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Para o gerente de supermercado Toninho todos merecem uma chance de começar. Como ele formou mais de 200 jovens, você confere no Inspira CIEE-RS episódio 10.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

A preferência por profissionais com experiência e buscar referências é uma prática comum nas empresas na hora de selecionar colaboradores. Recrutadores não costumam apostar em quem não tem uma boa indicação. Mas para o gerente e supervisor de um supermercado de Santiago, isso é irrelevante. Antônio Gilberto Gigoski de Lima, o Toninho, como é conhecido na cidade, acredita que “todos merecem uma chance de começar — e até de recomeçar”. A história de como Toninho foi de técnico contábil para o gerente que contratou mais de 100 jovens nos últimos anos, você confere no Inspira CIEE-RS episódio 10.


Aprendizado pelo trabalho familiar

Toninho começou sua jornada há mais de 30 anos, ajudando no bar do pai, em Santiago do Boqueirão. Na época com 12 anos, ele comenta que a experiência foi essencial pois aprendeu a ser responsável e prestativo, além de entender como o mercado de trabalho funciona e como era importante ter o foco no crescimento próprio.

Sua primeira oportunidade formal foi ainda na adolescência, como estagiário contábil em um posto de combustível, vaga conquistada através do CIEE-RS. Cursando técnico em contabilidade, Toninho viu sua carreira decolar, em apenas 2 anos já era subgerente desse mesmo posto.

Atuou como subgerente por mais 10 anos, quando surgiu uma oportunidade de mudança de carreira e passou a trabalhar em um centro de distribuição, agora na área supermercadista.

Liderança e formação de jovens

Após muita dedicação, Toninho chegou ao cargo de gerente da rede de supermercados, agora era responsável por uma grande equipe, o esforço havia gerado frutos. Foi quando ele identificou uma grande oportunidade de ajudar a formar as novas gerações de profissionais.

E nessa oportunidade surgiu a reaproximação com o CIEE-RS. Toninho diz que é muito gratificante para ele ter participado da formação de tantos jovens e que essa atitude gerou reconhecimento na cidade, “Muitas pessoas que recrutei para o primeiro emprego hoje são nossos clientes. Um é engenheiro da companhia de energia elétrica que atua aqui na cidade, tem administrador de comércio e até o gerente de um mercado concorrente (risos). Como a cidade é pequena, a gente consegue acompanhar o crescimento e a evolução desses profissionais”, explica.

Inspira CIEE-RS | Toninho contratou mais de 200 jovens ao longo de sua carreira, são estagiários e aprendizes que ele formou e ingressaram no mercado de trabalho.
Toninho auxiliando no treinamento de jovens na rede de supermercados a qual é gerente.

Mais de 200 jovens contratados

Toninho já é gerente há mais de 25 anos, nesse período afirma que já contratou mais de 200 jovens dos programas de estágio e aprendizagem, mais de 200 vidas que foram tocadas pela ação de educar, que ele revela ser uma paixão “gosto de estar próximo e acompanhando o desenvolvimento, quero que eles se formem e busquem coisas melhores, que aprendam sobre o as responsabilidades do trabalho”

Sua equipe hoje é composta por mais de 100 colaboradores, e cerca de 20% deles são jovens em formação. No supermercado, eles estão em atividades como operadores de caixa, empacotadores, atendimento ao público. Muitos deles estão começando a vida como Toinho começou sua jornada.

A expertise de quem forma

Toninho incentiva que as empresas contratem e invistam em jovens e sejam formadores de talentos, essa prática ajuda a comunidade e traz retornos muito positivos para as organizações. “todo o jovem precisa ter uma primeira experiência profissional e uma oportunidade de terminar seus estudos. É papel do empreendedor enxergar as qualidades de um estagiário, de um aprendiz, e ajudar a desenvolvê-las e incentivá-las.”.

Ele também destaca a importância da prática do feedback constante, “quando se trabalha com jovens, é preciso trabalhar as habilidades deles e dar retorno sobre o que estão indo bem ou não. E também é nossa função orientar sobre o melhor caminho e auxiliar quem está ingressando no mercado de trabalho a enfrentar as dificuldades, superar quando erra”.

Para os jovens, Toninho é uma inspiração de dedicação e comprometimento. A dica dele é seguir o que considera essencial para o desenvolvimento profissional: ‘É preciso ser dedicado, ter responsabilidade e atender bem o cliente. Vale a pena, porque o trabalho sempre vai recompensar‘, conclui.

Inspira CIEE-RS

A história de Toninho é o décimo e último capítulo dessa temporada do Inspira CIEE-RS. Como a dele, vimos diversas histórias emocionantes de pessoas que dedicam suas vidas a formar as novas gerações, que apoiam e educam. Vimos histórias de superação e de dedicação recompensada. Nós, do CIEE-RS gostaríamos de agradecer a esses personagens e a todos os outros que não estiveram aqui, mas fazem parte de nossa trajetória e com certeza são histórias inspiradoras.

Para conferir as outras histórias do Inspira, clique aqui!

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Com a formação de squads dentro da sua empresa, você consegue equipes altamente eficientes e autônomas, capazes de resolver problemas com agilidade e inovação.

Você já ouviu falar sobre squads e como eles podem transformar a dinâmica de trabalho na sua empresa? Com a formação de squads dentro da sua empresa, você consegue ter equipes altamente eficientes, multidisciplinares e autônomas, capazes de resolver problemas complexos com agilidade e inovação.

Neste texto, vamos explorar como a formação e gestão de squads pode trazer inúmeros benefícios para sua organização, desde a melhoria na comunicação até o aumento da produtividade e satisfação dos colaboradores. Continue lendo para descobrir como implementar squads na sua empresa e aproveitar ao máximo essa metodologia de trabalho.


O que são Squads

Origem do Termo

O termo “squad” vem do inglês e significa “esquadrão”. Ele foi popularizado pelo Spotify em 2014, quando a empresa sueca divulgou como organizava seus times de desenvolvimento mas existem registros de formação de squads em grandes companhias como a Toyota nos anos 70. Desde então, a metodologia tem sido amplamente adotada por empresas de diversos segmentos ao redor do mundo.

O que são Squads

Squads são pequenas equipes multidisciplinares e autônomas, formadas por profissionais de diferentes áreas que tem por objetivo atuar para solucionar uma demanda em comum. Quando criado, um squad é responsável por um projeto ou produto específico dentro da empresa, tendo a liberdade para tomar decisões e ajustar suas estratégias conforme necessário. Um squad normalmente não possui mais de 8 membros, pois a metodologia busca priorizar a agilidade na entrega, diminuindo a burocracia e centralização de decisões.

Equipes Multidisciplinares

A principal característica dos squads é a multidisciplinaridade. Isso significa que cada equipe é composta por membros com habilidades diversas, como desenvolvedores, designers, profissionais de marketing e vendas. Essa diversidade permite que os squads abordem problemas de diferentes perspectivas, promovendo soluções mais criativas e eficazes.

Squads em grandes empresas

Depois de sua popularização, grandes empresas adotaram os squads como uma solução para o desenvolvimento de produtos, serviços, funcionalidades e melhorias em suas organizações. Companhias como o Google, Nubank, Magazine Luiza e Vivo tem utilizado squads com sucesso para promover a inovação e melhorar a eficiência operacional.

No Magazine Luiza, por exemplo, a criação do LuizaLabs, um laboratório de inovação, permitiu o desenvolvimento de novas soluções digitais que impulsionaram o crescimento do e-commerce da empresa.

Por que eu deveria formar Squads na minha empresa?

A metodologia squad promove agilidade na abordagem e resolução de demandas, tomando decisões rápidas e ajustando a tática conforme necessário. Em um mercado inovador e volátil como o que temos hoje, isso pode ser o grande diferencial. Mas também existem outros benefícios, como:

  • Autonomia: Cada squad tem a liberdade para definir suas próprias metas e métodos de trabalho, desde que alinhados ao planejamento estratégico da empresa. Essa autonomia e liberdade aumenta a motivação e o engajamento dos colaboradores.
  • Desenvolvimento profissional: A diversidade de habilidades e vivências dentro dos squads favorece a criatividade e a inovação para a solução de problemas, resultando no crescimento profissional individual de cada colaborador.
  • Visão do todo: Como o squad é responsável por todas as etapas de um produto ou projeto, os profissionais envolvidos se apropriam de todas as etapas de desenvolvimento, desde a concepção até a implantação ou lançamento. Essa visão traz mais responsabilidade e senso de dono para os colaboradores.
  • Cooperação: Estudos apontam que as novas gerações levam o trabalho colaborativo como uma prioridade nas suas carreiras. A criação de squads facilita a troca entre profissionais e valoriza o trabalho cooperativo, bem como soluções criativas e inovadoras.

Quando o squad não é uma solução para minha empresa?

Como é uma metodologia que preza pela agilidade e autonomia, é muito importante que você, gestor, saiba identificar o momento de criar squads para desenvolver soluções. O primeiro aspecto que precisa ser avaliado é a maturidade dos colaboradores envolvidos, os profissionais precisam estar acostumados com a autogestão. Também é um grande diferencial quando sua equipe já conhece e está acostumada a trabalhar com metodologias ágeis.

