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Saúde mental no trabalho: descubra como promover o bem-estar dos colaboradores e aumentar a produtividade da sua empresa. Saiba como líderes e RH podem criar um ambiente de trabalho mais saudável e feliz.

A saúde mental no ambiente de trabalho já foi considerado um assunto tabu, mas hoje se tornou uma questão central nas discussões sobre bem-estar e produtividade. A pressão por resultados, competitividade acirrada e as mudanças constantes no mercado de trabalho têm deixado marcas significativas na saúde mental dos colaboradores, transtornos relacionados a saúde mental são a terceira maior causa de afastamentos do trabalho no Brasil, segundo a Justiça do Trabalho.

Com esse panorama, o papel de lideranças, gestores e departamentos de RH é de criar e promover espaços de cuidado para seus colaboradores, incentivando culturas que fomentem a troca e o acolhimento. Garantindo que o ambiente de trabalho também seja um ambiente seguro e confortável para todos.

Este texto vai mostrar como você, líder, pode entender melhor a importância da saúde mental no ambiente corporativo e a aprender técnicas para acolher os colaboradores da sua equipe. Vamos abordar o que é saúde mental no ambiente corporativo, os problemas que os colaboradores podem estar enfrentando, as barreiras para abordar a saúde mental nas empresas e como criar ambientes de acolhimento. Confira:


Saúde Mental no Trabalho

A saúde mental é uma série de aspectos psíquicos que, quando estão em harmonia, promovem o estado de bem-estar, no qual uma pessoa consegue realizar suas atividades, lidar com adversidades, manejar as diferentes esferas da vida e contribuir com o seu entorno.

No ambiente de trabalho, a saúde mental aparece de diversas maneiras, como a capacidade de lidar com desafios, frustrações, as habilidades interpessoais, estabelecendo relacionamentos saudáveis com colegas e superiores.

Quando uma pessoa está passando por um momento de dificuldade, pressão ou insegurança, esses aspectos tendem a trazer transtornos que, prejudicam a vida dela. O ambiente de trabalho também pode ser um local que alimenta essas dificuldades, nesse caso é importante que a gestão e o RH estejam atentos para auxiliar seus colaboradores:

Fatores de risco:

  • Carga de trabalho excessiva: Horas extras, prazos apertados e multitarefas.
  • Falta de autonomia: Sentimento de não ter controle sobre o próprio trabalho.
  • Conflitos interpessoais: Relacionamentos tóxicos com colegas e superiores.
  • Assédio moral: Comportamentos abusivos que visam humilhar ou intimidar.
  • Insegurança no emprego: Medo de perder o emprego ou de não conseguir se adaptar às mudanças.

Transtornos mentais comuns no ambiente de trabalho:

  • Ansiedade: Caracterizada por preocupação excessiva, tensão muscular, dificuldade de concentração e alterações no sono.
  • Depressão: Sentimentos persistentes de tristeza, perda de interesse em atividades, fadiga e alterações no apetite.
  • Burnout: Síndrome caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e redução da realização profissional. O burnout afeta cerca de 30% da população de trabalhadores no Brasil, de acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho.
  • Transtorno bipolar: Oscilações extremas de humor, passando por períodos de euforia e depressão.

Consequências dos transtornos mentais:

Quando o planejamento estratégico do RH não considera o bem-estar mental dos seus colaboradores, é provável que as pessoas da empresa desenvolvam transtornos e tenham problemas. No Brasil, cerca de 70% dos trabalhadores relatam se sentirem estressados no trabalho, devido a pressão, competitividade ou outras situações desgastantes no trabalho.

Colaboradores afetados por transtornos mentais tendem a faltar mais, tem diminuição na produtividade e tem dificuldade nas relações interpessoais, prejudicando o clima organizacional e afetando a empresa. O clima negativo no trabalho também pode ser um fator para aumento de turnover e perda de talentos.

A Cultura Organizacional e a Saúde Mental

Investir em uma cultura organizacional que preze pelo cuidado e acolhimento dos seus colaboradores ajuda a criar um ambiente saudável e positivo. A cultura influencia profundamente a saúde mental dos colaboradores, então é importante que o RH considere alguns pilares-chave para melhorar a saúde mental dos colaboradores:

Pilares de uma cultura organizacional saudável:

  • Respeito: Valorização da diversidade, equidade e inclusão.
  • Confiança: Estabelecimento de relações baseadas na confiança mútua.
  • Reconhecimento: Valorização das contribuições individuais e coletivas.
  • Trabalho em equipe: Colaboração e apoio mútuo.
  • Feedback construtivo: Comunicação aberta e honesta sobre o desempenho.
  • Desenvolvimento profissional: Oportunidades de crescimento e aprendizado contínuo.

O Papel da Liderança

Líderes têm um papel muito importante na promoção da saúde mental no trabalho. A liderança é responsável pela criação e manutenção de um ambiente de trabalho positivo, onde os colaboradores se sintam valorizados e respeitados, além de ter uma escuta ativa e olhar atento para identificar problemas com sua equipe. Líderes empáticos, autênticos e inspiradores podem fazer a diferença na vida de seus colaboradores.

