes são efetivados pelas empresas que os contrataram através do programa. Além disso, a maioria (76%) continua trabalhando ou estudando após a finalização do período na empresa.

Com o ensino online, a capacitação teórica pode ser ainda mais acessível e eficiente. A modalidade permite que um número indefinido de alunos acompanhe uma mesma aula por meio da internet, sem a necessidade de deslocamento ou de um espaço físico específico para a aula.

O Ministério do Trabalho e Emprego estabelece que o contrato de trabalho de um jovem aprendiz deve englobar o mínimo de horas que assegurem a certificação do curso de aprendizagem correspondente a uma ocupação prevista na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, independente de tratar-se de uma saída.

Ao buscar um curso online, os participantes buscam alternativas de comprovar, através de um certificado de conclusão de curso, a aquisição de um determinado conhecimento para recrutadores de empregos em entrevistas e análises de currículo, e até mesmo concursos públicos. Além de, é claro, aprender!

Assim, a combinação de ensino online e capacitação teórica pode ser uma excelente maneira de formar jovens aprendizes e prepará-los para o mercado de trabalho.


Posts relacionados
Thaís começou a ascensão de sua carreira como aprendiz pelo CIEE-RS, hoje ela atua como analista de RH em uma grande multinacional. Inspira CIEE-RS episódio 03

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

A ascensão da carreira de Thaís Rattai Rocha está diretamente ligada a elevadores. Trabalhando na TKE, empresa que fabrica esses equipamentos, e onde, em pouco tempo atuando, ela passou de aprendiz a analista de RH, mostrou que Thaís projeta uma subida de carreira em passos firmes. Thaís é a terceira personagem da série Inspira CIEE-RS, que traz mensalmente histórias inspiradoras de pessoas ligadas à instituição.


Ouça o texto na íntegra:

Crescendo como aprendiz

A guinada de Thaís não foi por acaso. O primeiro ponto crucial da história dela começou quando estava atuando como estagiária em outras empresas e e finalizando o curso técnico em Administração. Nessas outras experiências, atuou como recepcionista em um escritório de contabilidade, como atendimento e secretária. Ela relatou que era bem remunerada pelas funções, mas uma reflexão mexeu com ela: as horas não passavam e se sentia desmotivada, sem aprender e desenvolver nenhuma habilidade nova.

Essa percepção mexeu com Thaís, que a motivou a procurar outra oportunidade que a realizasse, e começou a distribuindo currículos pela cidade e entrou no programa de aprendizagem do CIEE-RS. Então surgiu uma oportunidade de ingressar na TKE, a oportunidade era ideal mas em termos de remuneração seria um passo para trás. “Se você está trabalhando, por que quer vir para cá?”, perguntaram os entrevistadores. Ela contou que sua prioridade no momento era se desenvolver, com mais espaço para crescimento pessoal e, com isso, se tornou aprendiz na TKE, em Guaíba.

A empresa é muito prestigiada na região, com 800 colaboradores, ela é uma referência muito positiva para vários moradores, inclusive o próprio pai de Thaís, que trabalha há mais de 30 anos como montador na produção da TKE. Ela relata que o pai sempre foi uma grande inspiração pessoal e profissional para ela, sempre incentivando que a filha procurasse oportunidades de crescimento.

No episório Inspira CIEE-RS episódio 03 você confere a história de Thais, analista de RH na TKE, ela começou sua carreira como aprendiz pelo CIEE-RS.
Thais, na sede da TKE, em Guaíba – RS.

A subida na carreira continua

O segredo para alavancar a carreira é aproveitar oportunidades, se agarrar quando elas aparecerem e se dedicar o máximo que conseguir, Thaís leva isso como um mantra. Após a conclusão dos dois anos de aprendizagem, foi convidada para continuar na empresa onde trabalhava, mas agora como estagiária. Mas junto com isso, precisaria estar estudando em alguma instituição de ensino, estava em dúvidas sobre o que queria para seu futuro profissional e, como já estudava administração, optou pela graduação na mesma área.

Após 06 meses na graduação, outro ponto decisivo, mudou o curso para gestão de RH pois as atividades que estava realizando no estágio eram próximas da área e junto disso, Thaís havia decidido que atuar com a gestão de pessoas seria o foco de construção da sua carreira. Ela ainda diz que a atuação na TKE foi essencial para ajudar ela no processo de tomada de decisão.

