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Saúde mental no trabalho: descubra como promover o bem-estar dos colaboradores e aumentar a produtividade da sua empresa. Saiba como líderes e RH podem criar um ambiente de trabalho mais saudável e feliz.

A saúde mental no ambiente de trabalho já foi considerado um assunto tabu, mas hoje se tornou uma questão central nas discussões sobre bem-estar e produtividade. A pressão por resultados, competitividade acirrada e as mudanças constantes no mercado de trabalho têm deixado marcas significativas na saúde mental dos colaboradores, transtornos relacionados a saúde mental são a terceira maior causa de afastamentos do trabalho no Brasil, segundo a Justiça do Trabalho.

Com esse panorama, o papel de lideranças, gestores e departamentos de RH é de criar e promover espaços de cuidado para seus colaboradores, incentivando culturas que fomentem a troca e o acolhimento. Garantindo que o ambiente de trabalho também seja um ambiente seguro e confortável para todos.

Este texto vai mostrar como você, líder, pode entender melhor a importância da saúde mental no ambiente corporativo e a aprender técnicas para acolher os colaboradores da sua equipe. Vamos abordar o que é saúde mental no ambiente corporativo, os problemas que os colaboradores podem estar enfrentando, as barreiras para abordar a saúde mental nas empresas e como criar ambientes de acolhimento. Confira:


Saúde Mental no Trabalho

A saúde mental é uma série de aspectos psíquicos que, quando estão em harmonia, promovem o estado de bem-estar, no qual uma pessoa consegue realizar suas atividades, lidar com adversidades, manejar as diferentes esferas da vida e contribuir com o seu entorno.

No ambiente de trabalho, a saúde mental aparece de diversas maneiras, como a capacidade de lidar com desafios, frustrações, as habilidades interpessoais, estabelecendo relacionamentos saudáveis com colegas e superiores.

Quando uma pessoa está passando por um momento de dificuldade, pressão ou insegurança, esses aspectos tendem a trazer transtornos que, prejudicam a vida dela. O ambiente de trabalho também pode ser um local que alimenta essas dificuldades, nesse caso é importante que a gestão e o RH estejam atentos para auxiliar seus colaboradores:

Fatores de risco:

  • Carga de trabalho excessiva: Horas extras, prazos apertados e multitarefas.
  • Falta de autonomia: Sentimento de não ter controle sobre o próprio trabalho.
  • Conflitos interpessoais: Relacionamentos tóxicos com colegas e superiores.
  • Assédio moral: Comportamentos abusivos que visam humilhar ou intimidar.
  • Insegurança no emprego: Medo de perder o emprego ou de não conseguir se adaptar às mudanças.

Transtornos mentais comuns no ambiente de trabalho:

  • Ansiedade: Caracterizada por preocupação excessiva, tensão muscular, dificuldade de concentração e alterações no sono.
  • Depressão: Sentimentos persistentes de tristeza, perda de interesse em atividades, fadiga e alterações no apetite.
  • Burnout: Síndrome caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e redução da realização profissional. O burnout afeta cerca de 30% da população de trabalhadores no Brasil, de acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho.
  • Transtorno bipolar: Oscilações extremas de humor, passando por períodos de euforia e depressão.

Consequências dos transtornos mentais:

Quando o planejamento estratégico do RH não considera o bem-estar mental dos seus colaboradores, é provável que as pessoas da empresa desenvolvam transtornos e tenham problemas. No Brasil, cerca de 70% dos trabalhadores relatam se sentirem estressados no trabalho, devido a pressão, competitividade ou outras situações desgastantes no trabalho.

Colaboradores afetados por transtornos mentais tendem a faltar mais, tem diminuição na produtividade e tem dificuldade nas relações interpessoais, prejudicando o clima organizacional e afetando a empresa. O clima negativo no trabalho também pode ser um fator para aumento de turnover e perda de talentos.

A Cultura Organizacional e a Saúde Mental

Investir em uma cultura organizacional que preze pelo cuidado e acolhimento dos seus colaboradores ajuda a criar um ambiente saudável e positivo. A cultura influencia profundamente a saúde mental dos colaboradores, então é importante que o RH considere alguns pilares-chave para melhorar a saúde mental dos colaboradores:

Pilares de uma cultura organizacional saudável:

  • Respeito: Valorização da diversidade, equidade e inclusão.
  • Confiança: Estabelecimento de relações baseadas na confiança mútua.
  • Reconhecimento: Valorização das contribuições individuais e coletivas.
  • Trabalho em equipe: Colaboração e apoio mútuo.
  • Feedback construtivo: Comunicação aberta e honesta sobre o desempenho.
  • Desenvolvimento profissional: Oportunidades de crescimento e aprendizado contínuo.

O Papel da Liderança

Líderes têm um papel muito importante na promoção da saúde mental no trabalho. A liderança é responsável pela criação e manutenção de um ambiente de trabalho positivo, onde os colaboradores se sintam valorizados e respeitados, além de ter uma escuta ativa e olhar atento para identificar problemas com sua equipe. Líderes empáticos, autênticos e inspiradores podem fazer a diferença na vida de seus colaboradores.

Como um líder pode identificar sinais de problemas de saúde mental:

  • Fique atento a mudanças de comportamento, isolamento social, irritabilidade, apatia ou dificuldade de concentração podem ser um sinal de que algum problema pode estar acontecendo.
  • As alterações desempenho dos seus colaboradores também são sinais a se notar, observe se alguém da sua equipe teve redução na produtividade, aumento de erros ou dificuldade em cumprir prazos.
  • Doenças mentais normalmente acompanham problemas físicos como insônia, dores de cabeça ou problemas gastrointestinais.

Autocuidado:

Para ter a habilidade de acolher e cuidar dos outros, é importante primeiro estar bem consigo mesmo, se você pretende ocupar esse local de ser a pessoa acolhedora, buque apoio e cuide da sua própria saúde mental. Procure acompanhamento terapêutico, pratique meditação, faça exercícios físicos regularmente e preze por uma alimentação saudável, essas ações são essenciais para manter o equilíbrio emocional e servir de exemplo para seus colaboradores.

O Papel do RH

Juntamente das lideranças, o setor de RH é responsável pelo apoio aos colaboradores, criando ações de cuidado, escuta e conscientização. Ao implementar políticas e programas específicos, o RH pode criar um ambiente de trabalho mais saudável e humanizado.

Como o RH pode promover a saúde mental no ambiente de trabalho:

  • Entenda o panorama da sua empresa:
    • Realizar pesquisas e entrevistas para identificar os principais desafios e necessidades dos colaboradores em relação à saúde mental.
    • Analisar os dados de absenteísmo, turnover e indicadores de clima organizacional para identificar padrões e tendências.
  • Crie políticas e programas de conscientização:
    • Política de saúde mental: Elaborar uma política clara e abrangente que defina os princípios e diretrizes da empresa em relação à saúde mental.
    • Programas de bem-estar: Oferecer programas como yoga, meditação, mindfulness, palestras sobre saúde mental e atividades físicas.
    • Flexibilidade: Implementar políticas de trabalho flexível, como horários flexíveis, trabalho remoto e banco de horas.
    • Reconhecimento: Criar programas de reconhecimento que valorizem as contribuições individuais e coletivas.
    • Criação de uma rede de apoio: Oferecer grupos de apoio, mentoria e programas de apoio emocional.
    • Prevenção e intervenção em crises: Implementar políticas de saúde mental, programas de assistência e linhas de apoio.
  • Estabeleça uma comunicação clara e assertiva:
    • Campanhas de conscientização: Realizar campanhas de conscientização sobre a importância da saúde mental e os recursos disponíveis na empresa.
    • Treinamento de gestores: Oferecer treinamentos para gestores sobre como identificar sinais de problemas de saúde mental em seus colaboradores e como oferecer apoio.
    • Comunicação interna: Utilizar diversos canais de comunicação para informar os colaboradores sobre as iniciativas da empresa em relação à saúde mental.
  • Procure parcerias com profissionais da saúde:
    • Contratar profissionais: Contratar psicólogos e outros profissionais da saúde para oferecer atendimento aos colaboradores.
    • Estabelecer parcerias: Estabelecer parcerias com clínicas e hospitais para oferecer serviços de saúde mental aos colaboradores.
  • Avalie e acompanhe as ações:
    • Avaliar a eficácia das ações: Realizar avaliações periódicas para medir o impacto das iniciativas implementadas.
    • Ajustar as estratégias: Ajustar as estratégias de acordo com os resultados obtidos.