Como um líder pode identificar sinais de problemas de saúde mental:

  • Fique atento a mudanças de comportamento, isolamento social, irritabilidade, apatia ou dificuldade de concentração podem ser um sinal de que algum problema pode estar acontecendo.
  • As alterações desempenho dos seus colaboradores também são sinais a se notar, observe se alguém da sua equipe teve redução na produtividade, aumento de erros ou dificuldade em cumprir prazos.
  • Doenças mentais normalmente acompanham problemas físicos como insônia, dores de cabeça ou problemas gastrointestinais.

Autocuidado:

Para ter a habilidade de acolher e cuidar dos outros, é importante primeiro estar bem consigo mesmo, se você pretende ocupar esse local de ser a pessoa acolhedora, buque apoio e cuide da sua própria saúde mental. Procure acompanhamento terapêutico, pratique meditação, faça exercícios físicos regularmente e preze por uma alimentação saudável, essas ações são essenciais para manter o equilíbrio emocional e servir de exemplo para seus colaboradores.

O Papel do RH

Juntamente das lideranças, o setor de RH é responsável pelo apoio aos colaboradores, criando ações de cuidado, escuta e conscientização. Ao implementar políticas e programas específicos, o RH pode criar um ambiente de trabalho mais saudável e humanizado.

Como o RH pode promover a saúde mental no ambiente de trabalho:

  • Entenda o panorama da sua empresa:
    • Realizar pesquisas e entrevistas para identificar os principais desafios e necessidades dos colaboradores em relação à saúde mental.
    • Analisar os dados de absenteísmo, turnover e indicadores de clima organizacional para identificar padrões e tendências.
  • Crie políticas e programas de conscientização:
    • Política de saúde mental: Elaborar uma política clara e abrangente que defina os princípios e diretrizes da empresa em relação à saúde mental.
    • Programas de bem-estar: Oferecer programas como yoga, meditação, mindfulness, palestras sobre saúde mental e atividades físicas.
    • Flexibilidade: Implementar políticas de trabalho flexível, como horários flexíveis, trabalho remoto e banco de horas.
    • Reconhecimento: Criar programas de reconhecimento que valorizem as contribuições individuais e coletivas.
    • Criação de uma rede de apoio: Oferecer grupos de apoio, mentoria e programas de apoio emocional.
    • Prevenção e intervenção em crises: Implementar políticas de saúde mental, programas de assistência e linhas de apoio.
  • Estabeleça uma comunicação clara e assertiva:
    • Campanhas de conscientização: Realizar campanhas de conscientização sobre a importância da saúde mental e os recursos disponíveis na empresa.
    • Treinamento de gestores: Oferecer treinamentos para gestores sobre como identificar sinais de problemas de saúde mental em seus colaboradores e como oferecer apoio.
    • Comunicação interna: Utilizar diversos canais de comunicação para informar os colaboradores sobre as iniciativas da empresa em relação à saúde mental.
  • Procure parcerias com profissionais da saúde:
    • Contratar profissionais: Contratar psicólogos e outros profissionais da saúde para oferecer atendimento aos colaboradores.
    • Estabelecer parcerias: Estabelecer parcerias com clínicas e hospitais para oferecer serviços de saúde mental aos colaboradores.
  • Avalie e acompanhe as ações:
    • Avaliar a eficácia das ações: Realizar avaliações periódicas para medir o impacto das iniciativas implementadas.
    • Ajustar as estratégias: Ajustar as estratégias de acordo com os resultados obtidos.

Ao investir em saúde mental, as empresas não apenas melhoram a qualidade de vida de seus colaboradores, mas também aumentam a produtividade, reduzem o absenteísmo e o turnover, e fortalecem a sua marca empregadora.

Saúde Mental é Investimento

A saúde mental no ambiente de trabalho é um tema complexo e multifacetado, mas muito recompensador, além.

Ao investir em programas de promoção da saúde mental, as empresas podem criar um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e engajador. Líderes, colaboradores e empresas como um todo saem ganhando com essa mudança de cultura.

É fundamental que as empresas entendam que a saúde mental não é um custo, mas sim um investimento. Ao cuidar da saúde mental de seus colaboradores, as empresas estão investindo em seu maior ativo: as pessoas.

Buscando auxiliar líderes a entender e acolher seus colaboradores, lançamos um talk sobre saúde mental no ambiente corporativo, nele os mediadores Leonardo Salati e Michele Lohmann tiram as principais dúvidas sobre como as lideranças podem apoiar seus colaboradores em momentos de crise. O talk está disponível no banner abaixo. Confira!

No talk sobre saúde mental, vamos responder os principais questionamentos de líderes ​para manter a motivação dos colaboradores em momentos de crise.
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Employer Branding: Estratégia de liderança para fortalecer a marca empregadora e atrair talentos no recrutamento e seleção.

Você conhece aquelas empresas que todo colaborador diz que sonha em trabalhar? E se a sua empresa fosse uma delas? Um grande caminho para se tornar uma “empresa dos sonhos” é o employer branding.

Mas o que exatamente é employer branding e por que ele é cada vez mais crucial para as empresas? Nesse texto vamos aprofundar nessa estratégia e entender como ela pode promover a transformação na sua empresa e mudar completamente como ela é percebida no mercado.


O que é Employer Branding?