A cultura da empresa é outra questão a se avaliar antes de implantar a metodologia. Sua organização permite que um ou mais squads sejam criados de maneira independente? Sua hierarquia é flexível e adaptativa para abraçar a agilidade e independência que os squads precisam para trabalhar?

Outra dificuldade que gestores podem encontrar é com relação ao quadro de colaboradores, pequenas e médias empresas muitas vezes não dispõem de pessoal para criar squads que vão trabalhar dedicados e exclusivos em um projeto. Nesses casos pode ser mais vantajoso manter uma estrutura hierárquica tradicional para sua companhia.

Como eu posso começar a implantar os Squads na minha empresa?

Antes de implantar a metodologia squad na sua empresa, é importante entender como funciona a organização dessas equipes. O Spotify fez um apanhado de como opera o ecossistema de squads deles, mas você pode adaptar conforme a necessidade, tamanho e disponibilidade da sua empresa.

É importante lembrar novamente que a existência de squads em uma empresa não compete com a organização a partir de setores, formamos squads para agir sobre projetos, produtos ou soluções específicas que demandam essa existência de um time multidisciplinar.

Como se organiza uma squad? Case Spotify

Tribos

As tribos são nada mais é do que reuniões de diferentes squads que possuem alguma afinidade, seja por trabalharem em projetos parecidos ou estarem solucionando as dores do mesmo tipo de cliente. Essa comunicação precisa ser sistemática para afinar o alinhamento de estratégias entre esses squads.

Capítulos

Capítulos são a divisão de membros de diferentes squads mas de uma mesma área de atuação. Por exemplo: duas ou mais pessoas de UX design, devem conversar sobre as estratégias que estão sendo usadas nas suas equipes. Essa interação ajuda a criar soluções a partir das trocas e essas soluções

Guildas

As guildas funcionam como squads a parte. Quando sua empresa tem muitos squads, se formam grupos independentes integrados por colaboradores de squads diferentes. A guilda tem seus objetivos próprios mas que cada integrante ainda é membro do seu squad original. Essa interação ajuda a promover troca e tornar colaboradores mais versáteis, uma vez que trabalham em mais de um projeto.

O modelo de gestão de equipes por squads foi popularizado pelo spotify em 2014, nesse modelo, os times tem mais autonomia para tomar decisões estratégicas.
Modelo de estrutura de squads do spotify. IMAGEM: G4 Educação

Etapas para implantar a metodologia squad

A empresa deve estar preparada para implantar a metodologia squad. A primeira coisa a se notar é que hierarquia vai sofrer alterações e precisa estar preparada para essa nova dinâmica. O principal responsável pela prestação de contas e entregas dos squads é o Project Manager, o PM não tem função de gerência nos squads, mas apenas de coordenar entregas e alinhar expectativas.

E com essas mudanças, os gestores precisam agir como stakeholders dos projetos, pois a autonomia e responsabilidade vai passar aos membros do squad. Para garantir que essa atuação e que os squads vão estar alinhados com o objetivo estratégico e visão da empresa é preciso estabelecer metas e métricas claras. Estabeleça OKRs para que suas equipes tenham direcionamento e consigam medir o sucesso de sua atuação.

Com objetivos e métricas claros, é preciso investir em comunicação, mesmo com toda a habilidade, autonomia e direcionamento, é preciso que os membros, guildas, tribos, capítulos, PM e gestão troquem informações e alinhem expectativas constantemente.

Passou por todas as etapas até aqui? Confira o checklist para implantar a metodologia squad na sua empresa:

  1. Identifique os Projetos: Determine quais projetos ou áreas podem se beneficiar da formação de squads.
  2. Forme as Equipes: Reúna profissionais de diferentes áreas com habilidades complementares.
  3. Defina Objetivos Claros: Estabeleça metas específicas e mensuráveis para cada squad.
  4. Promova a Autonomia: Dê às equipes a liberdade para tomar decisões e ajustar suas estratégias conforme necessário.
  5. Monitore e Ajuste: Acompanhe o progresso dos squads e faça ajustes conforme necessário para garantir o sucesso dos projetos.

Conclusão

A formação e gestão de squads pode trazer inúmeros benefícios para sua empresa, desde a melhoria na comunicação e colaboração até o aumento da agilidade e inovação. Adotando essa metodologia, você estará promovendo um ambiente de trabalho mais dinâmico e flexível, capaz de responder rapidamente às demandas do mercado.

Esse texto é um convite para você, como líder, a explorar outras maneiras de fazer gestão de equipes e continuar aprimorando suas técnicas de liderança e desenvolvimento de colaboradores. A implementação de squads é apenas o começo de uma jornada rumo a uma gestão mais eficaz e inovadora.

Se está buscando aprimorar ainda mais seus conhecimentos, confira nossos textos sobre a criação e aplicação de PDIs, onde ensinamos tudo que você precisa saber para aplicar essa metodologia de desenvolvimento de colaboradores. E também confira o material sobre Quiet Quitting e Quiet Ambition, onde mostramos como essas tendências, muito presentes em profissionais da geração Z, estão remodelando o mercado de trabalho.

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Confira a trajetória de Audrey, gestora de Recursos Humanos do Villela Bank com uma trajetória cheia de desafios e focada no desenvolvimento. Inspira CIEE-RS episódio 9.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

Audrey Vitória, 33 anos, é gestora de Recursos Humanos na Villela Bank. A trajetória profissional é variada e cheia de desafios. Mas todos eles trouxeram também um jeito especial de acolher quem está dando os primeiros passos na vida profissional, priorizando uma abordagem focada no desenvolvimento pessoal e na comunicação entre os colaboradores. Confira a trajetória de Audrey no 9º episódio do Inspira CIEE-RS.


Início da carreira e autodescoberta

A porto-alegrense iniciou sua carreira como telefonista e recepcionista na Aspecir Previdência, em um estágio pelo CIEE-RS, ainda no ensino médio, Audrey não tinha grandes experiências e ainda estava buscando rumo para sua carreira. Criada em uma família de servidores públicos, sempre foi incentivada a prestar concurso, ela aponta que os pais reforçavam como a estabilidade do funcionalismo público seria bom para ela, mas ela contestava. Não era o que estava buscando para sua vida.

Esse estágio foi um divisor de águas, proporcionando treinar competências como comprometimento e pontualidade. Aproveitou a oportunidade para desenvolver duas características que hoje considera fundamentais para o seu sucesso na gestão de pessoas: comunicação e postura organizacional.

Audrey também disse que esse período a ajudou a começar a se entender como pessoa e como profissional e que trouxe muitos aprendizados que leva consigo para a vida.

Ampliando experiência, o primeiro contrato CLT

Após a entrada no mercado de trabalho, outro estágio marcou a vida da gestora de RH, dessa vez atuando no setor de marketing do SESC-RS. “A experiência me proporcionou uma compreensão abrangente dos processos empresariais, envolvendo desde a recepção e o processamento de notas fiscais até a produção de brindes. Trabalhei com diversos sistemas, atendi ao SAC e entendi como contribuir para a melhoria dos processos internos, aprimorando a eficiência e a comunicação dentro da organização”, destaca.

Em paralelo, Audrey participou das oficinas de aprendizagem do CIEE-RS, realizando cursos sobre comportamento no mercado de trabalho, motivação, entre outros. Ela destacou que as oficinas trouxeram conhecimentos que apoiaram muito no crescimento da sua carreira e que é um grande serviço que o CIEE-RS preta para os jovens e comunidade, desenvolvendo habilidades que são necessárias para o ambiente de trabalho.

Após dois anos atuando no marketing, Audrey conseguiu sua primeira vaga de emprego CLT, como contato comercial em uma agência de viagens. Era responsável pela compra de passagens, principalmente para outras empresas parceiras da agência, função que, pela exigência de responsabilidade e comprometimento, a fez ganhar confiança da sua liderança. A confiança foi recompensada com uma promoção para o setor financeiro, atuando com o contas a pagar e contas a receber.

No Inspira CIEE-RS episódio 9 você confere a trajetória de Audrey, gestora de RH. Em entrevista, ela falou sobre o desenvolvimento de jovens através do estágio.

Descobrindo a vocação e a liderança em RH

O emprego na agência ia bem, mas Audrey ainda não tinha se identificado dentro do setor financeiro, sentia que aquela ainda não era a sua vocação. Na época ela estava cursando administração e recebeu uma indicação de uma colega de faculdade sobre um estágio no setor de recursos humanos no tribunal de justiça.

O estágio era tentador principalmente pela influência de sua família de servidores públicos, que viam ali uma oportunidade da filha se estabilizar na carreira. Audrey realizou o processo seletivo e foi aprovada. Estagiando na área de RH finalmente entendeu sua vocação, terminou o período de 2 anos do estágio e migrou completamente sua carreira.

Após o período no tribunal, ela trabalhou no RH de uma empresa de tecnologia, onde esteve por mais 2 anos atuando com treinamento e desenvolvimento e depois integrou o time do Villela Bank, onde está há seis anos.

Hoje, Audrey coordena uma equipe de 26 pessoas, sua principal atividade é comandar os subsistemas do RH do Villela Bank, são eles:

  • Recrutamento e Seleção
  • Benefícios
  • Pagamentos
  • Contratos
  • Treinamento e Desenvolvimento

Ela também menciona que ainda atua muito próxima ao recrutamento e desenvolvimento de jovens e que, para contratar pessoas que estão ingressando no mercado de trabalho, ela prioriza candidatos alinhados à cultura organizacional e que tenham perfis mais proativos. Questões de conhecimentos técnicos podem ser desenvolvidas internamente e moldadas conforme as necessidades da empresa.