Ao investir em saúde mental, as empresas não apenas melhoram a qualidade de vida de seus colaboradores, mas também aumentam a produtividade, reduzem o absenteísmo e o turnover, e fortalecem a sua marca empregadora.

Saúde Mental é Investimento

A saúde mental no ambiente de trabalho é um tema complexo e multifacetado, mas muito recompensador, além.

Ao investir em programas de promoção da saúde mental, as empresas podem criar um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e engajador. Líderes, colaboradores e empresas como um todo saem ganhando com essa mudança de cultura.

É fundamental que as empresas entendam que a saúde mental não é um custo, mas sim um investimento. Ao cuidar da saúde mental de seus colaboradores, as empresas estão investindo em seu maior ativo: as pessoas.

Buscando auxiliar líderes a entender e acolher seus colaboradores, lançamos um talk sobre saúde mental no ambiente corporativo, nele os mediadores Leonardo Salati e Michele Lohmann tiram as principais dúvidas sobre como as lideranças podem apoiar seus colaboradores em momentos de crise. O talk está disponível no banner abaixo. Confira!

No talk sobre saúde mental, vamos responder os principais questionamentos de líderes ​para manter a motivação dos colaboradores em momentos de crise.
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Para o gerente de supermercado Toninho todos merecem uma chance de começar. Como ele formou mais de 200 jovens, você confere no Inspira CIEE-RS episódio 10.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

A preferência por profissionais com experiência e buscar referências é uma prática comum nas empresas na hora de selecionar colaboradores. Recrutadores não costumam apostar em quem não tem uma boa indicação. Mas para o gerente e supervisor de um supermercado de Santiago, isso é irrelevante. Antônio Gilberto Gigoski de Lima, o Toninho, como é conhecido na cidade, acredita que “todos merecem uma chance de começar — e até de recomeçar”. A história de como Toninho foi de técnico contábil para o gerente que contratou mais de 100 jovens nos últimos anos, você confere no Inspira CIEE-RS episódio 10.


Aprendizado pelo trabalho familiar

Toninho começou sua jornada há mais de 30 anos, ajudando no bar do pai, em Santiago do Boqueirão. Na época com 12 anos, ele comenta que a experiência foi essencial pois aprendeu a ser responsável e prestativo, além de entender como o mercado de trabalho funciona e como era importante ter o foco no crescimento próprio.

Sua primeira oportunidade formal foi ainda na adolescência, como estagiário contábil em um posto de combustível, vaga conquistada através do CIEE-RS. Cursando técnico em contabilidade, Toninho viu sua carreira decolar, em apenas 2 anos já era subgerente desse mesmo posto.

Atuou como subgerente por mais 10 anos, quando surgiu uma oportunidade de mudança de carreira e passou a trabalhar em um centro de distribuição, agora na área supermercadista.

Liderança e formação de jovens

Após muita dedicação, Toninho chegou ao cargo de gerente da rede de supermercados, agora era responsável por uma grande equipe, o esforço havia gerado frutos. Foi quando ele identificou uma grande oportunidade de ajudar a formar as novas gerações de profissionais.

E nessa oportunidade surgiu a reaproximação com o CIEE-RS. Toninho diz que é muito gratificante para ele ter participado da formação de tantos jovens e que essa atitude gerou reconhecimento na cidade, “Muitas pessoas que recrutei para o primeiro emprego hoje são nossos clientes. Um é engenheiro da companhia de energia elétrica que atua aqui na cidade, tem administrador de comércio e até o gerente de um mercado concorrente (risos). Como a cidade é pequena, a gente consegue acompanhar o crescimento e a evolução desses profissionais”, explica.

Inspira CIEE-RS | Toninho contratou mais de 200 jovens ao longo de sua carreira, são estagiários e aprendizes que ele formou e ingressaram no mercado de trabalho.
Toninho auxiliando no treinamento de jovens na rede de supermercados a qual é gerente.

Mais de 200 jovens contratados

Toninho já é gerente há mais de 25 anos, nesse período afirma que já contratou mais de 200 jovens dos programas de estágio e aprendizagem, mais de 200 vidas que foram tocadas pela ação de educar, que ele revela ser uma paixão “gosto de estar próximo e acompanhando o desenvolvimento, quero que eles se formem e busquem coisas melhores, que aprendam sobre o as responsabilidades do trabalho”

Sua equipe hoje é composta por mais de 100 colaboradores, e cerca de 20% deles são jovens em formação. No supermercado, eles estão em atividades como operadores de caixa, empacotadores, atendimento ao público. Muitos deles estão começando a vida como Toinho começou sua jornada.

A expertise de quem forma

Toninho incentiva que as empresas contratem e invistam em jovens e sejam formadores de talentos, essa prática ajuda a comunidade e traz retornos muito positivos para as organizações. “todo o jovem precisa ter uma primeira experiência profissional e uma oportunidade de terminar seus estudos. É papel do empreendedor enxergar as qualidades de um estagiário, de um aprendiz, e ajudar a desenvolvê-las e incentivá-las.”.

Ele também destaca a importância da prática do feedback constante, “quando se trabalha com jovens, é preciso trabalhar as habilidades deles e dar retorno sobre o que estão indo bem ou não. E também é nossa função orientar sobre o melhor caminho e auxiliar quem está ingressando no mercado de trabalho a enfrentar as dificuldades, superar quando erra”.

Para os jovens, Toninho é uma inspiração de dedicação e comprometimento. A dica dele é seguir o que considera essencial para o desenvolvimento profissional: ‘É preciso ser dedicado, ter responsabilidade e atender bem o cliente. Vale a pena, porque o trabalho sempre vai recompensar‘, conclui.

Inspira CIEE-RS

A história de Toninho é o décimo e último capítulo dessa temporada do Inspira CIEE-RS. Como a dele, vimos diversas histórias emocionantes de pessoas que dedicam suas vidas a formar as novas gerações, que apoiam e educam. Vimos histórias de superação e de dedicação recompensada. Nós, do CIEE-RS gostaríamos de agradecer a esses personagens e a todos os outros que não estiveram aqui, mas fazem parte de nossa trajetória e com certeza são histórias inspiradoras.

Para conferir as outras histórias do Inspira, clique aqui!

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Buscamos entender quais são as principais mudanças que o estágio tem provocado no mercado de trabalho e como gestores e jovens estão se adaptando.

Estamos diretamente conectados com a história do estágio no Brasil, acompanhando os primeiros modelos, crescimento, regulamentação até a prática que temos hoje, de um estagiar para educar. Acreditamos que o período de estágio é essencial para desenvolver habilidades que somente a atividade prática pode trazer para o estudante.

Buscando entender quais foram as principais mudanças sociais, legais, de comportamento e perspectiva dos jovens em relação ao estágio, convidamos três dos nossos gestores para um bate-papo. Cristiano Felix, Gustavo Etcheverry e Marcos Pan iniciaram suas carreiras como estagiários no CIEE-RS, construindo carreiras de sucesso que refletem o esforço e dedicação de cada um deles.


O que mudou no estágio

Primeiros modelos

Os primeiros modelos de estágio no Brasil surgiram na década de 1940. A contratação era caracterizada por “um período de trabalho realizado pelo estudante em alguma indústria, sob o controle de um docente.” Apesar de ser um primeiro ensaio, a legislação de 1942 não regulamentava a atividade, não era vista como uma etapa no processo educativo e não estabelecia nenhuma relação entre a empresa e a instituição de ensino.

Lei do estágio de 1977

A grande regulamentação do estágio como atividade educacional aconteceu com a Lei do Estágio de 1977, que foi a primeira a tratar do estágio de maneira exclusiva, estabelecendo relações entre as escolas e os locais de prática dos estudantes.

Mesmo com o estágio agora estabelecido, muitas coisas eram diferentes do modelo que temos hoje. Por exemplo, a carga horária: Cristiano comentou que ele mesmo chegou a fazer estágio de 8 horas diárias no CIEE-RS, pois a legislação do período permitia.