Quando a pandemia de Covid-19 chegou, a TKE, como todas as empresas, precisou fazer muitas adaptações nas suas atividades, o trabalho de Thaís mudou com isso também, agora já como estagiária, ela disse que se adequou para ficar de 3 a 4 meses em lockdown completo, realizando entregas remotas. Após isso organizaram escalas híbridas de trabalho e nesse cenário que Thais trabalhou 2 anos como estagiária e após foi efetivada como auxiliar de RH.

Os próximos andares de desenvolvimento

Agora, aos 24 anos, cursando sua segunda graduação, em psicologia, foi promovida a analista. Ela diz que o plano por hora é se experimentar e conhecer mais como RH, especializando em outras funções e atividades da área, amadurecendo o cargo recente.

Para quem quer subir na carreira, Thaís aconselha a ter dedicação, determinação e foco, independentemente do cargo. “Faça-se ser notado para que as pessoas identifiquem teu potencial. Seja pontual, transparente, honesto e continue estudando, peça ajuda e esteja aberto a aprender.” Assim, garante que o próximo andar estará sempre à vista.

Posts relacionados
Oferecendo benefícios, sua empresa mostra que valoriza os estagiários e aprendizes, focando na retenção e talentos e desenvolvimento de carreiras.

Uma dúvida muito presente nas empresas quando contratam aprendizes e estagiários é sobre benefícios, mais especificamente sobre o 13º salário. O benefício previsto pela CLT é uma grande ajuda para os colaboradores organizarem as compras de final de ano, planejar o orçamento ou como um reforço de verba.

Mas as leis que regulam o estágio e a aprendizagem preveem coisas diferentes sobre esse benefício, confira aqui o que a legislação diz sobre esses modelos de trabalho:


A primeira coisa que você precisa saber é que estagiários e aprendizes tem categorias diferentes de contratação, e por isso eles têm direitos e deveres diferentes. O estagiário realiza uma atividade de aprendizagem prática, supervisionada e relacionada à sua formação educacional, ele precisa estar matriculado no ensino médio, técnico ou superior.

Já o aprendiz precisa 14 e 24 anos e estar participando de um programa de aprendizagem, que combina formação teórica e prática para promover a educação profissionalizante do jovem, o aprendiz precisa estar cursando o ensino fundamental, cursando ou ter concluído o ensino médio.

13º salário para o estágio

A lei que regula o estágio é a nº 11.788/08, e ela não prevê o pagamento do 13º salário para os estagiários, mesmo que eles recebam uma bolsa-auxílio. Isso porque o ato de estagiar não é considerado um vínculo empregatício, e sim uma relação de cunho educativo. Portanto, os estagiários não têm direito aos mesmos benefícios dos empregados regidos pela CLT, como: FGTS e 13º.

No entanto, isso não significa que você não possa pagar uma decima terceira bolsa auxílio para os seus estagiários, se quiser. A lei permite que as empresas concedam esse benefício de forma facultativa, ou seja, por livre e espontânea vontade. O pagamento do 13º facultativo para estagiários é uma excelente forma de reconhecer o trabalho dos estagiários e incentivá-los a continuar se desenvolvendo. 

13º salário para a aprendizagem

Já a lei que regula a aprendizagem é a nº 10.097/00, e ela determina que os aprendizes têm direito ao 13º salário, assim como os demais empregados regidos pela CLT. Isso porque o aprendiz é considerado um empregado especial, que tem um contrato de trabalho por tempo determinado, com anotação na carteira de trabalho, salário mínimo/hora e direitos trabalhistas e previdenciários garantidos. Logo, o aprendiz recebe décimo terceiro salário de maneira obrigatória, e deve ser feito proporcionalmente ao tempo de serviço.

Por que é importante dar benefícios para estagiários e aprendizes?

Agora que você já sabe o que a lei diz sobre o 13º salário para estagiários e aprendizes, você pode estar se perguntando: por que eu deveria dar benefícios para esses colaboradores, se eu não sou obrigado? A resposta é simples: porque dar benefícios pode ser vantajoso para o seu negócio! 