Audrey ainda acrescenta que é crucial selecionar talentos com entusiasmo genuíno e determinação para concretizar projetos significativos: “Jovens com brilho nos olhos são essenciais para fazer acontecer dentro da nossa equipe.”.

Trazendo conhecimento para as próximas gerações

A gestora de RH afirma que por toda a sua carreira precisou enfrentar os medos, abraçando os desafios que apareciam e focando em entender e desenvolver suas habilidades. Audrey também acredita que buscar o crescimento constante, mantendo a curiosidade e a vontade de aprender é uma das coisas mais preciosas que alguém pode fazer por sua carreira, “Lidar com o desconforto, desenvolver a comunicação e buscar crescimento são fundamentais.”, ela destaca.

Para os jovens que estão ingressando no mercado de trabalho, ela recomenda que busquem desenvolver soft skills, como comunicação, inteligência emocional, pensamento criativo e liderança.

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Como o quiet quitting e o quiet ambition estão mudando o ambiente de trabalho? Quiet quitting é um problema para líderes? Confira nesse texto!

A dinâmica do ambiente de trabalho está em constante evolução, mais recentemente, dois conceitos têm ganhado destaque entre colaboradores de diversas esferas: quiet quitting e quiet ambition. Estas tendências refletem uma mudança na mentalidade dos profissionais, especialmente entre os da geração Z, e têm implicações significativas para empresários e líderes de equipes que buscam compreender e responder a essas novas atitudes.


Quiet quitting: A busca por satisfação e desenvolvimento

Quiet quitting, também conhecido como “resignação silenciosa”, é um fenômeno que tem sido observado em várias indústrias e setores. É um termo que surgiu como uma reação à sobrecarga de trabalho e à cultura de estar sempre disponível.

Ele é caracterizado por funcionários que, apesar de estarem satisfeitos com suas carreiras e empregos, começam a se afastar gradualmente da empresa, sem fazer um grande alarde ou drama. Isso pode incluir reduzir o tempo de trabalho, evitar responsabilidades ou simplesmente não se comprometer com o emprego. Aqui estão algumas razões pelas quais você, líder, deve observar e entender o quiet quitting:

  • Satisfação no trabalho: Muitos funcionários que praticam o “quiet quit” estão satisfeitos com suas carreiras e empregos, mas sentem que não estão alcançando seu potencial ou não estão recebendo o reconhecimento que merecem. Isso pode levar a uma sensação de frustração e desânimo.
  • Desenvolvimento profissional: Quiet quitting pode ser um sinal de que os funcionários não estão recebendo as oportunidades de desenvolvimento profissional que precisam. Isso pode levar a uma falta de motivação e engajamento no trabalho.
  • Liderança eficaz: Líderes que não são capazes de identificar e atender às necessidades dos funcionários podem contribuir para o quiet quitting. Isso pode ser resolvido com uma abordagem mais personalizada e flexível de liderança.

Não se trata de uma demissão literal, mas sim de uma decisão consciente de não exceder as responsabilidades contratuais, estabelecendo limites saudáveis entre o trabalho e a vida pessoalEste conceito ganhou força durante a pandemia, quando muitos profissionais começaram a priorizar o bem-estar e a repensar a relação com suas carreiras.

Impactos do quiet quitting para a empresa

Colaboradores que praticam quiet quitting podem estar insatisfeitos com suas carreiras, ambiente de trabalho ou perspectiva de vida, por isso o comprometimento deles vai ser abaixo do esperado. Isso pode eventualmente comprometer entregas de tarefas, acontecimentos de atrasos ou simplesmente da não proatividade da equipe. Por isso é importante reconhecer e agir para que não se crie uma cultura de esforço mínimo na sua empresa.

Quiet ambition: Redefinindo a ambição profissional

Quiet ambition, é a tendência de funcionários que estão repensando suas relações com a empresa, sucesso e ambição profissional, mais presente em colaboradores mais jovens, esses profissionais estão vendo que a dedicação e responsabilidades de líderes e gestores não é o que eles buscam. Preferindo realizar entregas consistentes e podendo priorizar suas realizações pessoais, no lugar de crescer na empresa.

O impacto desse comportamento nas empresas? Segundo um estudo da Visier, aproximadamente apenas 38% dos colaboradores não estão buscando chegar em algum cargo executivo (C-level) nas suas empresas. Os demais acreditam que o investimento de tempo não é compensatório. Veja os principais motivos que estão fazendo os colaboradores aderirem ao quiet ambition:

  • Estresse e pressão: Os profissionais identificam que, ao assumir cargos de gestão, suas responsabilidades e cobranças aumentarão, resultando em maior carga de estresse.
  • Carga horária e disponibilidade ao trabalho: A dedicação que um cargo de gestão pede acompanha mais disponibilidade e flexibilidade de horários, muitos colaboradores preferem não abrir mão do seu tempo.
  • Falta de interesse em cargos de liderança: Muitos planos de carreira podem ser montados e seguidos sem passar por cargos de liderança, a demanda por especialistas e o interesse dos profissionais nessa linha de crescimento tem aumentado.
  • Maior comprometimento com atividades fora do trabalho: As pessoas estão cada vez mais procurando tempo de qualidade fora de seus trabalhos, esse comportamento foi potencializado com a pandemia e trabalho remoto.
  • Experiências prévias com má gestão: Trabalhar com má gestão pode ser uma experiência que vai marcar o profissional, fazendo com que ele perca o interesse em assumir cargos de gestão.
  • Baixas expectativas de crescimento dentro da empresa: Planos de carreira mal elaborados, sem crescimento previsto podem desmotivar o colaborador, fazendo com que ele perca a perspectiva de crescimento e se desmotive.

Impactos do quiet ambition para a empresa

O quiet ambition pode acarretar em gaps na linha de sucessão da gestão da sua empresa, na falta de pessoas qualificadas e interessadas em assumir as responsabilidades de um cargo de gestão. O desânimo crônico que acomete os colaboradores tem se mostrado cada vez mais real e você, como líder, precisa entender quais ações pode tomar para mitigar os riscos de perder talentos dentro da sua empresa.

O quiet quitting e o quiet ambition podem ser prevenidos com liderança engajada e cultura colaborativa. Entenda os impactos dessa tendência na sua empresa.
Liderança engajada e cultura colaborativa podem ajudar a combater o quiet quitting e o quiet ambition. FOTO: Pexels

Estratégias para líderes e equipes

Agora que você entendeu um pouco mais sobre como funcionam e de onde surgem essas tendências de comportamento, é preciso compreender e se munir de ferramentas para lidar com essas realidades na sua equipe. Para líderes e gestores, é crucial desenvolver estratégias eficazes para lidar com esses fenômenos promovendo um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Aqui estão algumas dicas e mecanismos que podem ajudar a reverter ou mitigar essas situações dentro das equipes:

Lidando com o quiet quitting – promova confiança e flexibilidade:

  • Comunicação Transparente: Mantenha canais de comunicação abertos e próximos. Encoraje a cultura de feedback e feedforward na sua empresa. Entender as preocupações dos funcionários pode levar a ajustes que beneficiem todos.
  • Reconhecimento e Valorização: Mostre apreço pelo trabalho bem feito. O reconhecimento pode ser um poderoso motivador e pode ajudar a evitar que os funcionários se desliguem emocionalmente do trabalho.
  • Flexibilidade e Autonomia: Ofereça flexibilidade de horário e a possibilidade de trabalho remoto ou híbrido. Isso pode aumentar a satisfação no trabalho e diminuir a probabilidade de quiet quitting.
  • Oportunidades de Desenvolvimento: Invista em treinamento e desenvolvimento profissional. Colaboradores que veem um caminho claro para o crescimento são mais motivados e tem entregas melhores.

Lidando com o quiet ambition – incentive o crescimento saudável:

  • Ferramentas de Autoconhecimento: Proporcione recursos como terapia, mentoria e palestras para ajudar os funcionários a entenderem melhor suas dinâmicas pessoais e profissionais.
  • Cultura de Colaboração: Encoraje o trabalho em equipe e a colaboração. Profissionais em quiet ambition podem ficar mais confortáveis em alcançar objetivos comuns em vez de buscar resultados individuais.
  • Resistência à Visibilidade: Respeite o desejo de alguns funcionários de permanecerem nos bastidores. Encontre maneiras de valorizar suas contribuições sem forçá-los a buscar visibilidade.
  • Comunicação Transparente com o RH: Certifique-se de que há um entendimento claro das aspirações de carreira dos funcionários e se há interesse interno em cargos de liderança.
  • Planos de carreira e PDI: Elaborar diferentes planos de desenvolvimento junto aos colaboradores pode incentivar a criação de novas jornadas dentro da área de gestão.

Essas estratégias, podem auxiliar a criar um ambiente de trabalho onde os funcionários se sintam valorizados e motivados, reduzindo a incidência de quiet quitting e quiet ambition. É importante lembrar que cada equipe é única, e as soluções devem ser adaptadas às necessidades específicas dos funcionários e da organização.