Buscando entender quais foram as principais mudanças sociais, legais, de comportamento e perspectiva dos jovens em relação ao estágio, convidamos três dos nossos gestores para um bate-papo, eles iniciaram suas carreiras como estagiários no CIEE-RS.

Estágio atualmente

O modelo de estágio que conhecemos hoje foi implantado em 2008. Essa revisão da lei trouxe diversos benefícios, como recesso remunerado, período máximo de 2 anos para o estágio e normativas para alunos da educação especial.

A atual versão da lei reforça mais o propósito da prática. Como disse Marcos Pan: “Esses dois anos de estágio são fundamentais para que o estudante adquira experiência e se prepare para a entrada no mercado de trabalho.”

O que mudou na sociedade

Alguns aspectos sociais da relação entre empresa e estudante também mudaram muito. Os jovens estão buscando mais identificação com o propósito das organizações, além de focar no seu bem-estar e qualidade de vida. As empresas também estão buscando no estágio uma oportunidade de criar profissionais mais ajustados às suas práticas e cultura. Nossos gestores apontaram quais são as principais mudanças e quais são as tendências que o mercado está adotando.

O estagiário “concurseiro”

Com a regularização dos processos seletivos públicos para estágio, o estudante criou o hábito de participar e concorrer para várias vagas, se preparando tal qual um concurso para o funcionalismo público. Marcos Pan, gestor do programa de estágio, acredita que esse é um comportamento que veremos mais presente nos estudantes. O número de inscrições em processos seletivos nas mais de 320 prefeituras em que estamos presentes tem aumentado significativamente com o passar dos anos.

Estágio: o que nossos gestores pensam sobre o ingresso no mercado de trabalho | Divulgacao perfil do estagio 2024

O estágio como ferramenta de desenvolvimento

A visão das empresas em relação ao estágio mudou com o passar do tempo. Antigamente, a maioria das contratações de estágio buscava baratear a mão de obra da empresa. Hoje, a maioria das empresas tem uma perspectiva mais formadora. Gustavo comentou que atualmente as empresas veem o estágio como uma estratégia de desenvolvimento e retenção de talentos, o que tem trazido mais resultados para as empresas que adotam essa postura.

O foco na carreira mudou

A mudança do foco dos estudantes também foi apontada na entrevista. Segundo nossos gestores, o jovem hoje está menos focado na construção de carreiras vitalícias dentro da mesma empresa. Em contrapartida, o foco agora é aproveitar essa primeira oportunidade para adquirir conhecimentos e se desenvolver.

O home office também foi comentado pelos nossos gestores. Em alguns cursos, as vagas com benefício de atividade remota ou híbrida já estão sendo priorizadas e demandadas pelos jovens.

Tendências para se observar no futuro

Com os avanços tecnológicos, muitas novas realidades vêm surgindo. Os jovens estão percebendo essas mudanças e trazendo novas perspectivas para o ambiente do estágio. O foco no autodesenvolvimento, a priorização pela vida fora da empresa e os modelos de trabalho flexível demonstram que grandes mudanças estruturais estão acontecendo.

Cabe a você, líder, entender essas novas perspectivas e adaptar a sua empresa. Com a contratação de jovens através do programa de estágio, além de estar cumprindo seu papel social no desenvolvimento de novos profissionais, sua empresa estará formando novos talentos e desenvolvendo uma força de trabalho mais alinhada com as demandas atuais.

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Confira a trajetória de Audrey, gestora de Recursos Humanos do Villela Bank com uma trajetória cheia de desafios e focada no desenvolvimento. Inspira CIEE-RS episódio 9.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

Audrey Vitória, 33 anos, é gestora de Recursos Humanos na Villela Bank. A trajetória profissional é variada e cheia de desafios. Mas todos eles trouxeram também um jeito especial de acolher quem está dando os primeiros passos na vida profissional, priorizando uma abordagem focada no desenvolvimento pessoal e na comunicação entre os colaboradores. Confira a trajetória de Audrey no 9º episódio do Inspira CIEE-RS.


Início da carreira e autodescoberta

A porto-alegrense iniciou sua carreira como telefonista e recepcionista na Aspecir Previdência, em um estágio pelo CIEE-RS, ainda no ensino médio, Audrey não tinha grandes experiências e ainda estava buscando rumo para sua carreira. Criada em uma família de servidores públicos, sempre foi incentivada a prestar concurso, ela aponta que os pais reforçavam como a estabilidade do funcionalismo público seria bom para ela, mas ela contestava. Não era o que estava buscando para sua vida.

Esse estágio foi um divisor de águas, proporcionando treinar competências como comprometimento e pontualidade. Aproveitou a oportunidade para desenvolver duas características que hoje considera fundamentais para o seu sucesso na gestão de pessoas: comunicação e postura organizacional.

Audrey também disse que esse período a ajudou a começar a se entender como pessoa e como profissional e que trouxe muitos aprendizados que leva consigo para a vida.

Ampliando experiência, o primeiro contrato CLT

Após a entrada no mercado de trabalho, outro estágio marcou a vida da gestora de RH, dessa vez atuando no setor de marketing do SESC-RS. “A experiência me proporcionou uma compreensão abrangente dos processos empresariais, envolvendo desde a recepção e o processamento de notas fiscais até a produção de brindes. Trabalhei com diversos sistemas, atendi ao SAC e entendi como contribuir para a melhoria dos processos internos, aprimorando a eficiência e a comunicação dentro da organização”, destaca.

Em paralelo, Audrey participou das oficinas de aprendizagem do CIEE-RS, realizando cursos sobre comportamento no mercado de trabalho, motivação, entre outros. Ela destacou que as oficinas trouxeram conhecimentos que apoiaram muito no crescimento da sua carreira e que é um grande serviço que o CIEE-RS preta para os jovens e comunidade, desenvolvendo habilidades que são necessárias para o ambiente de trabalho.

Após dois anos atuando no marketing, Audrey conseguiu sua primeira vaga de emprego CLT, como contato comercial em uma agência de viagens. Era responsável pela compra de passagens, principalmente para outras empresas parceiras da agência, função que, pela exigência de responsabilidade e comprometimento, a fez ganhar confiança da sua liderança. A confiança foi recompensada com uma promoção para o setor financeiro, atuando com o contas a pagar e contas a receber.

No Inspira CIEE-RS episódio 9 você confere a trajetória de Audrey, gestora de RH. Em entrevista, ela falou sobre o desenvolvimento de jovens através do estágio.

Descobrindo a vocação e a liderança em RH

O emprego na agência ia bem, mas Audrey ainda não tinha se identificado dentro do setor financeiro, sentia que aquela ainda não era a sua vocação. Na época ela estava cursando administração e recebeu uma indicação de uma colega de faculdade sobre um estágio no setor de recursos humanos no tribunal de justiça.

O estágio era tentador principalmente pela influência de sua família de servidores públicos, que viam ali uma oportunidade da filha se estabilizar na carreira. Audrey realizou o processo seletivo e foi aprovada. Estagiando na área de RH finalmente entendeu sua vocação, terminou o período de 2 anos do estágio e migrou completamente sua carreira.

Após o período no tribunal, ela trabalhou no RH de uma empresa de tecnologia, onde esteve por mais 2 anos atuando com treinamento e desenvolvimento e depois integrou o time do Villela Bank, onde está há seis anos.

Hoje, Audrey coordena uma equipe de 26 pessoas, sua principal atividade é comandar os subsistemas do RH do Villela Bank, são eles:

  • Recrutamento e Seleção
  • Benefícios
  • Pagamentos
  • Contratos
  • Treinamento e Desenvolvimento

Ela também menciona que ainda atua muito próxima ao recrutamento e desenvolvimento de jovens e que, para contratar pessoas que estão ingressando no mercado de trabalho, ela prioriza candidatos alinhados à cultura organizacional e que tenham perfis mais proativos. Questões de conhecimentos técnicos podem ser desenvolvidas internamente e moldadas conforme as necessidades da empresa.

Audrey ainda acrescenta que é crucial selecionar talentos com entusiasmo genuíno e determinação para concretizar projetos significativos: “Jovens com brilho nos olhos são essenciais para fazer acontecer dentro da nossa equipe.”.