Os benefícios são uma forma de valorizar os estagiários e aprendizes, que são profissionais em formação que contribuem para o desenvolvimento da sua empresa. Ao oferecer benefícios, você demonstra que se preocupa com o bem-estar, a motivação e a satisfação desses trabalhadores, e que reconhece o seu potencial.

Uma pesquisa mostrou que 89% das empresas reconhecem que os bons resultados estão diretamente ligados à motivação e felicidade dos colaboradores. Dar benefícios e promover o reconhecimento de colaboradores é um investimento de alto retorno!

Além disso, os benefícios podem ajudar a atrair e reter talentos, que são cada vez mais escassos no mercado de trabalho. Os estagiários e aprendizes de hoje tem potencial para serem colaboradores engajados e líderes excepcionais para sua empresa. Por isso, investir na sua formação e na sua fidelização pode ser uma estratégia inteligente para o sucesso do seu negócio.

Conclusão

Neste artigo, esclarecemos uma dúvida muito comum entre os empresários: estagiários e aprendizes têm direito a receber o 13º salário? A resposta é: depende. Os estagiários não têm esse direito por lei, mas as empresas podem pagar o benefício de forma facultativa. Já os aprendizes têm esse direito por lei, e as empresas devem pagar o benefício de forma obrigatória.

Também mostramos por que é importante oferecer benefícios para estagiários e aprendizes, que são profissionais em formação, mas que também agregam valor à sua empresa. Os benefícios são uma forma de valorizar, motivar e satisfazer esses trabalhadores, além de atrair e reter talentos para o seu negócio.

Esperamos que este texto tenha sido útil para você. Se você gostou, compartilhe e deixe o seu comentário. E fique ligado para tirar todas as suas dúvidas com mais conteúdos sobre estágio, aprendizagem, liderança e gestão de recursos humanos, aqui, no Blog CIEE-RS.


Posts relacionados
Vamos tirar todas as suas dúvidas sobre a aprendizagem e mostrar como ela pode ser uma aliada para alavancar seu negócio.

Se você chegou aqui pensando ou precisando em contratar um jovem aprendiz para a sua empresa, mas não sabe nada sobre a Lei de aprendizagem, cota de aprendizes ou até mesmo como contratar aprendizes? Então temos ótimas notícias pra você!  

Nesse artigo, nós do CIEE-RS vamos tirar todas as suas dúvidas sobre a aprendizagem e mostrar como ela pode ser uma aliada para alavancar seu negócio. O programa de aprendizagem pode ser uma ótima maneira de contribuir para o desenvolvimento da sociedade enquanto promove o crescimento interno e inovação da sua empresa, criando novos colaboradores treinados e prontos para ingressarem no mercado de trabalho. Confira: 


Ouça o texto na íntegra:

O que é o programa de aprendizagem?

O programa jovem aprendiz, criado pelo governo federal, traz uma modalidade de trabalho especial, com algumas diferenças do modelo CLT. Prevista na Lei 10.097/2000, também conhecida como Lei do Aprendiz, o objetivo dessa lei é garantir, em parceria com empresas de médio e grande porte, uma formação técnico-profissional aos jovens de 14 a 24 anos, que estejam cursando o ensino fundamental, cursando ou concluído o ensino médio. 

O programa de aprendizagem é composto por uma parte teórica, ministrada por uma entidade formadora qualificada, como o CIEE-RS, e uma parte prática, realizada na empresa contratante. 

Importante: o contrato tem duração máxima de dois anos e garante ao jovem todos os direitos trabalhistas e previdenciários, como salário mínimo/hora, férias, 13º salário, FGTS e INSS. 

Quais são os benefícios de contratar um jovem aprendiz?