Adaptando-se às Novas Realidades

Quiet quitting e quiet ambition são tendências recentes que refletem mudanças na sociedade, as pessoas estão revendo o equilíbrio entre as suas relações de vida, tempo e carreira. Essas mudanças estão impactando o ambiente de trabalho e as expectativas dos funcionários. Líderes e empresários devem entender essas novas abordagens para desenvolver e capacitar suas equipes de forma eficaz.

Ao fornecer comunicação aberta, oportunidades de desenvolvimento profissional e reconhecimento, você pode ajudar a prevenir quiet quitting e o quiet ambition, aproximando sua equipe e criando um ambiente de trabalho mais produtivo e eficaz, que promove crescimento e capacitação de profissionais.

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Fábio é o 8º episódio do Inspira CIEE-RS. Estagiário pelo CIEE-RS, hoje dedica sua vida a capacitação de jovens no programa de aprendizagem do Sicredi.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

“Onde você gostaria de estar profissionalmente hoje e por que você não está nesse lugar?”. Essa é uma das perguntas que Fábio Nicoletti, 32 anos, faz — e ajuda a responder — quando identifica um potencial novo contratado para o Sicredi-RS, onde trabalha desde 2019. A história de Fábio, e como ele descobriu sua paixão e vocação para educar é o que vamos contar no oitavo episódio do Inspira CIEE-RS.


Início da trajetória, inspiração e desenvolvimento

Experiência para guiar os aprovados não falta. Fábio começou sua carreira inspirado pela sua irmã, a quem agradece e dá muito crédito pelo seu sucesso. Ele conta que os pais deles tinham um comércio na zona norte de Porto Alegre e que seria a missão de vida dos filhos assumir e perpetuar o negócio. A irmã era inconformada com essa ideia e sempre buscou estudar e se qualificar para buscar colocação profissional.

Essa “rebeldia” acendeu uma fagulha no coração de Fábio, que viu no exemplo da irmã uma oportunidade de também buscar melhores oportunidades para si. O reforço ao incentivo veio quando a irmã indicou que ele se inscrevesse no CIEE-RS para buscar vagas de estágio. Fábio lembra de ir nas reuniões presenciais nos postos de atendimento e buscar as cartinhas de encaminhamento para realizar entrevistas.

Num dos primeiros estágios, o analista de gestão de pessoas encontrou sua vocação na orientação e capacitação de jovens. O garoto conseguiu, na época, uma vaga na Junior Achievement, sediada na Federasul. A vaga possibilitou que Fábio ministrasse cursos para alunos do ensino fundamental de escolas públicas. “Foi ali que eu comecei a me apaixonar pela inserção de jovens no mercado de trabalho”, declara.

Vocação para ensinar e a aprendizagem como caminho

Fábio conseguiu a tão sonhada efetivação. Mas buscando priorizar seu desenvolvimento profissional, ele percebeu que a área de assistente administrativo não o levaria a alcançar seus objetivos. Essa realização o fez trocar o emprego efetivo por um novo estágio na área de RH do Walmart, um passo pra trás para dar dois para frente.

Fábio atuava como estagiário de folha de pagamento e, após se dedicar, outra efetivação, agora para assistente de RH. “Fiquei um ano e oito meses de estagiário e mais cinco anos como efetivo” – ele relembra. Agora como efetivo e, unindo vocação com paixão, ele implementou o programa de aprendizagem no Walmart. Oportunidade que possibilitou a capacitação para diversos jovens.

Após o período no Walmart, Fábio integrou o time de RH das lojas Renner. Novamente contribuindo para o desenvolvimento de colaboradores e inserindo jovens no mercado de trabalho, assunto que inclusive foi tema do seu trabalho de conclusão na graduação em administração de empresas “A inserção do aprendiz no mercado de trabalho”.

Fábio tem uma paixão e vocação pelo desenvolvimento de jovens, atualmente ministra cursos sobre mercado de trabalho. Fábio é o 8º episódio do Inspira CIEE-RS.

Sicredi e reaproximação com o CIEE-RS

Fábio se estabeleceu na área de gestão de pessoas e hoje é coordenador do programa de aprendizagem do Sicredi. Ele destaca que trabalhar na empresa era um sonho para ele, novamente influenciado pela irmã, que também trabalha lá. Fábio contou que se identifica muito com o propósito e valores da instituição, e isso foi fator fundamental para ele buscar oportunidades de atuar lá.

O programa de aprendizagem, realizado em parceria com o CIEE-RS, proporcionou uma reaproximação a qual Fábio diz ser muito grato e faz questão de retribuir as oportunidades que teve. “Tudo que o CIEE-RS me convida eu vou. Eu adoro um evento, adoro uma palestra, adoro estar na frente de jovens, adoro esses momentos de carreira. Isso me move!”.

A frente do programa de aprendizagem do Sicredi, Fábio é referência na formação de jovens dentro da cooperativa. Em 2022, conduziu o processo seletivo do programa de aprendizagem, com 200 inscritos e 21 candidatos escolhidos. Em 2023, liderou um projeto de inserção de pessoas com deficiência na área de tecnologia para selecionar 10 candidatos — que hoje são funcionários da empresa.

Como a organização também é muito presente em escolas e projetos sociais, Fábio tem ministrado cursos e workshops onde compartilha dicas sobre o ingresso e início de carreira.

Dicas para jovens que estão entrando no mercado de trabalho

Com o foco em selecionar jovens, Fábio traz muita experiência na hora de dar dicas para ter sucesso na primeira experiência. Ele indica primeiro que o jovem procure sempre ter o LinkedIn atualizado. Para ele o perfil na rede social é a principal maneira de ser visto pelas empresas e deve ser levado tão a sério quanto o currículo.

Ele também reforça que o desenvolvimento e aprendizado constantes são chave para conseguir se destacar nas entrevistas “É importante procurar estar sempre em movimento, eu sempre indico cursos gratuitos que são disponibilizados em diversos lugares”.

E para os que já estão nas primeiras oportunidades, Fábio diz que para ter destaque é importante estar atento às oportunidades que surgem de desenvolver algum projeto ou crescimento dentro da própria empresa. Muitas vezes a primeira experiência que é oportunizada pode não ser a ideal, mas sempre existe espaço para crescimento.

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Douglas é o sétimo episódio do Inspira CIEE-RS. Iniciando sua trajetória como aprendiz, hoje é sucesso nas redes sociais.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

Douglas Weiss é um sucesso nas redes sociais. O estudante de Publicidade e Propaganda de 21 anos, morador de Gravataí, tem quase 16 mil seguidores no Instagram. O jovem influenciador, que já foi destaque em programas nacionais como o É de Casa, da Rede Globo, hoje ganha a vida produzindo conteúdo criativo e bem humorado para marcas e estabelecimentos. A trajetória de Douglas é o sétimo episódio do Inspira CIEE-RS.


Internato e início da aprendizagem pelo CIEE-RS

A história de Douglas começa, como a de muitos jovens, muito cedo, como diz o poeta: “quem vê close não vê corre”. Já com 13 anos, Douglas fazia serviços de office boy para um comercio local de Gravataí, cidade onde nasceu e mora até hoje. Em 2018, aos 15, por intermédio do CIEE-RS, ele conseguiu uma bolsa de estudos e entrou também como menor aprendiz no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), em Taquara.

Foi indicado para uma bolsa no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), por indicação dos professores e do diretor do colégio em que estudava, o Colégio Adventista, que gostavam dele e enxergavam o seu potencial. A instituição de ensino funciona em regime de internato, o que apresentou um grande desafio para Douglas.

A bolsa era de 50% sobre o valor da mensalidade. Para complementá-la, ingressou no programa de aprendizagem do CIEE-RS. Sua rotina era muito cansativa. Estudava de manhã e realizava a prática da aprendizagem de tarde, carga horária de 4 horas.

“Isso abriu uma porta muito preciosa para mim”, conta. “Primeiro, porque uma oportunidade de emprego é algo que a gente não esquece nunca, mas principalmente porque me deu uma estrutura muito boa para saber como eu devo me portar, me comunicar e apresentar o meu trabalho”, diz.

Seu trabalho no instituto era auxiliar na área de gestão comercial, trabalhava com marketing também. Uma das suas principais atribuições era apresentar a escola para pais interessados. Fazia um trabalho de promoção da escola. “Eu vendia a escola como se fosse Deus no céu e a escola na Terra”, brinca.

Douglas também relata que a experiência na aprendizagem foi muito importante para seu amadurecimento profissional, pois, além de ter sido uma porta de entrada para sua primeira oportunidade profissional, ele conseguiu desenvolver suas habilidades em comunicação, possibilitando que o jovem se aprimorasse no mercado de trabalho.

“Hoje, eu tenho muito contato com empresários, então eu consigo muito estar dos dois lados, de quem é empregado e de quem é empregador. O CIEE-RS me trouxe muito isso, de saber se comunicar e apresentar o seu trabalho, da maneira de se vestir até a maneira para falar com uma empresa. O CIEE-RS pra mim foi uma porta muito preciosa. Não só do trabalho — claro, o primeiro emprego é uma das coisas mais lindas que tem, uma oportunidade de emprego é algo que a gente não esquece nunca — mas também porque me deu uma estrutura, para saber como eu devo me portar na empresa, o que eu devo fazer, quais são os meus direitos. Todo esse enredo aí”.