Trazendo conhecimento para as próximas gerações

A gestora de RH afirma que por toda a sua carreira precisou enfrentar os medos, abraçando os desafios que apareciam e focando em entender e desenvolver suas habilidades. Audrey também acredita que buscar o crescimento constante, mantendo a curiosidade e a vontade de aprender é uma das coisas mais preciosas que alguém pode fazer por sua carreira, “Lidar com o desconforto, desenvolver a comunicação e buscar crescimento são fundamentais.”, ela destaca.

Para os jovens que estão ingressando no mercado de trabalho, ela recomenda que busquem desenvolver soft skills, como comunicação, inteligência emocional, pensamento criativo e liderança.

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Fábio é o 8º episódio do Inspira CIEE-RS. Estagiário pelo CIEE-RS, hoje dedica sua vida a capacitação de jovens no programa de aprendizagem do Sicredi.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

“Onde você gostaria de estar profissionalmente hoje e por que você não está nesse lugar?”. Essa é uma das perguntas que Fábio Nicoletti, 32 anos, faz — e ajuda a responder — quando identifica um potencial novo contratado para o Sicredi-RS, onde trabalha desde 2019. A história de Fábio, e como ele descobriu sua paixão e vocação para educar é o que vamos contar no oitavo episódio do Inspira CIEE-RS.


Início da trajetória, inspiração e desenvolvimento

Experiência para guiar os aprovados não falta. Fábio começou sua carreira inspirado pela sua irmã, a quem agradece e dá muito crédito pelo seu sucesso. Ele conta que os pais deles tinham um comércio na zona norte de Porto Alegre e que seria a missão de vida dos filhos assumir e perpetuar o negócio. A irmã era inconformada com essa ideia e sempre buscou estudar e se qualificar para buscar colocação profissional.

Essa “rebeldia” acendeu uma fagulha no coração de Fábio, que viu no exemplo da irmã uma oportunidade de também buscar melhores oportunidades para si. O reforço ao incentivo veio quando a irmã indicou que ele se inscrevesse no CIEE-RS para buscar vagas de estágio. Fábio lembra de ir nas reuniões presenciais nos postos de atendimento e buscar as cartinhas de encaminhamento para realizar entrevistas.

Num dos primeiros estágios, o analista de gestão de pessoas encontrou sua vocação na orientação e capacitação de jovens. O garoto conseguiu, na época, uma vaga na Junior Achievement, sediada na Federasul. A vaga possibilitou que Fábio ministrasse cursos para alunos do ensino fundamental de escolas públicas. “Foi ali que eu comecei a me apaixonar pela inserção de jovens no mercado de trabalho”, declara.

Vocação para ensinar e a aprendizagem como caminho

Fábio conseguiu a tão sonhada efetivação. Mas buscando priorizar seu desenvolvimento profissional, ele percebeu que a área de assistente administrativo não o levaria a alcançar seus objetivos. Essa realização o fez trocar o emprego efetivo por um novo estágio na área de RH do Walmart, um passo pra trás para dar dois para frente.

Fábio atuava como estagiário de folha de pagamento e, após se dedicar, outra efetivação, agora para assistente de RH. “Fiquei um ano e oito meses de estagiário e mais cinco anos como efetivo” – ele relembra. Agora como efetivo e, unindo vocação com paixão, ele implementou o programa de aprendizagem no Walmart. Oportunidade que possibilitou a capacitação para diversos jovens.

Após o período no Walmart, Fábio integrou o time de RH das lojas Renner. Novamente contribuindo para o desenvolvimento de colaboradores e inserindo jovens no mercado de trabalho, assunto que inclusive foi tema do seu trabalho de conclusão na graduação em administração de empresas “A inserção do aprendiz no mercado de trabalho”.

Fábio tem uma paixão e vocação pelo desenvolvimento de jovens, atualmente ministra cursos sobre mercado de trabalho. Fábio é o 8º episódio do Inspira CIEE-RS.

Sicredi e reaproximação com o CIEE-RS

Fábio se estabeleceu na área de gestão de pessoas e hoje é coordenador do programa de aprendizagem do Sicredi. Ele destaca que trabalhar na empresa era um sonho para ele, novamente influenciado pela irmã, que também trabalha lá. Fábio contou que se identifica muito com o propósito e valores da instituição, e isso foi fator fundamental para ele buscar oportunidades de atuar lá.

O programa de aprendizagem, realizado em parceria com o CIEE-RS, proporcionou uma reaproximação a qual Fábio diz ser muito grato e faz questão de retribuir as oportunidades que teve. “Tudo que o CIEE-RS me convida eu vou. Eu adoro um evento, adoro uma palestra, adoro estar na frente de jovens, adoro esses momentos de carreira. Isso me move!”.

A frente do programa de aprendizagem do Sicredi, Fábio é referência na formação de jovens dentro da cooperativa. Em 2022, conduziu o processo seletivo do programa de aprendizagem, com 200 inscritos e 21 candidatos escolhidos. Em 2023, liderou um projeto de inserção de pessoas com deficiência na área de tecnologia para selecionar 10 candidatos — que hoje são funcionários da empresa.

Como a organização também é muito presente em escolas e projetos sociais, Fábio tem ministrado cursos e workshops onde compartilha dicas sobre o ingresso e início de carreira.

Dicas para jovens que estão entrando no mercado de trabalho

Com o foco em selecionar jovens, Fábio traz muita experiência na hora de dar dicas para ter sucesso na primeira experiência. Ele indica primeiro que o jovem procure sempre ter o LinkedIn atualizado. Para ele o perfil na rede social é a principal maneira de ser visto pelas empresas e deve ser levado tão a sério quanto o currículo.

Ele também reforça que o desenvolvimento e aprendizado constantes são chave para conseguir se destacar nas entrevistas “É importante procurar estar sempre em movimento, eu sempre indico cursos gratuitos que são disponibilizados em diversos lugares”.

E para os que já estão nas primeiras oportunidades, Fábio diz que para ter destaque é importante estar atento às oportunidades que surgem de desenvolver algum projeto ou crescimento dentro da própria empresa. Muitas vezes a primeira experiência que é oportunizada pode não ser a ideal, mas sempre existe espaço para crescimento.

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Douglas é o sétimo episódio do Inspira CIEE-RS. Iniciando sua trajetória como aprendiz, hoje é sucesso nas redes sociais.

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Douglas Weiss é um sucesso nas redes sociais. O estudante de Publicidade e Propaganda de 21 anos, morador de Gravataí, tem quase 16 mil seguidores no Instagram. O jovem influenciador, que já foi destaque em programas nacionais como o É de Casa, da Rede Globo, hoje ganha a vida produzindo conteúdo criativo e bem humorado para marcas e estabelecimentos. A trajetória de Douglas é o sétimo episódio do Inspira CIEE-RS.


Internato e início da aprendizagem pelo CIEE-RS

A história de Douglas começa, como a de muitos jovens, muito cedo, como diz o poeta: “quem vê close não vê corre”. Já com 13 anos, Douglas fazia serviços de office boy para um comercio local de Gravataí, cidade onde nasceu e mora até hoje. Em 2018, aos 15, por intermédio do CIEE-RS, ele conseguiu uma bolsa de estudos e entrou também como menor aprendiz no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), em Taquara.

Foi indicado para uma bolsa no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), por indicação dos professores e do diretor do colégio em que estudava, o Colégio Adventista, que gostavam dele e enxergavam o seu potencial. A instituição de ensino funciona em regime de internato, o que apresentou um grande desafio para Douglas.

A bolsa era de 50% sobre o valor da mensalidade. Para complementá-la, ingressou no programa de aprendizagem do CIEE-RS. Sua rotina era muito cansativa. Estudava de manhã e realizava a prática da aprendizagem de tarde, carga horária de 4 horas.

“Isso abriu uma porta muito preciosa para mim”, conta. “Primeiro, porque uma oportunidade de emprego é algo que a gente não esquece nunca, mas principalmente porque me deu uma estrutura muito boa para saber como eu devo me portar, me comunicar e apresentar o meu trabalho”, diz.