Employer branding, ou marca empregadora, é uma estratégia criada em parceria, pelos setores de marketing e recursos humanos de uma empresa. Essa estratégia tem o objetivo de valorizar o ambiente da empresa, tornando ela um lugar atrativo para os colaboradores e ampliar a boa percepção da empresa para a sociedade.

Para isso, é preciso um conjunto de práticas e atividades que destacam os valores, a cultura e os benefícios de trabalhar na organização. O objetivo é atrair e reter talentos, criando uma percepção favorável tanto para os colaboradores atuais quanto para os potenciais candidatos.

Quando pensamos em estratégias de criação e retenção de talentos, o salário é a primeira pauta que surge, e ele é muito importante, mas não é o único fator para sua empresa ter uma boa reputação. Ao montar um plano de employer branding você deve pensar em diversos pontos de contato com seu colaborador e com candidatos:

Onde o employer branding pode atuar:

  • Recrutamento e Seleção
  • Plano de Carreira e Benefícios
  • Visão e Propósito da Empresa
  • Cultura Corporativa
  • Relações Públicas da Empresa

Qual a importância de ser uma marca empregadora?

Além da boa reputação que sua empresa vai ter com seus colaboradores e candidatos, o employer branding traz uma série de outros benefícios que vão desde a retenção de talentos até a performance da equipe. Segundo pesquisa da Harvard Business Review, colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos em suas funções. Entenda alguns dos principais motivos pelos quais sua empresa deve considerar adotar essa estratégia:

  • Atração e formação de talentos: Sua empresa pode ser uma grande referência no segmento de atuação, por ser uma formadora de talentos. A contratação de estagiários e aprendizes é o melhor caminho para começar a formar talentos.
  • Redução de custos: Empresas com uma boa reputação gastam menos em recrutamento e têm menores taxas de rotatividade.
  • Aumento da produtividade: Equipes de trabalho engajadas e satisfeitas tem performance melhor e contribuem para um ambiente de trabalho positivo.
  • Melhoria nas relações: Com uma percepção boa, sua empresa terá mais facilidade para atrair parceiros e fornecedores. Criando um ecossistema de relações favorável.
  • Diminuição de turnover: Se sua equipe se sentir mais valorizada, você reduz a rotatividade de equipe e outros fenômenos como o quiet quitting.

Employer branding e as novas gerações

Já sabemos que a Gen Z, geração que já está estabelecida no mercado e a geração alpha que está começando a ingressar no mundo do trabalho, têm percepções muito diferentes das gerações anteriores a respeito das relações entre empresa e colaborador.

Um dos fatores que as novas gerações estão mais valorizando é a identificação com o propósito da empresa, os mais jovens estão valorizando a sensação de pertencimento e ações de impacto social real. Para você criar uma estratégia de marca empregadora que tenha percepção de valor pelos novos trabalhadores, é importante você ficar atento a alguns aspectos:

  • Inovação: A transformação digital está acontecendo e cada vez mais acelerada. É importante que a sua empresa seja uma vanguarda tecnológica, utilizando das ferramentas mais modernas e ágeis, reduzindo o atrito dos processos.
  • Diversidade e inclusão: Valorize colaboradores negros e da comunidade LGBTQIAPN+, muitas empresas possuem analistas de diversidade, que tem a função de criar programas de inserção desses colaboradores e garantir mais igualdade dentro da sua empresa.
  • Ações sociais: Empresas são parte de uma sociedade, elas existem para agregar valor através de um produto ou serviço prestado, é preciso reconhecer isso e devolver para a sociedade o reconhecimento que sua empresa tem. Crie ou apoie projetos sociais e de desenvolvimento. Além de fortalecer sua imagem de marca empregadora, vai ampliar suas ações de governança social e ambiental.
  • ESG: O compromisso com garantir que o mundo seja um lugar melhor para as próximas gerações também é uma maneira de mostrar porque sua empresa é um bom lugar para se estar, crie ações de ESG e otimize processos para priorizar o meio ambiente e a qualidade de vida dos seus colaboradores.
  • Equidade de gênero: Equidade não é somente sobre salários iguais. Além da equiparação salarial, crie propostas para que mais mulheres ocupem cargos de liderança. Escute, fomente e dê espaço para o crescimento dessas profissionais.
A estratégia de employer branding faz os colaboradores serem mais engajados, aumentando a performance da equipe e reduzindo o turnover.

Aplicando o Employer Branding na Sua Empresa

Agora que entendemos o que é employer branding, sua importância e como as novas gerações percebem valor de marca empregadora, vamos explicar como você pode implementar essa estratégia na sua empresa. Cada caso e passo deve ser avaliado conforme sua estrutura, objetivo e recursos que está disposto a investir.

Criar uma marca empregadora é um processo único para cada organização e muitas vezes pode levar tempo, então tenha em mente que este é um projeto de médio/longo prazo.