O programa de aprendizagem foi a primeira experiência profissional formalizada de Douglas. Ele ficou no IACS por dois anos, de 2018 a 2020, até o início da pandemia. Durante o período de lockdown, Douglas se viu em grande aperto, como a mãe não conseguia trabalhar, ele relatou que as contas estavam acumulando e as coisas de casa acabando. E foi em meio a tantas adversidades que o grande momento de Douglas começava.

@doug.weiss – influencer digital

A ideia de fazer os vídeos surge durante a pandemia, para levantar uma grana para ajudar a mãe e os cinco irmãos em casa, já que ela, faxineira, estava impedida de trabalhar. Douglas — ou Doug (@doug.weiss) — sempre foi um vendedor nato. Carismático, comunicativo, persuasivo, e viu nessas características um grande potencial.

“Eu sempre fui uma pessoa muito comunicativa, sempre gostei muito de desenrolar, de conversar, sabe? Tanto que eu ganhei a bolsa no colégio por isso, pela comunicação, porque eles viram em mim alguém que conseguia projetar o colégio para outras pessoas”.

Ele então apresentou o projeto para uma empresária que conhece, dona de uma livraria. Depois de muita insistência, ela topou. E ali nasceu o seu primeiro hit, uma paródia de Din Din Din, da Ludmilla. O vídeo obteve quase 10 mil visualizações e lançou o nome de Douglas na cidade e em toda a região. 

Os conteúdos que Douglas produz são, na maioria das vezes, paródias de músicas dos seus artistas favoritos, mas também cria rimas, dublagens, posts patrocinados, entre outros formatos. Uma mistura de trabalho autoral com sacadas para surfar as trends do momento. Uma fórmula que tem funcionado muito para o jovem. 

Hoje, Doug está estudando Publicidade e Propaganda. Possui contrato com marcas e usa as redes sociais para se comunicar também com a sua base de seguidores (que chama de “seguidougs”) “Lá eu exponho também um pouco da minha vida, meu dia a dia, meus corres, prazeres e desprazeres, tudo”.

Dicas para quem está começando no mercado de trabalho

Para ele, o mais importante é ter força de vontade:

O querer é poder né, porque o que a gente mentaliza, o que a gente coloca pro universo, principalmente Deus, acontece. Eu quero meu primeiro emprego, eu quero me destacar, eu quero crescer, eu quero ganhar bem, eu quero… Entendeu? Eu acredito muito nessas palavras que são exclamativas, entendeu? Te chamando pra isso. Então eu acredito que é muita força de vontade e vamos lá!”

Douglas também diz que a dedicação com o trabalho e saber abraçar as oportunidades que aparecem é muito importante. O jovem diz que a caminhada de todo mundo começa de baixo, mas é preciso comprometimento para alcançar os próximos degraus.

“Se o teu primeiro degrau é trabalhando numa padaria, num mercado, numa loja de roupa, esse é só o primeiro degrau, porque eu tenho certeza que outros deles vão crescer. Como eu te falei, eu jamais, nunca perguntei para eles o que eu ia fazer, eu queria oportunidade, eles tiveram, eu comecei ali, como na parte de assistente de marketing, trabalhei lavanderia, tudo que tu possa imaginar, mas foi o meu degrau, entendeu?”

O influencer @doug.weiss é sucesso com suas criações no Instagram, atualmente ex aprendiz tem mais de 15 mil seguidores e produz conteúdo para diversas marcas.
Douglas divulgando sua participação em um podcast. Foto: Instagram @doug.weiss

A importância de seguir se desenvolvendo

Doug afirma que “mar calmo não faz bom marinheiro”, e ainda completa que é necessário sair da zona de conforto para crescer. Lembrando da sua experiência no internato, onde teve que se mudar para um lugar onde não conhecia ninguém e passou por muitos momentos ruins, mas tudo isso fez ele crescer, pessoalmente e profissionalmente.

O jovem também destacou a importância que o CIEE-RS teve na sua vida, principalmente com o comprometimento com a formação de cidadãos. Preparando as futuras gerações para o mercado de trabalho e para a vida.

Eu acredito muito que a importância do CIEE-RS é para formar não só trabalhadores, mas pessoas. Pessoas que vão ser profissionais, entendeu? Eu acredito muito que ninguém quer ser empregado pelo resto da vida. Chega uma época que tu quer crescer e eu acho que é essa a visão do CIEE-RS passa. Hoje, eu cuido da minha empresa, eu sou MEI, né? E eu vejo muito, se eu tivesse que contratar uma pessoa a trabalhar, eu tenho certeza que eu contrataria do CIEE-RS. Por já ter essa experiência, por passar por um treinamento, porque a pessoa vai uma vez por semana lá, tem que prestar conta, tem que mostrar as notas, sabe? Então eu acho que isso é muito legal.

Futuro

Doug diz que a aprendizagem foi apendas o início de sua trajetória e que ainda tem um grande caminho pela frente, que está empolgado pelas possibilidades que esse caminho pode trazer. “Foi o meu primeiro degrau. Eu pisei nele e consegui crescer, ter as minhas coisas, me preparar para trabalhar através do meu talento, na internet, com pessoas que gostam de me assistir, de comprar as ideias que eu trago para elas. É muito bacana”.

A experiência adquirida nesses dois anos, somada ao talento natural de Douglas, acabou dando a ele suporte e confiança para que conseguisse superar um momento de grande adversidade. Nesses quase quatro anos como influenciador, ele já atendeu mais de 500 marcas e tem conseguido realizar muitos sonhos, como conhecer a sua ídola, Ludmilla.

Doug diz que a aprendizagem foi apendas o início de sua trajetória e que ainda tem um grande caminho pela frente, que está empolgado pelas possibilidades que esse caminho pode trazer. “Foi o meu primeiro degrau. Eu pisei nele e consegui crescer, ter as minhas coisas, me preparar para trabalhar através do meu talento, na internet, com pessoas que gostam de me assistir, de comprar as ideias que eu trago para elas. É muito bacana”.

Voa, Douglas!

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Há 55 anos o CIEE-RS vem gerando mais de 3 milhões de oportunidades para jovens e estudantes com os programas de estágio e aprendizagem.

Começamos abril, mas esse abril é um mês especial, esse mês estamos celebrando um legado. Cinquenta e cinco anos atrás, um coletivo visionário de 30 líderes empresariais de Porto Alegre e arredores decidiu adotar uma iniciativa pioneira, nascida em São Paulo cinco anos antes. Unidos por um propósito comum de transformar o destino de jovens em todo o estado, eles deram vida ao CIEE-RS.

Naquele momento, talvez não se percebesse, mas se plantava a semente do que se tornaria o principal agente de integração do Rio Grande do Sul, gerando mais de 3 milhões de oportunidades transformadoras. O CIEE-RS emergiu como um catalisador de desenvolvimento, inserção profissional, projetos sociais inovadores e, acima de tudo, mudança de vidas. Ao revisitar os últimos 55 anos, destacamos os pilares da nossa trajetória, os programas que definem nossa atuação e as promessas que o futuro nos reserva no CIEE-RS.


Celebrando 55 anos e inspirando histórias

Ao longo de 55 anos de história, o CIEE-RS vem sendo uma bússola orientadora para jovens em busca de um futuro promissor. Desde a nossa fundação, temos nos dedicado a abrir caminhos para o desenvolvimento humano, social e profissional, atuando como uma ponte entre estudantes e o mercado de trabalho. Cada estágio intermediado, cada programa de aprendizagem implementado não apenas contribui para a formação de carreiras bem-sucedidas, mas também para a construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos.

Inspirar é uma palavra que acreditamos nos definir bem. Para isso, criamos a série Inspira CIEE-RS, que traz relatos de histórias que foram mudadas pela nossa ação. No Inspira, você pode conferir a trajetória de estudantes, jovens e aprendizes que, com nosso auxilio conquistaram carreiras de sucesso. Histórias como a de Ana, que aproveitou as oportunidades oferecidas para alavancar sua carreira, são um testemunho do nosso impacto transformador.

Celebrar 55 anos é celebrar cada história transformada, cada sonho realizado e cada barreira superada. É olhar para trás e ver uma trilha de realizações que se estende ao horizonte e saber que, para cada jovem que passa pelo CIEE-RS, há um mundo de possibilidades que se abre.

O programa de estágio, inserindo jovens na prática profissional

O programa de estágio foi nossa primeira razão de existir, vemos no estágio a oportunidade de ensino ao jovem, de maneira mais clara e objetiva, sobre as atividades da profissão a qual ele está em formação. Através do programa de estágio, inserimos mais de 2800 jovens no mercado de trabalho todo mês. São milhares de oportunidades geradas e estudantes que estão se qualificando e se preparando.

A pesquisa sobre o Perfil do Estagiário, desenvolvida de maneira inédita, mostrou como muitos estudantes veem a relação trabalho/estudo, suas aspirações e objetivos de crescimento de carreira. Com sua primeira realização em 2023, a pesquisa está em desenvolvimento da sua segunda edição, atualizada e mais completa! Para conferir o report de 2023, acesse aqui!