Seu trabalho no instituto era auxiliar na área de gestão comercial, trabalhava com marketing também. Uma das suas principais atribuições era apresentar a escola para pais interessados. Fazia um trabalho de promoção da escola. “Eu vendia a escola como se fosse Deus no céu e a escola na Terra”, brinca.

Douglas também relata que a experiência na aprendizagem foi muito importante para seu amadurecimento profissional, pois, além de ter sido uma porta de entrada para sua primeira oportunidade profissional, ele conseguiu desenvolver suas habilidades em comunicação, possibilitando que o jovem se aprimorasse no mercado de trabalho.

“Hoje, eu tenho muito contato com empresários, então eu consigo muito estar dos dois lados, de quem é empregado e de quem é empregador. O CIEE-RS me trouxe muito isso, de saber se comunicar e apresentar o seu trabalho, da maneira de se vestir até a maneira para falar com uma empresa. O CIEE-RS pra mim foi uma porta muito preciosa. Não só do trabalho — claro, o primeiro emprego é uma das coisas mais lindas que tem, uma oportunidade de emprego é algo que a gente não esquece nunca — mas também porque me deu uma estrutura, para saber como eu devo me portar na empresa, o que eu devo fazer, quais são os meus direitos. Todo esse enredo aí”.

O programa de aprendizagem foi a primeira experiência profissional formalizada de Douglas. Ele ficou no IACS por dois anos, de 2018 a 2020, até o início da pandemia. Durante o período de lockdown, Douglas se viu em grande aperto, como a mãe não conseguia trabalhar, ele relatou que as contas estavam acumulando e as coisas de casa acabando. E foi em meio a tantas adversidades que o grande momento de Douglas começava.

@doug.weiss – influencer digital

A ideia de fazer os vídeos surge durante a pandemia, para levantar uma grana para ajudar a mãe e os cinco irmãos em casa, já que ela, faxineira, estava impedida de trabalhar. Douglas — ou Doug (@doug.weiss) — sempre foi um vendedor nato. Carismático, comunicativo, persuasivo, e viu nessas características um grande potencial.

“Eu sempre fui uma pessoa muito comunicativa, sempre gostei muito de desenrolar, de conversar, sabe? Tanto que eu ganhei a bolsa no colégio por isso, pela comunicação, porque eles viram em mim alguém que conseguia projetar o colégio para outras pessoas”.

Ele então apresentou o projeto para uma empresária que conhece, dona de uma livraria. Depois de muita insistência, ela topou. E ali nasceu o seu primeiro hit, uma paródia de Din Din Din, da Ludmilla. O vídeo obteve quase 10 mil visualizações e lançou o nome de Douglas na cidade e em toda a região. 

Os conteúdos que Douglas produz são, na maioria das vezes, paródias de músicas dos seus artistas favoritos, mas também cria rimas, dublagens, posts patrocinados, entre outros formatos. Uma mistura de trabalho autoral com sacadas para surfar as trends do momento. Uma fórmula que tem funcionado muito para o jovem. 

Hoje, Doug está estudando Publicidade e Propaganda. Possui contrato com marcas e usa as redes sociais para se comunicar também com a sua base de seguidores (que chama de “seguidougs”) “Lá eu exponho também um pouco da minha vida, meu dia a dia, meus corres, prazeres e desprazeres, tudo”.

Dicas para quem está começando no mercado de trabalho

Para ele, o mais importante é ter força de vontade:

O querer é poder né, porque o que a gente mentaliza, o que a gente coloca pro universo, principalmente Deus, acontece. Eu quero meu primeiro emprego, eu quero me destacar, eu quero crescer, eu quero ganhar bem, eu quero… Entendeu? Eu acredito muito nessas palavras que são exclamativas, entendeu? Te chamando pra isso. Então eu acredito que é muita força de vontade e vamos lá!”

Douglas também diz que a dedicação com o trabalho e saber abraçar as oportunidades que aparecem é muito importante. O jovem diz que a caminhada de todo mundo começa de baixo, mas é preciso comprometimento para alcançar os próximos degraus.

“Se o teu primeiro degrau é trabalhando numa padaria, num mercado, numa loja de roupa, esse é só o primeiro degrau, porque eu tenho certeza que outros deles vão crescer. Como eu te falei, eu jamais, nunca perguntei para eles o que eu ia fazer, eu queria oportunidade, eles tiveram, eu comecei ali, como na parte de assistente de marketing, trabalhei lavanderia, tudo que tu possa imaginar, mas foi o meu degrau, entendeu?”

O influencer @doug.weiss é sucesso com suas criações no Instagram, atualmente ex aprendiz tem mais de 15 mil seguidores e produz conteúdo para diversas marcas.
Douglas divulgando sua participação em um podcast. Foto: Instagram @doug.weiss

A importância de seguir se desenvolvendo

Doug afirma que “mar calmo não faz bom marinheiro”, e ainda completa que é necessário sair da zona de conforto para crescer. Lembrando da sua experiência no internato, onde teve que se mudar para um lugar onde não conhecia ninguém e passou por muitos momentos ruins, mas tudo isso fez ele crescer, pessoalmente e profissionalmente.

O jovem também destacou a importância que o CIEE-RS teve na sua vida, principalmente com o comprometimento com a formação de cidadãos. Preparando as futuras gerações para o mercado de trabalho e para a vida.

Eu acredito muito que a importância do CIEE-RS é para formar não só trabalhadores, mas pessoas. Pessoas que vão ser profissionais, entendeu? Eu acredito muito que ninguém quer ser empregado pelo resto da vida. Chega uma época que tu quer crescer e eu acho que é essa a visão do CIEE-RS passa. Hoje, eu cuido da minha empresa, eu sou MEI, né? E eu vejo muito, se eu tivesse que contratar uma pessoa a trabalhar, eu tenho certeza que eu contrataria do CIEE-RS. Por já ter essa experiência, por passar por um treinamento, porque a pessoa vai uma vez por semana lá, tem que prestar conta, tem que mostrar as notas, sabe? Então eu acho que isso é muito legal.

Futuro

Doug diz que a aprendizagem foi apendas o início de sua trajetória e que ainda tem um grande caminho pela frente, que está empolgado pelas possibilidades que esse caminho pode trazer. “Foi o meu primeiro degrau. Eu pisei nele e consegui crescer, ter as minhas coisas, me preparar para trabalhar através do meu talento, na internet, com pessoas que gostam de me assistir, de comprar as ideias que eu trago para elas. É muito bacana”.

A experiência adquirida nesses dois anos, somada ao talento natural de Douglas, acabou dando a ele suporte e confiança para que conseguisse superar um momento de grande adversidade. Nesses quase quatro anos como influenciador, ele já atendeu mais de 500 marcas e tem conseguido realizar muitos sonhos, como conhecer a sua ídola, Ludmilla.

Doug diz que a aprendizagem foi apendas o início de sua trajetória e que ainda tem um grande caminho pela frente, que está empolgado pelas possibilidades que esse caminho pode trazer. “Foi o meu primeiro degrau. Eu pisei nele e consegui crescer, ter as minhas coisas, me preparar para trabalhar através do meu talento, na internet, com pessoas que gostam de me assistir, de comprar as ideias que eu trago para elas. É muito bacana”.

Voa, Douglas!

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Há 55 anos o CIEE-RS vem gerando mais de 3 milhões de oportunidades para jovens e estudantes com os programas de estágio e aprendizagem.

Começamos abril, mas esse abril é um mês especial, esse mês estamos celebrando um legado. Cinquenta e cinco anos atrás, um coletivo visionário de 30 líderes empresariais de Porto Alegre e arredores decidiu adotar uma iniciativa pioneira, nascida em São Paulo cinco anos antes. Unidos por um propósito comum de transformar o destino de jovens em todo o estado, eles deram vida ao CIEE-RS.

Naquele momento, talvez não se percebesse, mas se plantava a semente do que se tornaria o principal agente de integração do Rio Grande do Sul, gerando mais de 3 milhões de oportunidades transformadoras. O CIEE-RS emergiu como um catalisador de desenvolvimento, inserção profissional, projetos sociais inovadores e, acima de tudo, mudança de vidas. Ao revisitar os últimos 55 anos, destacamos os pilares da nossa trajetória, os programas que definem nossa atuação e as promessas que o futuro nos reserva no CIEE-RS.