  1. Defina a proposta de valor ao empregado (EVP): Identifique o que torna sua empresa única e atraente para os funcionários. Isso inclui benefícios, cultura, oportunidades de crescimento, valores e todos os outros itens que já falamos até aqui.
  2. Comunicação transparente: Comunicação vai ser o centro da estratégia, mantenha uma comunicação aberta e honesta com seus funcionários e público externo. Isso ajuda a construir confiança e lealdade.
  3. Cultura organizacional: Promova uma cultura que promova o engajamento e reflita os valores e missão da empresa. Propósito não é só um discurso, então planeje iniciativas de bem-estar, diversidade, inclusão e reconhecimento para seus colaboradores.
  4. Engajamento da equipe: Crie programas que incentivem o engajamento e a participação dos funcionários. Isso pode incluir feedback regular, reconhecimento e oportunidades de desenvolvimento.
  5. Presença online: Utilize seus pontos de contato online para promover a marca empregadora, crie um blog, produza conteúdo para redes sociais, tenha um site claro e comunicativo. Compartilhe histórias de sucesso, depoimentos de colaboradores e informações sobre a cultura da empresa, aqui o objetivo é mostrar seus pontos positivos e atrair possíveis novos talentos.
  6. Avaliação contínua: Monitore e avalie continuamente suas estratégias implantadas, para isso, crie métricas de desempenho para fazer ajustes e melhorias. Promova pesquisas de satisfação, utilize feedback da sua equipe ajuste seu planejamento de acordo.
Realizamos uma pesquisa com 13 mil estudantes e traçamos o perfil do estagiário em 2024. Com ela, conseguimos o que o jovem espera do mercado de trabalho.

Conclusões Sobre o Employer Branding

Como podemos observar, aumentar a felicidade e promover reconhecimento dos seus colaboradores é um excelente caminho para atrair e reter talentos, aumentar a produtividade e melhorar a reputação da empresa. E o employer branding pode ser uma estratégia para alcançar esses objetivos.

Ao investir nessa estratégia, você, como líder, proporciona um ambiente de trabalho positivo e engajador, que beneficia tanto os funcionários quanto a organização como um todo, gerando valor para resultados e ações. Comece hoje mesmo a aplicar esses conhecimentos na sua empresa e veja a diferença que uma marca empregadora forte pode fazer.

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Para o gerente de supermercado Toninho todos merecem uma chance de começar. Como ele formou mais de 200 jovens, você confere no Inspira CIEE-RS episódio 10.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

A preferência por profissionais com experiência e buscar referências é uma prática comum nas empresas na hora de selecionar colaboradores. Recrutadores não costumam apostar em quem não tem uma boa indicação. Mas para o gerente e supervisor de um supermercado de Santiago, isso é irrelevante. Antônio Gilberto Gigoski de Lima, o Toninho, como é conhecido na cidade, acredita que “todos merecem uma chance de começar — e até de recomeçar”. A história de como Toninho foi de técnico contábil para o gerente que contratou mais de 100 jovens nos últimos anos, você confere no Inspira CIEE-RS episódio 10.


Aprendizado pelo trabalho familiar

Toninho começou sua jornada há mais de 30 anos, ajudando no bar do pai, em Santiago do Boqueirão. Na época com 12 anos, ele comenta que a experiência foi essencial pois aprendeu a ser responsável e prestativo, além de entender como o mercado de trabalho funciona e como era importante ter o foco no crescimento próprio.

Sua primeira oportunidade formal foi ainda na adolescência, como estagiário contábil em um posto de combustível, vaga conquistada através do CIEE-RS. Cursando técnico em contabilidade, Toninho viu sua carreira decolar, em apenas 2 anos já era subgerente desse mesmo posto.

Atuou como subgerente por mais 10 anos, quando surgiu uma oportunidade de mudança de carreira e passou a trabalhar em um centro de distribuição, agora na área supermercadista.

Liderança e formação de jovens

Após muita dedicação, Toninho chegou ao cargo de gerente da rede de supermercados, agora era responsável por uma grande equipe, o esforço havia gerado frutos. Foi quando ele identificou uma grande oportunidade de ajudar a formar as novas gerações de profissionais.

E nessa oportunidade surgiu a reaproximação com o CIEE-RS. Toninho diz que é muito gratificante para ele ter participado da formação de tantos jovens e que essa atitude gerou reconhecimento na cidade, “Muitas pessoas que recrutei para o primeiro emprego hoje são nossos clientes. Um é engenheiro da companhia de energia elétrica que atua aqui na cidade, tem administrador de comércio e até o gerente de um mercado concorrente (risos). Como a cidade é pequena, a gente consegue acompanhar o crescimento e a evolução desses profissionais”, explica.

Inspira CIEE-RS | Toninho contratou mais de 200 jovens ao longo de sua carreira, são estagiários e aprendizes que ele formou e ingressaram no mercado de trabalho.
Toninho auxiliando no treinamento de jovens na rede de supermercados a qual é gerente.

Mais de 200 jovens contratados

Toninho já é gerente há mais de 25 anos, nesse período afirma que já contratou mais de 200 jovens dos programas de estágio e aprendizagem, mais de 200 vidas que foram tocadas pela ação de educar, que ele revela ser uma paixão “gosto de estar próximo e acompanhando o desenvolvimento, quero que eles se formem e busquem coisas melhores, que aprendam sobre o as responsabilidades do trabalho”

Sua equipe hoje é composta por mais de 100 colaboradores, e cerca de 20% deles são jovens em formação. No supermercado, eles estão em atividades como operadores de caixa, empacotadores, atendimento ao público. Muitos deles estão começando a vida como Toinho começou sua jornada.