E visando melhorar a experiência do estudante que busca uma oportunidade, bem como da empresa que está abrindo uma vaga nova. Em 2022 lançamos a plataforma Conjuntos, que revolucionou a maneira que esses universos entram em contato. Através da conjuntos facilitamos a interação, seleção e condução do programa de estágio, beneficiando milhares de estudantes e empresas. Saiba mais sobre como as soluções da Conjuntos podem te ajudar.

Aprendizagem no CIEE-RS, oportunidades de colocação no mercado de trabalho

Implementamos o programa de aprendizagem no CIEE-RS em 2008, 8 anos após a regulamentação da Lei da aprendizagem. Nesses anos, beneficiamos milhares de aprendizes a conquistarem mais independência através inserção no mercado de trabalho. Diminuindo a evasão escolar e fortalecendo os laços do jovem com a sua família e comunidade. No programa de aprendizagem oferecemos diversos cursos, com atividades que possibilitam a atuação em variadas áreas do mercado de trabalho, como:

  • Ocupações Administrativas;
  • Comércio Atacado e Varejo;
  • Frentista;
  • Logística;
  • Auxiliar de Produção;
  • Telemática;
  • Auxiliar em Alimentação – Cozinheiro;
  • Auxiliar em Alimentação – Atendente de Lanchonete;

Entendemos que para muitos jovens, a aprendizagem significa uma primeira oportunidade de colocação, experiência e crescimento profissional. Buscando compreender melhor como nós, as empresas, instituições e comunidade em geral pode apoiar esses jovens, criamos e realizamos a primeira edição da Pesquisa do Perfil do Aprendiz.

O report, publicado no início de 2024, trouxe um panorama completo sobre como a geração dos novos aprendizes está pensando e se relacionando com o ambiente profissional. Quais são suas motivações, ambições e objetivos. Acesse o relatório aqui para saber tudo sobre o perfil desses jovens.

E o programa que já trazia muitos benefícios para a sociedade ganhou mais força, desde outubro de 2023 as inscrições, abertura de vagas e processos seletivos para jovens e empresas que buscam aprendizes passou a ser realizado pela nossa plataforma Conjuntos. Integrando nossas atividades e agilizando os processos.

Atividade socioeducativa dos programas sociais do CIEE-RS, visita com jovens a Biblioteca Pública. Desenvolvemos projetos sociais com grande impacto social.
Atividade socioeducativa realizada com jovens dos programas sociais do CIEE-RS, visita com jovens a Biblioteca Pública.

Projetos sociais e apoio a comunidade

Nossa essência reside em ser o alicerce para a sociedade, fomentando caminhos para o desenvolvimento e ascensão. Os projetos sociais que idealizamos e executamos em colaboração com o governo e entidades parceiras representam uma das mais significativas formas de oferecer esse suporte, consolidando as bases das comunidades. Juntos, tecemos uma ampla rede de apoio, instrução e possibilidades para a juventude, fortalecendo o tecido social com cada iniciativa.

  • Pod – Criado em parceria com o Governo do Estado, o Programa de Oportunidades e Direitos Socioeducativos busca atender os egressos da FASE (Fundação de Atendimento Socioeducativo) do Rio Grande do Sul, incentivando o jovem a ressocialização através da inclusão no mundo do trabalho. O POD também conta com acompanhamento psicossocial para os jovens, atuando para diminuir a reincidência criminal e promovendo a reinserção familiar.
  • Jovem 360 – Inaugurado em 2024 e nosso mais novo projeto, o Jovem 360 tem como principal força a assistência completa ao jovem. Para isso, o projeto adota uma abordagem abrangente, incluindo em seu escopo áreas cruciais como saúde e bem-estar, educação, fortalecimento de vínculo, qualificação profissional, empreendedorismo juvenil, cultura, esporte e lazer diversidade e educação digital. Ainda em fase piloto, a iniciativa tem duração de 12 meses, atuando nas cidades de Porto Alegre, São Leopoldo e Santa Maria.
  • CJ – O Centro da Juventude Alvorada atua com jovens em situação de vulnerabilidade social da cidade. Oferecendo ações que promovem o acolhimento e integração dos jovens, famílias e comunidade. O Centro da Juventude faz parte do grupo de iniciativas do Programa de Oportunidades e Direitos, realizado também em parceria com o governo do Estado.
  • Reintegrar – O Projeto Reintegrar, uma iniciativa inovadora no Brasil, visa proporcionar formação profissional a adolescentes e jovens que estão cumprindo medidas socioeducativas na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase). Através do programa de aprendizagem, esses jovens são contratados como aprendizes, com registro em carteira de trabalho e acesso a todos os direitos e benefícios legais. Além disso, eles recebem treinamento profissionalizante nas instalações da Fase.
  • Hora do ENEM – Em parceria com o Banrisul, disponibilizamos, em 2023, um programa educacional que oportunizou 1000 bolsas de estudo digitais para o ENEM, possibilitando mais chances de entrada na vida acadêmica para estudantes de todo o estado.
  • Oficinas Presenciais e Digitais – Buscando ampliar a educação dos jovens em técnicas, habilidades, conhecimentos e comportamentos sobre o mercado de trabalho, criamos as oficinas e palestras. Elas são gratuitas para o público acima de 14 anos. As oficinas são estruturadas a partir de 3 principais eixos temáticos: Cidadania e Fortalecimento de Vínculos; Mundo do Trabalho; e Geração de Renda e Mobilidade Social.

Que venham os próximos 55 anos

Começando a celebração dos 55 anos do CIEE-RS, nós, mais do que nunca, reafirmamos nosso compromisso com a juventude e o futuro do nosso país. Nós somos a prova de que, com dedicação e parcerias estratégicas, é possível transformar a vida de milhares de jovens, equipando-os com as ferramentas necessárias para não apenas ingressar no mercado de trabalho, mas para nele prosperar e se destacar.

Nós olhamos para o futuro com esperança e determinação, sabendo que nosso trabalho tem um propósito maior: o de capacitar e inspirar. Cada projeto que iniciamos, cada parceria que formamos e cada vida que tocamos, nos aproxima ainda mais de um Brasil onde o acesso à educação e ao trabalho digno é uma realidade para todos. Este é o legado que construímos ao longo desses 55 anos e é o mesmo legado que continuaremos a construir nos próximos anos.

Que nossa jornada seja sempre pautada pela paixão em fazer a diferença, pelo compromisso com a excelência e pela crença inabalável no potencial humano. Juntos, nós somos mais fortes, e juntos, nós continuaremos a mudar vidas e transformar histórias. Porque no CIEE-RS, nós não apenas acreditamos no futuro; nós o criamos todos os dias.

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Como líder, você precisa garantir os recursos para garantir o crescimento da equipe, criando times de alta performance. O PDI vai te ajudar com isso.

Um dos principais fatores para manter a motivação no ambiente de trabalho é o desenvolvimento da sua equipe, uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Half apontou que líderes abertos a auxiliar e apoiar os liderados são um dos 5 principais fatores que contribuem para a felicidade na empresa. E 94% dos profissionais acreditam que a satisfação é influenciada pela atuação da liderança.

Mas o que você como líder pode fazer para contribuir para isso? É aí que o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) entra em cena como uma ferramenta poderosa para impulsionar o crescimento profissional e o engajamento dos colaboradores.


O PDI é muito útil no processo de empoderar os colaboradores na sua jornada de desenvolvimento. Mantendo sua equipe valorizada e motivada. Neste texto, vamos explorar o universo dos PDIs, desde sua definição, benefícios e exemplos até a criação de um plano eficaz e personalizado para cada membro da sua equipe.

O que é um PDI?

O PDI é um plano personalizado e individual que tem por objetivo o desenvolvimento profissional de cada colaborador. Ele é elaborado pelo colaborador, com apoio da sua liderança, levando em consideração as habilidades, necessidades e objetivos do colaborador, bem como as metas da empresa. 

Após a elaboração de um PDI, o profissional tem mapeado os seus pontos fortes e seus pontos a desenvolver, e é a partir daí que o profissional deve traçar os seus objetivos a serem alcançados e as ações que irão contribuir para isso. A duração de um PDI não é fixa, mas pode durar, em média, de três meses e um ano. Variando conforme complexidade e objetivo do PDI.

Benefícios do PDI para gestores e colaboradores

Por ser um plano elaborado em conjunto, visando atingir as expectativas tanto do profissional quanto das metas da empresa, o PDI oferece diversos benefícios para gestores e colaboradores:

Para gestores:

  • Melhora o desempenho da equipe: O investimento no desenvolvimento individual dos colaboradores contribui para o aumento da produtividade, da qualidade do trabalho e da criatividade da equipe.
  • Aumenta a retenção de talentos: Colaboradores que se sentem valorizados e que têm oportunidades de desenvolvimento são mais propensos a permanecer na empresa.
  • Facilita o planejamento de sucessão: O PDI ajuda a identificar potenciais líderes e futuros talentos dentro da equipe.

Para colaboradores:

  • Aumenta o autoconhecimento: O PDI leva o colaborador a refletir sobre suas habilidades, pontos fortes e fracos, e objetivos de carreira.
  • Promove o desenvolvimento profissional: O PDI oferece ao colaborador a oportunidade de adquirir novas habilidades e conhecimentos, aprimorar suas competências e alcançar seus objetivos de carreira.
  • Aumenta a motivação e o engajamento: Colaboradores que se sentem valorizados e que têm oportunidades de desenvolvimento são mais motivados e engajados no trabalho.