Celebrando 55 anos e inspirando histórias

Ao longo de 55 anos de história, o CIEE-RS vem sendo uma bússola orientadora para jovens em busca de um futuro promissor. Desde a nossa fundação, temos nos dedicado a abrir caminhos para o desenvolvimento humano, social e profissional, atuando como uma ponte entre estudantes e o mercado de trabalho. Cada estágio intermediado, cada programa de aprendizagem implementado não apenas contribui para a formação de carreiras bem-sucedidas, mas também para a construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos.

Inspirar é uma palavra que acreditamos nos definir bem. Para isso, criamos a série Inspira CIEE-RS, que traz relatos de histórias que foram mudadas pela nossa ação. No Inspira, você pode conferir a trajetória de estudantes, jovens e aprendizes que, com nosso auxilio conquistaram carreiras de sucesso. Histórias como a de Ana, que aproveitou as oportunidades oferecidas para alavancar sua carreira, são um testemunho do nosso impacto transformador.

Celebrar 55 anos é celebrar cada história transformada, cada sonho realizado e cada barreira superada. É olhar para trás e ver uma trilha de realizações que se estende ao horizonte e saber que, para cada jovem que passa pelo CIEE-RS, há um mundo de possibilidades que se abre.

O programa de estágio, inserindo jovens na prática profissional

O programa de estágio foi nossa primeira razão de existir, vemos no estágio a oportunidade de ensino ao jovem, de maneira mais clara e objetiva, sobre as atividades da profissão a qual ele está em formação. Através do programa de estágio, inserimos mais de 2800 jovens no mercado de trabalho todo mês. São milhares de oportunidades geradas e estudantes que estão se qualificando e se preparando.

A pesquisa sobre o Perfil do Estagiário, desenvolvida de maneira inédita, mostrou como muitos estudantes veem a relação trabalho/estudo, suas aspirações e objetivos de crescimento de carreira. Com sua primeira realização em 2023, a pesquisa está em desenvolvimento da sua segunda edição, atualizada e mais completa! Para conferir o report de 2023, acesse aqui!

E visando melhorar a experiência do estudante que busca uma oportunidade, bem como da empresa que está abrindo uma vaga nova. Em 2022 lançamos a plataforma Conjuntos, que revolucionou a maneira que esses universos entram em contato. Através da conjuntos facilitamos a interação, seleção e condução do programa de estágio, beneficiando milhares de estudantes e empresas. Saiba mais sobre como as soluções da Conjuntos podem te ajudar.

Aprendizagem no CIEE-RS, oportunidades de colocação no mercado de trabalho

Implementamos o programa de aprendizagem no CIEE-RS em 2008, 8 anos após a regulamentação da Lei da aprendizagem. Nesses anos, beneficiamos milhares de aprendizes a conquistarem mais independência através inserção no mercado de trabalho. Diminuindo a evasão escolar e fortalecendo os laços do jovem com a sua família e comunidade. No programa de aprendizagem oferecemos diversos cursos, com atividades que possibilitam a atuação em variadas áreas do mercado de trabalho, como:

  • Ocupações Administrativas;
  • Comércio Atacado e Varejo;
  • Frentista;
  • Logística;
  • Auxiliar de Produção;
  • Telemática;
  • Auxiliar em Alimentação – Cozinheiro;
  • Auxiliar em Alimentação – Atendente de Lanchonete;

Entendemos que para muitos jovens, a aprendizagem significa uma primeira oportunidade de colocação, experiência e crescimento profissional. Buscando compreender melhor como nós, as empresas, instituições e comunidade em geral pode apoiar esses jovens, criamos e realizamos a primeira edição da Pesquisa do Perfil do Aprendiz.

O report, publicado no início de 2024, trouxe um panorama completo sobre como a geração dos novos aprendizes está pensando e se relacionando com o ambiente profissional. Quais são suas motivações, ambições e objetivos. Acesse o relatório aqui para saber tudo sobre o perfil desses jovens.

E o programa que já trazia muitos benefícios para a sociedade ganhou mais força, desde outubro de 2023 as inscrições, abertura de vagas e processos seletivos para jovens e empresas que buscam aprendizes passou a ser realizado pela nossa plataforma Conjuntos. Integrando nossas atividades e agilizando os processos.

Atividade socioeducativa dos programas sociais do CIEE-RS, visita com jovens a Biblioteca Pública. Desenvolvemos projetos sociais com grande impacto social.
Atividade socioeducativa realizada com jovens dos programas sociais do CIEE-RS, visita com jovens a Biblioteca Pública.

Projetos sociais e apoio a comunidade

Nossa essência reside em ser o alicerce para a sociedade, fomentando caminhos para o desenvolvimento e ascensão. Os projetos sociais que idealizamos e executamos em colaboração com o governo e entidades parceiras representam uma das mais significativas formas de oferecer esse suporte, consolidando as bases das comunidades. Juntos, tecemos uma ampla rede de apoio, instrução e possibilidades para a juventude, fortalecendo o tecido social com cada iniciativa.

  • Pod – Criado em parceria com o Governo do Estado, o Programa de Oportunidades e Direitos Socioeducativos busca atender os egressos da FASE (Fundação de Atendimento Socioeducativo) do Rio Grande do Sul, incentivando o jovem a ressocialização através da inclusão no mundo do trabalho. O POD também conta com acompanhamento psicossocial para os jovens, atuando para diminuir a reincidência criminal e promovendo a reinserção familiar.
  • Jovem 360 – Inaugurado em 2024 e nosso mais novo projeto, o Jovem 360 tem como principal força a assistência completa ao jovem. Para isso, o projeto adota uma abordagem abrangente, incluindo em seu escopo áreas cruciais como saúde e bem-estar, educação, fortalecimento de vínculo, qualificação profissional, empreendedorismo juvenil, cultura, esporte e lazer diversidade e educação digital. Ainda em fase piloto, a iniciativa tem duração de 12 meses, atuando nas cidades de Porto Alegre, São Leopoldo e Santa Maria.
  • CJ – O Centro da Juventude Alvorada atua com jovens em situação de vulnerabilidade social da cidade. Oferecendo ações que promovem o acolhimento e integração dos jovens, famílias e comunidade. O Centro da Juventude faz parte do grupo de iniciativas do Programa de Oportunidades e Direitos, realizado também em parceria com o governo do Estado.
  • Reintegrar – O Projeto Reintegrar, uma iniciativa inovadora no Brasil, visa proporcionar formação profissional a adolescentes e jovens que estão cumprindo medidas socioeducativas na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase). Através do programa de aprendizagem, esses jovens são contratados como aprendizes, com registro em carteira de trabalho e acesso a todos os direitos e benefícios legais. Além disso, eles recebem treinamento profissionalizante nas instalações da Fase.
  • Hora do ENEM – Em parceria com o Banrisul, disponibilizamos, em 2023, um programa educacional que oportunizou 1000 bolsas de estudo digitais para o ENEM, possibilitando mais chances de entrada na vida acadêmica para estudantes de todo o estado.
  • Oficinas Presenciais e Digitais – Buscando ampliar a educação dos jovens em técnicas, habilidades, conhecimentos e comportamentos sobre o mercado de trabalho, criamos as oficinas e palestras. Elas são gratuitas para o público acima de 14 anos. As oficinas são estruturadas a partir de 3 principais eixos temáticos: Cidadania e Fortalecimento de Vínculos; Mundo do Trabalho; e Geração de Renda e Mobilidade Social.

Que venham os próximos 55 anos

Começando a celebração dos 55 anos do CIEE-RS, nós, mais do que nunca, reafirmamos nosso compromisso com a juventude e o futuro do nosso país. Nós somos a prova de que, com dedicação e parcerias estratégicas, é possível transformar a vida de milhares de jovens, equipando-os com as ferramentas necessárias para não apenas ingressar no mercado de trabalho, mas para nele prosperar e se destacar.

Nós olhamos para o futuro com esperança e determinação, sabendo que nosso trabalho tem um propósito maior: o de capacitar e inspirar. Cada projeto que iniciamos, cada parceria que formamos e cada vida que tocamos, nos aproxima ainda mais de um Brasil onde o acesso à educação e ao trabalho digno é uma realidade para todos. Este é o legado que construímos ao longo desses 55 anos e é o mesmo legado que continuaremos a construir nos próximos anos.