A expertise de quem forma

Toninho incentiva que as empresas contratem e invistam em jovens e sejam formadores de talentos, essa prática ajuda a comunidade e traz retornos muito positivos para as organizações. “todo o jovem precisa ter uma primeira experiência profissional e uma oportunidade de terminar seus estudos. É papel do empreendedor enxergar as qualidades de um estagiário, de um aprendiz, e ajudar a desenvolvê-las e incentivá-las.”.

Ele também destaca a importância da prática do feedback constante, “quando se trabalha com jovens, é preciso trabalhar as habilidades deles e dar retorno sobre o que estão indo bem ou não. E também é nossa função orientar sobre o melhor caminho e auxiliar quem está ingressando no mercado de trabalho a enfrentar as dificuldades, superar quando erra”.

Para os jovens, Toninho é uma inspiração de dedicação e comprometimento. A dica dele é seguir o que considera essencial para o desenvolvimento profissional: ‘É preciso ser dedicado, ter responsabilidade e atender bem o cliente. Vale a pena, porque o trabalho sempre vai recompensar‘, conclui.

Inspira CIEE-RS

A história de Toninho é o décimo e último capítulo dessa temporada do Inspira CIEE-RS. Como a dele, vimos diversas histórias emocionantes de pessoas que dedicam suas vidas a formar as novas gerações, que apoiam e educam. Vimos histórias de superação e de dedicação recompensada. Nós, do CIEE-RS gostaríamos de agradecer a esses personagens e a todos os outros que não estiveram aqui, mas fazem parte de nossa trajetória e com certeza são histórias inspiradoras.

Para conferir as outras histórias do Inspira, clique aqui!

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Confira a trajetória de Audrey, gestora de Recursos Humanos do Villela Bank com uma trajetória cheia de desafios e focada no desenvolvimento. Inspira CIEE-RS episódio 9.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

As histórias inspiradoras que mostraremos aqui têm como palco uma área de cobertura que vai de ponta a ponta do estado, marcadas pela presença do CIEE-RS. São casos de estagiários cuja primeira oportunidade foi o pontapé para uma carreira de sucesso, famílias que prosperaram graças a filhos com mais estudo e oportunidades de acessar o mundo corporativo, empresas que renovaram seu ambiente e obtiveram mais produtividade, diversidade e qualidade no trabalho graças aos jovens, entre outros exemplos.

Audrey Vitória, 33 anos, é gestora de Recursos Humanos na Villela Bank. A trajetória profissional é variada e cheia de desafios. Mas todos eles trouxeram também um jeito especial de acolher quem está dando os primeiros passos na vida profissional, priorizando uma abordagem focada no desenvolvimento pessoal e na comunicação entre os colaboradores. Confira a trajetória de Audrey no 9º episódio do Inspira CIEE-RS.


Início da carreira e autodescoberta

A porto-alegrense iniciou sua carreira como telefonista e recepcionista na Aspecir Previdência, em um estágio pelo CIEE-RS, ainda no ensino médio, Audrey não tinha grandes experiências e ainda estava buscando rumo para sua carreira. Criada em uma família de servidores públicos, sempre foi incentivada a prestar concurso, ela aponta que os pais reforçavam como a estabilidade do funcionalismo público seria bom para ela, mas ela contestava. Não era o que estava buscando para sua vida.

Esse estágio foi um divisor de águas, proporcionando treinar competências como comprometimento e pontualidade. Aproveitou a oportunidade para desenvolver duas características que hoje considera fundamentais para o seu sucesso na gestão de pessoas: comunicação e postura organizacional.

Audrey também disse que esse período a ajudou a começar a se entender como pessoa e como profissional e que trouxe muitos aprendizados que leva consigo para a vida.

Ampliando experiência, o primeiro contrato CLT

Após a entrada no mercado de trabalho, outro estágio marcou a vida da gestora de RH, dessa vez atuando no setor de marketing do SESC-RS. “A experiência me proporcionou uma compreensão abrangente dos processos empresariais, envolvendo desde a recepção e o processamento de notas fiscais até a produção de brindes. Trabalhei com diversos sistemas, atendi ao SAC e entendi como contribuir para a melhoria dos processos internos, aprimorando a eficiência e a comunicação dentro da organização”, destaca.

Em paralelo, Audrey participou das oficinas de aprendizagem do CIEE-RS, realizando cursos sobre comportamento no mercado de trabalho, motivação, entre outros. Ela destacou que as oficinas trouxeram conhecimentos que apoiaram muito no crescimento da sua carreira e que é um grande serviço que o CIEE-RS preta para os jovens e comunidade, desenvolvendo habilidades que são necessárias para o ambiente de trabalho.

Após dois anos atuando no marketing, Audrey conseguiu sua primeira vaga de emprego CLT, como contato comercial em uma agência de viagens. Era responsável pela compra de passagens, principalmente para outras empresas parceiras da agência, função que, pela exigência de responsabilidade e comprometimento, a fez ganhar confiança da sua liderança. A confiança foi recompensada com uma promoção para o setor financeiro, atuando com o contas a pagar e contas a receber.

No Inspira CIEE-RS episódio 9 você confere a trajetória de Audrey, gestora de RH. Em entrevista, ela falou sobre o desenvolvimento de jovens através do estágio.