Como criar um PDI eficaz

Para aproveitar os benefícios da aplicação de um PDI é muito importante que ele seja bem planejado e executado, a etapa de ideação dele muitas vezes pode demorar um pouco mais, mas é necessário para garantir a sua eficácia. A criação de um PDI eficaz envolve os seguintes passos: 

1. Entenda seu cenário

  • Entenda quais são os objetivos e metas de carreira dos seus colaboradores, isso vai ajudar a você ter um panorama sobre seus desejos e sonhos. Assim você sabe por onde começar o desenvolvimento de cada PDI.
  • Utilize conversas informais e momentos formais estratégicos, como reuniões de feedback, para realizar esse levantamento de informações. Reforce que a organização tem interesse no desenvolvimento de talentos.

2. Defina os objetivos:

  • Comece por definir os objetivos do PDI, tanto para o colaborador quanto para a empresa, lembre-se que o PDI é individual e jamais será igual para dois ou mais colaboradores.
  • Os objetivos do PDI devem ser específicos, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporizáveis para que você consiga metrificar a eficácia da implantação.

3. Avalie as competências:

  • Realize um mapeamento das habilidades e competências do colaborador, para ter um levantamento de pontos bons e pontos de melhoria.
  • Utilize ferramentas como feedbacks, avaliações de desempenho e testes de perfil profissional, além de outras diversas métricas de desempenho de colaboradores.

4. Identifique as necessidades:

  • Com base na avaliação de competências, identifique as lacunas de desenvolvimento do colaborador.
  • Quais habilidades o colaborador precisa desenvolver para alcançar seus objetivos, quais comportamentos podem ser aprimorados? Identificando esses pontos de melhora é possível passar ao plano de ação.

5. Estabeleça ações:

  • Defina ações específicas para o desenvolvimento do colaborador, essas ações tem que ser alinhadas juntamente ao colaborador, é importante que ele participe e cocrie todo o processo para que fique engajado e consiga executar o PDI.
  • As ações podem incluir treinamentos, cursos, workshops, leituras, mentorias, projetos desafiadores etc.

6. Acompanhe e avalie:

  • É importante acompanhar o progresso do colaborador e avaliar a efetividade do PDI.
  • Estabeleça a realização de feedbacks periódicos e ajuste o PDI caso seja necessário.
  • O PDI é um processo cíclico, após a conclusão de um plano, é possível iniciar outro para que outras habilidades sejam trabalhadas.
  • Considere a evolução do crescimento e perspectiva de futuro geradas com os planos. Seus colaboradores tem ambições e vontade de crescimento, e veem o PDI como uma oportunidade para alavancar suas carreiras.
Líder e colaborador desenvolvendo um PDI para garantir que o engajamento e metas estejam alinhados com os propósitos da empresa e perspectivas do colaborador.

Modelo para criação de PDIs

Como é um plano adaptável e individual, não existe uma regra única para criar um PDI, mas é importante definir como sua empresa vai trabalhar os planos e a partir disso criar uma organização dos dados. Isso vai facilitar a gestão dos dados e a avaliação das métricas estabelecidas. Apesar de não existir um formulário padrão, é importante estar atento para alguns elementos essenciais para um formulário de PDI, por exemplo:

  • Perfil do colaborador: nome, cargo, principais atividades, tempo na empresa, grau/faixa salarial;
  • Objetivos de carreira: metas profissionais de curto, médio e longo prazo (de preferência, com datas estimadas);
  • Objetivos de desenvolvimento: metas profissionais e pessoais de crescimento que impactam em suas demandas (como hard e soft skills);
  • Oportunidades de treinamento: atividades que o colaborador gostaria de realizar para evoluir na empresa (de preferência, com datas estimadas). Pode incluir: treinamentos formais em sala de aula, cursos online, tarefas rotativas ou de acompanhamento, programas de estudos, conferências ou seminários, entre outros.

Observações:

  • É importante que o profissional esteja comprometido com o seu PDI e que você, como líder, acompanhe o seu progresso e forneça feedback de maneira regular.
  • O PDI é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento individual e coletivo da equipe. Ao investir no PDI, você consegue impulsionar a performance da equipe, aumentar a retenção de talentos e alcançar os objetivos da empresa de maneira mais ágil e certeira.

Dicas para o sucesso para o seu plano de desenvolvimento individual

  • Envolvimento do colaborador: Lembre-se, o colaborador deve ser o protagonista do seu PDI, sem o envolvimento e comprometimento dele não existe possibilidade de sucesso e resolução de um PDI.
  • Flexibilidade: O PDI deve ser flexível e adaptável às necessidades do colaborador e da empresa, mesmo durante a execução dele. Caso seja necessário, reavalie e adapte o plano.
  • Acompanhamento e avaliação: É fundamental acompanhar o progresso do PDI e realizar avaliações periódicas, garantindo o cumprimento e a eficácia dele, as avaliações e feedbacks também ajudam a manter seu colaborador mais engajado e motivado na realização do PDI.

Ferramentas para criação de PDI

Com o avanço das tecnologias, as equipes de RH ganharam um forte aliado, que ampliou a capacidade e força da implantação dos PDIs. As ferramentas de automatização do PDI permitem a criação e gerenciamento de planos de desenvolvimento individual a partir de modelos eficientes e personalizáveis. Essas ferramentas trouxeram uma abordagem mais eficiente, com indicadores e métricas que garantem a análise e execução do plano de desenvolvimento individual de acordo com o momento atual da empresa e dos colaboradores.

Contar com uma ferramenta para auxiliar essa tarefa, permitirá à organização empregar indicadores adequados para medir o sucesso das ações e o alinhamento com as metas estabelecidas, além de acompanhar o crescimento dos indivíduos e de otimizar a precisão das abordagens utilizadas e alocação de recursos.

Além disso as ferramentas de automação de PDIs agilizam o processo de busca, armazenamento, coleta e segurança dos dados. Isso possibilita a criação e gerenciamento de diversos planos simultâneos, otimizando o tempo dedicado das equipes de recursos humanos.

Conclusão

Como vimos aqui, o PDI é um instrumento muito útil para o desenvolvimento individual de cada colaborador e da sua equipe como um todo. Investir na criação e implantação de PDIs é muito benéfico para sua empresa.

Você, como líder, precisa garantir os recursos necessários para impulsionar o crescimento continuo da equipe, aumentando a criação e retenção de talentos e criando times de alta performance, que vão alcançar as metas da sua empresa.

O PDI é um processo contínuo que deve ser revisto e atualizado periodicamente para garantir que esteja alinhado com os desejos do profissional e às metas da organização. E para isso, ferramentas de criação e gerenciamento de planos de desenvolvimento individual são grandes aliados para otimizar esse processo de forma ágil.

Esperamos que este guia tenha sido útil! Se você tiver alguma dúvida ou comentário, comenta aqui abaixo!

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Aproveitar as oportunidades para se desenvolver é o segredo para uma carreira de sucesso? Descubra com Ana Carolina Neu, o sexto personagem do Inspira CIEE-RS.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

Qual é o segredo para alcançar o sucesso profissional em um mercado competitivo e dinâmico? Muitas vezes é sobre entender os passos para trás necessários para ir mais adiante. Neste texto, vamos contar a história de Ana Carolina Neu, uma mulher que soube aproveitar as chances que apareceram em seu caminho e se tornou líder de RH em uma multinacional. Ela é o sexto personagem da série Inspira CIEE-RS.


Ouça o texto na íntegra

Ana Carolina Neu, 33 anos, é natural de Santa Cruz do Sul, um polo da indústria fumageira no Brasil. Ela iniciou sua trajetória profissional como auxiliar de escritório, estudando administração na UNISC, não estava contente com a situação que se encontrava, ela queria mais.

Foi então que, depois de uma amiga sugerir que concorresse a uma vaga de estágio pelo CIEE-RS na multinacional British American Tobacco (BAT), antigamente conhecida como Souza Cruz, ela percebeu uma oportunidade de ouro.

Ela largou o emprego e se candidatou ao estágio, mesmo sem ter muita experiência na área de RH. Para muitos essa seria uma decisão precipitada e arriscada, Ana tinha emprego fixo, carteira assinada, estabilidade. Mas ela viu que esse processo seletivo seria o primeiro passo para a mudança de sua vida.

O início do estágio na BAT

O processo seletivo para o estágio na BAT foi longo e muito concorrido. Ana teve que esperar seis meses até ser chamada para a entrevista, que coincidiu com o dia do seu aniversário, em 8 de dezembro de 2011. Ela lembra que foi um presente e tanto.

Ela foi aprovada e começou a trabalhar no setor de RH da empresa, onde ficou por dois anos. Nesse período, ela aprendeu muito sobre as rotinas e os processos da área, além de desenvolver habilidades como comunicação, liderança e trabalho em equipe.

Ela também se destacou pela sua proatividade e iniciativa. Relatou que o estágio foi uma excelente oportunidade para mergulhar nos processos da empresa. Ela sempre buscava ações para melhorar o desempenho do setor e da empresa, e não tinha medo de levantar a mão e dizer que queria participar de novos projetos e desafios.

Essa atitude foi determinante para que ela fosse notada pelos gestores e colegas, e também para que ela pudesse crescer na carreira. Ela conta que, para os jovens que querem se desenvolver profissionalmente, é preciso ir com calma e pensar e focar em crescer, apoiando a empresa e buscando ações que proponham esse crescimento.