Ter um aprendiz na sua empresa é uma ótima oportunidade de gerar benefícios sociais, econômicos e de desenvolvimento interno. Com um aprendiz na sua equipe, você pode melhorar os seguintes aspectos: 

  • Responsabilidade social: você ajuda a combater o trabalho infantil e a evasão escolar, além de oferecer oportunidade e qualificação para jovens em situação de vulnerabilidade social. Você também cumpre uma função social importante, a de formar novos profissionais para o mercado de trabalho. 
  • Reconhecimento no mercado: demonstra também que a sua empresa se preocupa com o desenvolvimento humano e com a sustentabilidade do país. Isso melhora a como os clientes, os fornecedores, os parceiros e a sociedade em geral veem o seu negócio. 
  • Incentivos fiscais e tributários: ao contratar um aprendiz, você tem algumas vantagens fiscais e tributárias, como a redução da alíquota do FGTS de 8% para 2%.  
  • Formação de talentos: ao contratar um aprendiz, você tem a oportunidade de desenvolver um novo profissional para o mercado de trabalho, ensinando tudo que conhece sobre práticas, habilidades, bons hábitos e muito mais. Você também pode identificar talentos potenciais nos seus aprendizes e aprimorar ainda mais outras habilidades. Isso pode reduzir os custos com recrutamento e seleção e aumentar a retenção de colaboradores. 
  • Inovação e diversidade: ao contratar um aprendiz, você traz para a sua empresa novas ideias, perspectivas e experiências. Você também promove a diversidade geracional, cultural e social no seu ambiente de trabalho. Isso estimula a criatividade e a produtividade da sua equipe. 
Aprendizes e líderes interagindo em cenário empresarial. Saiba como contratar jovens através do programa de aprendizagem CIEE-RS.

Como contratar um aprendiz?

A contratação de um aprendiz para sua equipe tem muitos pontos positivos, como trouxemos ali em cima, mas para contratar um aprendiz, você precisa seguir alguns passos importantes. Se a sua empresa tem pelo menos 7 empregados contratados em funções que demandam formação profissional, você já tem uma cota de aprendizes para incluir na sua equipe! 

  • Entender o perfil que você busca: você deve escolher qual é a área de atuação e quais são as atividades que o aprendiz vai desempenhar na sua empresa. Você também deve verificar se há vagas disponíveis para cumprir a cota mínima de aprendizes, que varia de 5% a 15% do número total de empregados da empresa. 
  • Fazer parceria com uma entidade formadora: você deve procurar uma instituição que ofereça cursos de aprendizagem compatíveis com o perfil do aprendiz que você deseja contratar. O programa de aprendizagem do CIEE-RS oferece cursos em diversas áreas de atuação. 
  • Recrutar e selecionar: A abertura de vagas de aprendizagem na Conjuntos garante que o aprendiz atende aos requisitos legais para a prática, como ter idade entre 14 e 24 anos, estar matriculado no ensino fundamental, cursando ou concluído o ensino médio e ter disponibilidade para cumprir a carga horária do curso e do trabalho. Contando com a expertise de mais de 50 anos atuando na seleção de estagiários e aprendizes que o CIEE-RS possui.

Contratar jovens aprendizes é sucesso para sua empresa

Com a experiência de mais de 15 anos atuando como Entidade Formadora, nós do CIEE-RS vivenciamos ativamente a transformação que as organizações experimentam ao utilizar o Programa de Aprendizagem como uma estratégia de seleção e desenvolvimento de novos talentos. E com a modernização dos processos, a plataforma Conjuntos traz uma solução ágil, simples e completa para abertura de vagas, recrutamento e seleção. Saiba mais sobre os benefícios que a Conjuntos pode trazer na seleção de estagiários e aprendizes.

Estamos envolvidos desde a conexão entre os jovens e as organizações, passando pela formação e acompanhamento feito por nossa equipe técnica, colhemos todos os frutos desse processo: o desabrochar de um novo profissional, repleto de ideias novas, qualificado e, intimamente engajado com os objetivos estratégicos e a cultura corporativa da empresa que o acolheu. Por isso, enxergamos o alcance do Programa de Aprendizagem, impactando não só os jovens e organizações diretamente envolvidas no processo, mas a sociedade como um todo. 

Se você estava procurando uma nova maneira de trazer mais desenvolvimento para sua organização, aderir ao programa jovem aprendiz é uma excelente escolha, vimos nesse texto que ter aprendizes na sua equipe impulsiona a inovação, a diversidade e renova o ambiente de trabalho. Acesse a Conjuntos, realize seu cadastro, abra sua vaga em menos de 10 minutos e conte com mais de 50 anos de experiência que o CIEE-RS possui na seleção de estagiários e aprendizes!

Posts relacionados