Descobrindo a vocação e a liderança em RH

O emprego na agência ia bem, mas Audrey ainda não tinha se identificado dentro do setor financeiro, sentia que aquela ainda não era a sua vocação. Na época ela estava cursando administração e recebeu uma indicação de uma colega de faculdade sobre um estágio no setor de recursos humanos no tribunal de justiça.

O estágio era tentador principalmente pela influência de sua família de servidores públicos, que viam ali uma oportunidade da filha se estabilizar na carreira. Audrey realizou o processo seletivo e foi aprovada. Estagiando na área de RH finalmente entendeu sua vocação, terminou o período de 2 anos do estágio e migrou completamente sua carreira.

Após o período no tribunal, ela trabalhou no RH de uma empresa de tecnologia, onde esteve por mais 2 anos atuando com treinamento e desenvolvimento e depois integrou o time do Villela Bank, onde está há seis anos.

Hoje, Audrey coordena uma equipe de 26 pessoas, sua principal atividade é comandar os subsistemas do RH do Villela Bank, são eles:

  • Recrutamento e Seleção
  • Benefícios
  • Pagamentos
  • Contratos
  • Treinamento e Desenvolvimento

Ela também menciona que ainda atua muito próxima ao recrutamento e desenvolvimento de jovens e que, para contratar pessoas que estão ingressando no mercado de trabalho, ela prioriza candidatos alinhados à cultura organizacional e que tenham perfis mais proativos. Questões de conhecimentos técnicos podem ser desenvolvidas internamente e moldadas conforme as necessidades da empresa.

Audrey ainda acrescenta que é crucial selecionar talentos com entusiasmo genuíno e determinação para concretizar projetos significativos: “Jovens com brilho nos olhos são essenciais para fazer acontecer dentro da nossa equipe.”.

Trazendo conhecimento para as próximas gerações

A gestora de RH afirma que por toda a sua carreira precisou enfrentar os medos, abraçando os desafios que apareciam e focando em entender e desenvolver suas habilidades. Audrey também acredita que buscar o crescimento constante, mantendo a curiosidade e a vontade de aprender é uma das coisas mais preciosas que alguém pode fazer por sua carreira, “Lidar com o desconforto, desenvolver a comunicação e buscar crescimento são fundamentais.”, ela destaca.

Para os jovens que estão ingressando no mercado de trabalho, ela recomenda que busquem desenvolver soft skills, como comunicação, inteligência emocional, pensamento criativo e liderança.

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Fábio é o 8º episódio do Inspira CIEE-RS. Estagiário pelo CIEE-RS, hoje dedica sua vida a capacitação de jovens no programa de aprendizagem do Sicredi.

Temos como propósito a promoção do desenvolvimento humano, social e profissional, com o objetivo de ajudar na construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos. A série Inspira CIEE-RS é lançada mensalmente aqui e na nossa coluna no Jornal do Comércio e traz exatamente isso, propor uma reflexão sobre como um impacto social fortalecido ao longo dos anos pode estar presente e ter reflexos de várias formas pela sociedade.

“Onde você gostaria de estar profissionalmente hoje e por que você não está nesse lugar?”. Essa é uma das perguntas que Fábio Nicoletti, 32 anos, faz — e ajuda a responder — quando identifica um potencial novo contratado para o Sicredi-RS, onde trabalha desde 2019. A história de Fábio, e como ele descobriu sua paixão e vocação para educar é o que vamos contar no oitavo episódio do Inspira CIEE-RS.


Início da trajetória, inspiração e desenvolvimento

Experiência para guiar os aprovados não falta. Fábio começou sua carreira inspirado pela sua irmã, a quem agradece e dá muito crédito pelo seu sucesso. Ele conta que os pais deles tinham um comércio na zona norte de Porto Alegre e que seria a missão de vida dos filhos assumir e perpetuar o negócio. A irmã era inconformada com essa ideia e sempre buscou estudar e se qualificar para buscar colocação profissional.

Essa “rebeldia” acendeu uma fagulha no coração de Fábio, que viu no exemplo da irmã uma oportunidade de também buscar melhores oportunidades para si. O reforço ao incentivo veio quando a irmã indicou que ele se inscrevesse no CIEE-RS para buscar vagas de estágio. Fábio lembra de ir nas reuniões presenciais nos postos de atendimento e buscar as cartinhas de encaminhamento para realizar entrevistas.

Num dos primeiros estágios, o analista de gestão de pessoas encontrou sua vocação na orientação e capacitação de jovens. O garoto conseguiu, na época, uma vaga na Junior Achievement, sediada na Federasul. A vaga possibilitou que Fábio ministrasse cursos para alunos do ensino fundamental de escolas públicas. “Foi ali que eu comecei a me apaixonar pela inserção de jovens no mercado de trabalho”, declara.

Vocação para ensinar e a aprendizagem como caminho

Fábio conseguiu a tão sonhada efetivação. Mas buscando priorizar seu desenvolvimento profissional, ele percebeu que a área de assistente administrativo não o levaria a alcançar seus objetivos. Essa realização o fez trocar o emprego efetivo por um novo estágio na área de RH do Walmart, um passo pra trás para dar dois para frente.