A contratação efetiva e as novas oportunidades

Infelizmente, o contrato de estágio de Ana chegou ao fim, e após dois anos, ela teve que se despedir da BAT. Mas ela não desistiu de seu sonho de trabalhar na empresa. Ela sabia que tinha feito um bom trabalho e que tinha deixado as portas abertas.

Ela aproveitou o tempo fora da empresa para se qualificar ainda mais, fazendo cursos e buscando novos conhecimentos na área de RH. Ela também se manteve em contato com os antigos colegas e gestores, demonstrando interesse em voltar.

Ela não precisou esperar muito. No ano seguinte, ela recebeu uma ligação da BAT, oferecendo-lhe um cargo efetivo na empresa. Ela não pensou duas vezes e aceitou a proposta. A proposta era para atuar em Itajaí (SC), fazendo auditoria em pontos de venda e distribuição da empresa.

Ela conta que essa foi uma experiência incrível, que lhe permitiu conhecer outras áreas da empresa, além de viajar por Santa Catarina e pelo norte do Rio Grande do Sul e, eventualmente por todo o país. Ela conta que esse período foi essencial para conhecer mais do portfólio de produtos da BAT.

Ela passou dois anos como auditora, até que sentiu vontade de voltar para Santa Cruz do Sul, sua cidade natal. Ela viu que havia uma vaga na área de capacitação de produtores agrícolas, e se candidatou. Ela conseguiu o cargo, que envolvia o treinamento e o acompanhamento de 27 mil produtores integrados, transportadores e orientadores agrícolas.

Após apostar na sua carreira, Ana Carolina se desenvolveu e teve muito sucesso na BAT, confira a história da sexta personagem do Inspira CIEE-RS

A pandemia e a adaptação ao trabalho online

Ana estava feliz com seu novo cargo, mas logo teve que enfrentar um grande desafio: a pandemia de Covid-19. Ela teve que se adaptar ao trabalho remoto, e encontrar formas de seguir capacitando os produtores, mas online.

Ela diz que uma das maiores dificuldades que enfrentou foi o fato de as pessoas do campo não costumarem ficar em frente a um computador. Ela teve que usar a criatividade e a tecnologia para manter o engajamento e a qualidade dos treinamentos.

Ela afirma que, apesar das dificuldades, a pandemia também trouxe oportunidades de inovação e de aprendizado. Ela diz que conseguiu ampliar o alcance e a frequência dos treinamentos, e que recebeu feedbacks positivos dos produtores, que se sentiram valorizados e apoiados pela empresa.

A volta ao RH como coordenadora

Depois que a pandemia passou, Ana se inscreveu em um programa interno da BAT, que permitia que os funcionários conhecessem outras áreas da empresa. Ela foi selecionada para trabalhar na área de sistemas de gestão, como o EWS, que é um sistema de monitoramento e controle de qualidade.

Ela diz que essa foi mais uma oportunidade de aprender e de se desenvolver, e que suas iniciativas nessa área chamaram a atenção dos gestores de RH, que a convidaram para voltar ao setor, mas agora como coordenadora.

Ela aceitou o convite, e hoje, de volta ao RH, mas agora como líder, afirma que o estágio pelo CIEE-RS foi fundamental para que ela pudesse adquirir mais responsabilidade, conhecimento e visibilidade na empresa. Ela diz que aproveitou o estágio para ajudar a pensar em como fazer melhor e deixar a sua marca. Foi p primeiro passo para uma carreira de muito sucesso.

Os planos para o futuro

Ana Carolina Neu não para de sonhar e de buscar novos objetivos. Ela diz que sua meta agora é se tornar gerente de RH na BAT, e quem sabe, trabalhar fora do país.

Ela diz que a empresa oferece muitas possibilidades de crescimento e de mobilidade internacional, e que ela está sempre atenta às oportunidades que surgem. Ela também diz que continua se capacitando e se atualizando, para estar preparada para os novos desafios.

Ela deixa uma mensagem para os jovens que estão começando sua carreira, e que querem se inspirar em sua história:

“Não tenha medo de arriscar, de mudar, de sair da sua zona de conforto. Aproveite as chances que aparecem, e faça o seu melhor em cada uma delas. Busque aprender sempre, e não se compare com os outros. Cada um tem seu tempo e seu caminho. E, acima de tudo, seja grato pelas pessoas que te ajudam e te apoiam ao longo da jornada.”

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Inspira CIEE-RS 05 | Silvana é uma ativista social que superou muitas dificuldades e desafios para realizar seus sonhos e fazer a diferença na vida das pessoas.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

Silvana Nascimento Cunha é uma empreendedora e ativista social que superou muitas dificuldades e desafios para realizar seus sonhos e fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Ela é a fundadora da ONG Semear, que atende crianças carentes em Pelotas, oferecendo educação, alimentação, lazer e oportunidades de desenvolvimento. Neste artigo, você vai conhecer a história inspiradora de Silvana, que é a quinta personagem da série Inspira CIEE-RS, que traz mensalmente histórias de pessoas ligadas à instituição que se destacam por suas trajetórias de superação e sucesso.


Ouça o texto na íntegra:

Uma infância humilde e uma oportunidade de ouro

Silvana nasceu em uma família humilde e que, como muitas outras do nosso país, viveu com dificuldades. Ela conta que desde cedo aprendeu a valorizar o que tinha e a não desistir dos seus objetivos. Ela sempre estudou em escolas públicas e se esforçava para tirar boas notas, pois sonhava em ter uma profissão e uma vida melhor.

E a oportunidade eventualmente apareceu, Silvana fala que é muito grata ao CIEE-RS por ter aberto as portas para ela ao mercado de trabalho, com uma vaga de estágio na Caixa Econômica Federal, na entrada da maioridade. A experiência, que se estendeu por um ano, a ajudou a obter um emprego logo depois em uma terceirizada do banco, na qual ficou por cinco anos. O exemplo da atuação do CIEE-RS ligou uma faísca que ainda se tornaria algo muito grande na vida de Silvana.

O amor, a maternidade e a vontade de fazer a diferença

Silvana se casou e, algum tempo depois, engravidou do seu primeiro filho. Ela decidiu deixar o emprego de lado para se dedicar à maternidade e aos cuidados da família. Depois também teve outra filha e se viu envolvida com a criação dos seus dois filhos, hoje com 19 e 17 anos.

Para garantir o sustento da família, Silvana e o marido optaram por cuidar da empresa familiar, um comércio. Mas a raiz de assistência social já surgia ali, Silvana relata que ela morava em uma região com uma grande população carente e sentia que devia ajudar em alguma maneira.

Silvana em uma ação de natal para crianças na ONG Semear, ela é a quinta história do Inspira CIEE-RS e um exemplo em em assistência social.

A criação da ONG Semear e a assistência social

Em 2017, após o fechamento do comércio, Silvana e o marido fundaram a ONG Semear, com o objetivo de ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade social. No início, eles atendiam moradores de rua, oferecendo refeições, cestas básicas e doação de agasalhos. Eles também faziam campanhas de arrecadação de alimentos, roupas e brinquedos para distribuir nas comunidades carentes.

Um dia, enquanto distribuíam cafés na cidade, eles receberam um conselho de um morador de rua, que mudou a sua visão. Ele disse: “Vocês estão fazendo um paliativo. Por que não trabalham com crianças para no futuro distribuírem menos cafés?”. Silvana ficou tocada com as palavras e percebeu que ele tinha razão.

Ela pensou que se trabalhasse com as crianças, poderia atuar mudando o futuro delas e talvez até evitar que elas se tornassem moradores de rua no futuro. Lembrando também da atuação do CIEE-RS na vida dos jovens, ela decidiu, então, mudar o foco da ONG e se dedicar à educação e ao desenvolvimento infantil.

Hoje, a ONG Semear atende mais de 150 crianças, de 6 a 14 anos, que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social. Elas recebem alimentação, acompanhamento pedagógico, atividades recreativas, culturais e esportivas, além de orientação psicológica e social. A ONG conta com a ajuda de voluntários e doações, além da parceria estabelecida com o CIEE-RS, para encaminhar os jovens que saem da ONG para programas de aprendizagem e estágio. Parceria esta que começou a ser costurada no início da vida profissional de Silvana.

Uma história de inspiração e motivação

Atualmente Silvana realiza um sonho antigo, o de estudar e se aperfeiçoar. Ela faz a faculdade de Gestão e Organização do Terceiro Setor, um curso que a auxiliou a profissionalizar a atuação da ONG Semear. E durante a faculdade precisou fazer estágio obrigatório e mais uma vez a proximidade com o CIEE-RS abriu portas para ela. Foi chamada para estagiar na Câmara Municipal, onde coloca em prática os seus conhecimentos e habilidades.

Silvana é um exemplo de mulher guerreira, que não se deixou abater pelas dificuldades e que transformou a sua vida e a de muitas crianças com o seu trabalho social. Ela deixa uma mensagem para os jovens que querem seguir os seus passos: “Às vezes a motivação acaba, então, é preciso ser persistente e ter constância no que se faz. Tudo é difícil, mas a gente tem que escolher o difícil mesmo assim e seguir adiante”. Palavras de quem viveu o que diz.

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