Que nossa jornada seja sempre pautada pela paixão em fazer a diferença, pelo compromisso com a excelência e pela crença inabalável no potencial humano. Juntos, nós somos mais fortes, e juntos, nós continuaremos a mudar vidas e transformar histórias. Porque no CIEE-RS, nós não apenas acreditamos no futuro; nós o criamos todos os dias.

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Aproveitar as oportunidades para se desenvolver é o segredo para uma carreira de sucesso? Descubra com Ana Carolina Neu, o sexto personagem do Inspira CIEE-RS.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

Qual é o segredo para alcançar o sucesso profissional em um mercado competitivo e dinâmico? Muitas vezes é sobre entender os passos para trás necessários para ir mais adiante. Neste texto, vamos contar a história de Ana Carolina Neu, uma mulher que soube aproveitar as chances que apareceram em seu caminho e se tornou líder de RH em uma multinacional. Ela é o sexto personagem da série Inspira CIEE-RS.


Ouça o texto na íntegra

Ana Carolina Neu, 33 anos, é natural de Santa Cruz do Sul, um polo da indústria fumageira no Brasil. Ela iniciou sua trajetória profissional como auxiliar de escritório, estudando administração na UNISC, não estava contente com a situação que se encontrava, ela queria mais.

Foi então que, depois de uma amiga sugerir que concorresse a uma vaga de estágio pelo CIEE-RS na multinacional British American Tobacco (BAT), antigamente conhecida como Souza Cruz, ela percebeu uma oportunidade de ouro.

Ela largou o emprego e se candidatou ao estágio, mesmo sem ter muita experiência na área de RH. Para muitos essa seria uma decisão precipitada e arriscada, Ana tinha emprego fixo, carteira assinada, estabilidade. Mas ela viu que esse processo seletivo seria o primeiro passo para a mudança de sua vida.

O início do estágio na BAT

O processo seletivo para o estágio na BAT foi longo e muito concorrido. Ana teve que esperar seis meses até ser chamada para a entrevista, que coincidiu com o dia do seu aniversário, em 8 de dezembro de 2011. Ela lembra que foi um presente e tanto.

Ela foi aprovada e começou a trabalhar no setor de RH da empresa, onde ficou por dois anos. Nesse período, ela aprendeu muito sobre as rotinas e os processos da área, além de desenvolver habilidades como comunicação, liderança e trabalho em equipe.

Ela também se destacou pela sua proatividade e iniciativa. Relatou que o estágio foi uma excelente oportunidade para mergulhar nos processos da empresa. Ela sempre buscava ações para melhorar o desempenho do setor e da empresa, e não tinha medo de levantar a mão e dizer que queria participar de novos projetos e desafios.

Essa atitude foi determinante para que ela fosse notada pelos gestores e colegas, e também para que ela pudesse crescer na carreira. Ela conta que, para os jovens que querem se desenvolver profissionalmente, é preciso ir com calma e pensar e focar em crescer, apoiando a empresa e buscando ações que proponham esse crescimento.

A contratação efetiva e as novas oportunidades

Infelizmente, o contrato de estágio de Ana chegou ao fim, e após dois anos, ela teve que se despedir da BAT. Mas ela não desistiu de seu sonho de trabalhar na empresa. Ela sabia que tinha feito um bom trabalho e que tinha deixado as portas abertas.

Ela aproveitou o tempo fora da empresa para se qualificar ainda mais, fazendo cursos e buscando novos conhecimentos na área de RH. Ela também se manteve em contato com os antigos colegas e gestores, demonstrando interesse em voltar.

Ela não precisou esperar muito. No ano seguinte, ela recebeu uma ligação da BAT, oferecendo-lhe um cargo efetivo na empresa. Ela não pensou duas vezes e aceitou a proposta. A proposta era para atuar em Itajaí (SC), fazendo auditoria em pontos de venda e distribuição da empresa.

Ela conta que essa foi uma experiência incrível, que lhe permitiu conhecer outras áreas da empresa, além de viajar por Santa Catarina e pelo norte do Rio Grande do Sul e, eventualmente por todo o país. Ela conta que esse período foi essencial para conhecer mais do portfólio de produtos da BAT.

Ela passou dois anos como auditora, até que sentiu vontade de voltar para Santa Cruz do Sul, sua cidade natal. Ela viu que havia uma vaga na área de capacitação de produtores agrícolas, e se candidatou. Ela conseguiu o cargo, que envolvia o treinamento e o acompanhamento de 27 mil produtores integrados, transportadores e orientadores agrícolas.

Após apostar na sua carreira, Ana Carolina se desenvolveu e teve muito sucesso na BAT, confira a história da sexta personagem do Inspira CIEE-RS

A pandemia e a adaptação ao trabalho online

Ana estava feliz com seu novo cargo, mas logo teve que enfrentar um grande desafio: a pandemia de Covid-19. Ela teve que se adaptar ao trabalho remoto, e encontrar formas de seguir capacitando os produtores, mas online.

Ela diz que uma das maiores dificuldades que enfrentou foi o fato de as pessoas do campo não costumarem ficar em frente a um computador. Ela teve que usar a criatividade e a tecnologia para manter o engajamento e a qualidade dos treinamentos.

Ela afirma que, apesar das dificuldades, a pandemia também trouxe oportunidades de inovação e de aprendizado. Ela diz que conseguiu ampliar o alcance e a frequência dos treinamentos, e que recebeu feedbacks positivos dos produtores, que se sentiram valorizados e apoiados pela empresa.

A volta ao RH como coordenadora

Depois que a pandemia passou, Ana se inscreveu em um programa interno da BAT, que permitia que os funcionários conhecessem outras áreas da empresa. Ela foi selecionada para trabalhar na área de sistemas de gestão, como o EWS, que é um sistema de monitoramento e controle de qualidade.

Ela diz que essa foi mais uma oportunidade de aprender e de se desenvolver, e que suas iniciativas nessa área chamaram a atenção dos gestores de RH, que a convidaram para voltar ao setor, mas agora como coordenadora.

Ela aceitou o convite, e hoje, de volta ao RH, mas agora como líder, afirma que o estágio pelo CIEE-RS foi fundamental para que ela pudesse adquirir mais responsabilidade, conhecimento e visibilidade na empresa. Ela diz que aproveitou o estágio para ajudar a pensar em como fazer melhor e deixar a sua marca. Foi p primeiro passo para uma carreira de muito sucesso.

Os planos para o futuro

Ana Carolina Neu não para de sonhar e de buscar novos objetivos. Ela diz que sua meta agora é se tornar gerente de RH na BAT, e quem sabe, trabalhar fora do país.

Ela diz que a empresa oferece muitas possibilidades de crescimento e de mobilidade internacional, e que ela está sempre atenta às oportunidades que surgem. Ela também diz que continua se capacitando e se atualizando, para estar preparada para os novos desafios.

Ela deixa uma mensagem para os jovens que estão começando sua carreira, e que querem se inspirar em sua história:

“Não tenha medo de arriscar, de mudar, de sair da sua zona de conforto. Aproveite as chances que aparecem, e faça o seu melhor em cada uma delas. Busque aprender sempre, e não se compare com os outros. Cada um tem seu tempo e seu caminho. E, acima de tudo, seja grato pelas pessoas que te ajudam e te apoiam ao longo da jornada.”

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Inspira CIEE-RS 05 | Silvana é uma ativista social que superou muitas dificuldades e desafios para realizar seus sonhos e fazer a diferença na vida das pessoas.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

Silvana Nascimento Cunha é uma empreendedora e ativista social que superou muitas dificuldades e desafios para realizar seus sonhos e fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Ela é a fundadora da ONG Semear, que atende crianças carentes em Pelotas, oferecendo educação, alimentação, lazer e oportunidades de desenvolvimento. Neste artigo, você vai conhecer a história inspiradora de Silvana, que é a quinta personagem da série Inspira CIEE-RS, que traz mensalmente histórias de pessoas ligadas à instituição que se destacam por suas trajetórias de superação e sucesso.