Fábio atuava como estagiário de folha de pagamento e, após se dedicar, outra efetivação, agora para assistente de RH. “Fiquei um ano e oito meses de estagiário e mais cinco anos como efetivo” – ele relembra. Agora como efetivo e, unindo vocação com paixão, ele implementou o programa de aprendizagem no Walmart. Oportunidade que possibilitou a capacitação para diversos jovens.

Após o período no Walmart, Fábio integrou o time de RH das lojas Renner. Novamente contribuindo para o desenvolvimento de colaboradores e inserindo jovens no mercado de trabalho, assunto que inclusive foi tema do seu trabalho de conclusão na graduação em administração de empresas “A inserção do aprendiz no mercado de trabalho”.

Fábio tem uma paixão e vocação pelo desenvolvimento de jovens, atualmente ministra cursos sobre mercado de trabalho. Fábio é o 8º episódio do Inspira CIEE-RS.

Sicredi e reaproximação com o CIEE-RS

Fábio se estabeleceu na área de gestão de pessoas e hoje é coordenador do programa de aprendizagem do Sicredi. Ele destaca que trabalhar na empresa era um sonho para ele, novamente influenciado pela irmã, que também trabalha lá. Fábio contou que se identifica muito com o propósito e valores da instituição, e isso foi fator fundamental para ele buscar oportunidades de atuar lá.

O programa de aprendizagem, realizado em parceria com o CIEE-RS, proporcionou uma reaproximação a qual Fábio diz ser muito grato e faz questão de retribuir as oportunidades que teve. “Tudo que o CIEE-RS me convida eu vou. Eu adoro um evento, adoro uma palestra, adoro estar na frente de jovens, adoro esses momentos de carreira. Isso me move!”.

A frente do programa de aprendizagem do Sicredi, Fábio é referência na formação de jovens dentro da cooperativa. Em 2022, conduziu o processo seletivo do programa de aprendizagem, com 200 inscritos e 21 candidatos escolhidos. Em 2023, liderou um projeto de inserção de pessoas com deficiência na área de tecnologia para selecionar 10 candidatos — que hoje são funcionários da empresa.

Como a organização também é muito presente em escolas e projetos sociais, Fábio tem ministrado cursos e workshops onde compartilha dicas sobre o ingresso e início de carreira.

Dicas para jovens que estão entrando no mercado de trabalho

Com o foco em selecionar jovens, Fábio traz muita experiência na hora de dar dicas para ter sucesso na primeira experiência. Ele indica primeiro que o jovem procure sempre ter o LinkedIn atualizado. Para ele o perfil na rede social é a principal maneira de ser visto pelas empresas e deve ser levado tão a sério quanto o currículo.

Ele também reforça que o desenvolvimento e aprendizado constantes são chave para conseguir se destacar nas entrevistas “É importante procurar estar sempre em movimento, eu sempre indico cursos gratuitos que são disponibilizados em diversos lugares”.

E para os que já estão nas primeiras oportunidades, Fábio diz que para ter destaque é importante estar atento às oportunidades que surgem de desenvolver algum projeto ou crescimento dentro da própria empresa. Muitas vezes a primeira experiência que é oportunizada pode não ser a ideal, mas sempre existe espaço para crescimento.

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Jovem aprendiz estudando em casa, que é um dos benefícios do ensino remoto. As oficinas digitais do CIEE-RS trazem capacitação e desenvolvimento.

O ensino a distância é uma modalidade de educação que permite que os alunos aprendam de forma flexível, autônoma e personalizada. Essa forma de aprendizagem pode trazer diversos benefícios para os jovens aprendizes, como maior motivação, autonomia, produtividade e satisfação. Além disso, o ensino a distância pode reduzir os custos e aumentar a eficiência da sua empresa, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento de competências necessárias para a atuação no mercado de trabalho. Neste artigo, vamos mostrar como o ensino a distância pode ser uma excelente opção para os jovens aprendizes e como as oficinas digitais, desenvolvidas pelo CIEE-RS tem auxiliado jovens a se capacitar e desenvolver essas habilidades essenciais.


Introdução

Uma das iniciativas do CIEE-RS que busca a capacitação dos jovens aprendizes são as oficinas digitais, cursos online disponíveis para amplo acesso. Esses cursos têm como objetivo desenvolver competências relevantes para a economia 4.0, como tecnologia e gestão, preparando os jovens para as profissões do futuro. As oficinas digitais são divulgadas mensalmente e abordam temas variados, como saúde, cidadania, empreendedorismo, informática, comunicação, entre outros. As oficinas digitais são uma excelente forma de complementar a formação dos jovens.

A educação online e a capacitação de jovens aprendizes têm se mostrado uma alternativa viável e eficaz para a formação de profissionais qualificados, especialmente em um momento em que o mercado de trabalho está em constante evolução. Com a oferta de cursos gratuitos e a possibilidade de aprendizado autônomo, os jovens têm mais oportunidades de desenvolver habilidades e competências relevantes para o mercado de trabalho, contribuindo para sua inserção profissional e para o desenvolvimento social.