Ouça o texto na íntegra:

Uma infância humilde e uma oportunidade de ouro

Silvana nasceu em uma família humilde e que, como muitas outras do nosso país, viveu com dificuldades. Ela conta que desde cedo aprendeu a valorizar o que tinha e a não desistir dos seus objetivos. Ela sempre estudou em escolas públicas e se esforçava para tirar boas notas, pois sonhava em ter uma profissão e uma vida melhor.

E a oportunidade eventualmente apareceu, Silvana fala que é muito grata ao CIEE-RS por ter aberto as portas para ela ao mercado de trabalho, com uma vaga de estágio na Caixa Econômica Federal, na entrada da maioridade. A experiência, que se estendeu por um ano, a ajudou a obter um emprego logo depois em uma terceirizada do banco, na qual ficou por cinco anos. O exemplo da atuação do CIEE-RS ligou uma faísca que ainda se tornaria algo muito grande na vida de Silvana.

O amor, a maternidade e a vontade de fazer a diferença

Silvana se casou e, algum tempo depois, engravidou do seu primeiro filho. Ela decidiu deixar o emprego de lado para se dedicar à maternidade e aos cuidados da família. Depois também teve outra filha e se viu envolvida com a criação dos seus dois filhos, hoje com 19 e 17 anos.

Para garantir o sustento da família, Silvana e o marido optaram por cuidar da empresa familiar, um comércio. Mas a raiz de assistência social já surgia ali, Silvana relata que ela morava em uma região com uma grande população carente e sentia que devia ajudar em alguma maneira.

Silvana em uma ação de natal para crianças na ONG Semear, ela é a quinta história do Inspira CIEE-RS e um exemplo em em assistência social.

A criação da ONG Semear e a assistência social

Em 2017, após o fechamento do comércio, Silvana e o marido fundaram a ONG Semear, com o objetivo de ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade social. No início, eles atendiam moradores de rua, oferecendo refeições, cestas básicas e doação de agasalhos. Eles também faziam campanhas de arrecadação de alimentos, roupas e brinquedos para distribuir nas comunidades carentes.

Um dia, enquanto distribuíam cafés na cidade, eles receberam um conselho de um morador de rua, que mudou a sua visão. Ele disse: “Vocês estão fazendo um paliativo. Por que não trabalham com crianças para no futuro distribuírem menos cafés?”. Silvana ficou tocada com as palavras e percebeu que ele tinha razão.

Ela pensou que se trabalhasse com as crianças, poderia atuar mudando o futuro delas e talvez até evitar que elas se tornassem moradores de rua no futuro. Lembrando também da atuação do CIEE-RS na vida dos jovens, ela decidiu, então, mudar o foco da ONG e se dedicar à educação e ao desenvolvimento infantil.

Hoje, a ONG Semear atende mais de 150 crianças, de 6 a 14 anos, que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social. Elas recebem alimentação, acompanhamento pedagógico, atividades recreativas, culturais e esportivas, além de orientação psicológica e social. A ONG conta com a ajuda de voluntários e doações, além da parceria estabelecida com o CIEE-RS, para encaminhar os jovens que saem da ONG para programas de aprendizagem e estágio. Parceria esta que começou a ser costurada no início da vida profissional de Silvana.

Uma história de inspiração e motivação

Atualmente Silvana realiza um sonho antigo, o de estudar e se aperfeiçoar. Ela faz a faculdade de Gestão e Organização do Terceiro Setor, um curso que a auxiliou a profissionalizar a atuação da ONG Semear. E durante a faculdade precisou fazer estágio obrigatório e mais uma vez a proximidade com o CIEE-RS abriu portas para ela. Foi chamada para estagiar na Câmara Municipal, onde coloca em prática os seus conhecimentos e habilidades.

Silvana é um exemplo de mulher guerreira, que não se deixou abater pelas dificuldades e que transformou a sua vida e a de muitas crianças com o seu trabalho social. Ela deixa uma mensagem para os jovens que querem seguir os seus passos: “Às vezes a motivação acaba, então, é preciso ser persistente e ter constância no que se faz. Tudo é difícil, mas a gente tem que escolher o difícil mesmo assim e seguir adiante”. Palavras de quem viveu o que diz.

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Você já se perguntou como a educação e o trabalho podem influenciar a sua carreira profissional? No Inspira CIEE-RS 06 você vai conhecer a história de Robson

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

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Você já se perguntou como a educação e o trabalho podem influenciar a sua carreira profissional? Neste artigo, você vai conhecer a história de Robson Formigheri, um diretor de faculdade que começou como estagiário através do CIEE-RS e se tornou um exemplo inspirador. Robson Formigheri é o quarto personagem da série Inspira CIEE-RS, que traz mensalmente histórias de pessoas ligadas à instituição e que são exemplos inspiradores. Ele é diretor da Faculdade Anhanguera de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e tem uma trajetória marcada pela educação e pelo trabalho. 


O início da carreira

O rumo da vida de Robson seguia como a de muitos filhos de pais empresários, em meados da década de 1980. Ao mesmo tempo em que estudava Administração na Universidade de Passo Fundo (UPF), ele ajudava na empresa da família. Tudo mudou quando surgiu uma oportunidade de estágio, via processo seletivo, pelo CIEE-RS no setor de crédito educativo da Caixa Econômica Federal dentro da faculdade. Participou do processo, foi aprovado e, naquele momento, a rotina de conciliar o trabalho e a educação se tornou parte da trajetória de Robson. 

Ele comenta que após ser aprovado no processo seletivo, aprendeu muito sobre as rotinas de uma empresa e que o ambiente da Caixa Econômica o ensinou muito sobre independência, conquistas e responsabilidade. A experiência foi marcante. “Uma coisa é trabalhar com o teu pai. Outra é estar estagiando em uma grande empresa, ganhar o teu próprio dinheiro, ter disciplina”, compara. 

Depois de cumpridos os 2 anos de estágio, foi encaminhado ao banco Bamerindus, onde trabalhou por mais um período. Após isso, voltou à empresa da família, agora com mais experiência e maturidade para conduzir os negócios. 

Mas a educação continuava sendo prioridade: depois de se formar em Administração, fez Ciência Contábeis e uma pós graduação em Gestão Empresarial, para emendar um mestrado. As especializações agregavam conhecimento aos seus planos de fazer alterações na empresa familiar. 

Robson atuando como coordenador de faculdade, para ele é essencial consciliar os estudos com a pratica do estágio. Robson é o case do Inspira CIEE-RS 06

A paixão pelo ensino

A decisiva mudança para o ramo educacional ocorreu em 2001, na antiga Faculdade Planalto (Faplan), também em Passo Fundo, na qual ele atuava como consultor e foi convidado para substituir um professor. Lá dentro, a experiência como docente se tornou uma paixão, e ministrou aulas por oito anos. A seguir, passou ao posto de coordenador da faculdade e, quando a Anhanguera assumiu a operação da Faplan, mais um salto na carreira, agora como diretor da unidade, posto que ocupa há mais de 10 anos. 

Ele exalta a importante contribuição que o CIEE-RS teve na sua história de vida, uma instituição em que educação e trabalho também estão interligados. E que o estágio ajudou a ele olhar o meio acadêmico como uma trilha para a vida. “O ambiente em que fiz o primeiro estágio, lá com crédito educativo, me levou até aqui”, relembra. 

Robson ainda salienta que costuma incentivar os jovens estagiários e aprendizes que encontra nas empresas da cidade. “Às vezes, eles precisam desse simples ‘empurrão’”, defende. O estágio é uma maneira de aproximar o jovem e promover o crescimento dentro do mercado, fortalecendo relações e transformando vidas. E o estágio é o primeiro incentivo para o jovem ter uma vida de realização profissional, afirma.

A lição de Robson

Hoje com 56 anos, Robson Formigheri dá um conselho primordial a ser seguido pelos jovens: “Não tem como dissociar a educação e a trajetória profissional. Não tem outro caminho. Isso é proporcionar a melhor versão de si”, ensina. 

Ele é um exemplo de que a educação e o trabalho são aspectos fundamentais para trilhar uma carreira profissional de sucesso. Ele mostra que com dedicação é possível se reinventar, se adaptar e se apaixonar pelo que se faz. 

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