Entendendo o ensino online (EAD)

O ensino online, também chamado de EAD, é uma modalidade de ensino que utiliza tecnologia para oferecer cursos, treinamentos e capacitações de forma remota. Esse tipo de ensino tem se tornado cada vez mais popular, principalmente por conta pandemia de Covid-19 que impossibilitou aglomerações. Entre 2011 e 2021, o número de estudantes do ensino online cresceu 474%, essa realidade forçou uma revolução nos moldes de escolas e universidades.

O principal fator positivo do EAD é a flexibilidade que oferece para os alunos. O ensino online traz consigo a possibilidade de estudar em qualquer lugar e a qualquer momento, desde que o aluno tenha acesso à internet. Dessa maneira, o aluno pode organizar seus estudos de acordo com sua rotina e disponibilidade, aspecto que foi muito positivo para as pessoas que trabalham e não tem tempo para frequentar um curso presencial.

Dentro do EAD, existem diferentes formatos e metodologias que podem ser utilizados para criar cursos online. O microlearning é um formato que vem sendo cada vez mais adotado. A prática consiste em oferecer conteúdos educacionais em pequenas doses, de forma objetiva e focada em um único assunto. O microlearning é ideal para quem tem pouco tempo disponível, precisa aprender algo rapidamente ou quer revisar algum conceito. Ele também facilita a retenção e a aplicação do conhecimento, pois evita a sobrecarga cognitiva e estimula a repetição espaçada.

Outro formato é o e-learning, que é o ensino online mais conhecido. Que utiliza plataformas digitais para disponibilizar os conteúdos e as atividades aos alunos. O e-learning pode ser síncrono ou assíncrono, dependendo da interação entre os participantes. No ensino síncrono, os alunos e os professores se comunicam em tempo real, por meio de chats, videoconferências, webinars, etc. No ensino assíncrono, os alunos e os professores se comunicam em momentos diferentes, por meio de e-mails, fóruns, mensagens, etc.

Outro formato é o b-learning, que é o ensino híbrido que mescla momentos presenciais e online. O b-learning permite aproveitar as vantagens de cada modalidade, como a interação face a face, a flexibilidade de horários, a diversidade de recursos, a personalização do ensino, etc.

Os benefícios do aprendizado online

O ensino online, seja ele microlearning, e-learning ou b-learning, traz uma série de benefícios para os aprendizes e para as empresas que os contratam, como:

  • Comodidade: o ensino online permite que os aprendizes escolham quando e onde estudar, de acordo com a disponibilidade e preferência. Eles não tem a obrigatoriedade de deslocamentos e cumprimento de horários constante. Eles podem acessar os conteúdos pelo dispositivo que quiserem, seja no trabalho, em casa ou em qualquer outro lugar.
  • Economia: o ensino online reduz os custos com transporte, alimentação, material didático, infraestrutura, etc. Os cursos online costumam ter mensalidades mais acessíveis do que os cursos presenciais, e muitas vezes são gratuitos ou subsidiados por empresas, entidades ou instituições de ensino. Além disso, o ensino online gera economia de tempo, pois evita os deslocamentos e otimiza o aproveitamento dos conteúdos.
  • Qualidade: o ensino online oferece conteúdos atualizados, relevantes e alinhados às demandas do mercado de trabalho. Os cursos online são elaborados por profissionais qualificados e experientes, que utilizam recursos tecnológicos e pedagógicos para facilitar o ensino e a aprendizagem. Os cursos online também são avaliados e certificados por órgãos competentes, garantindo a sua credibilidade e reconhecimento.
  • Flexibilidade: o ensino online permite que os aprendizes adaptem o seu ritmo de estudo de acordo com as suas necessidades e objetivos. Eles podem avançar mais rápido ou mais devagar, revisar os conteúdos quantas vezes quiserem, pular ou aprofundar os temas que já dominam ou que têm mais dificuldade, etc. Eles também podem escolher os formatos e as ferramentas que mais se adequam ao seu estilo de aprendizagem, seja visual, auditivo ou cinestésico.
  • Interatividade: o ensino online possibilita que os aprendizes interajam com os professores, os tutores e os colegas, por meio de diferentes canais de comunicação. Eles podem tirar dúvidas, trocar experiências, compartilhar informações, fazer trabalhos em grupo, participar de debates, etc. Eles também podem interagir com os conteúdos, por meio de vídeos, áudios, animações, simulações, jogos, etc. Essas interações tornam o ensino online mais dinâmico, motivador e eficaz.

Os benefícios que o EAD traz são diversos, mas é sempre importante que exista um acompanhamento e um aconselhamento dos supervisores de aprendizagem, para garantir que o jovem está conseguindo acompanhar as atividades além de estar aproveitando e adquirindo o conteúdo da melhor maneira possível. 

Jovens aprendizes são mais adeptos do ensino a distância e você deve utilizar esse recurso para fortalecer a capacitação e o desenvolvimento.

As oficinas digitais do CIEE-RS

No CIEE-RS temos como foco a integração de jovens ao mercado de trabalho, por meio dos nossos programas de estágio e de aprendizagem. Com essa prioridade, criamos as oficinas digitais, que tem o objetivo de capacitar jovens aprendizes, para que eles possam desenvolver habilidades e competências que utilizarão no mercado de trabalho. Nas oficinas são oferecidos conteúdos relevantes, atualizados e alinhados às demandas do mercado de trabalho, como:

  • Comunicação e expressão;
  • Empreendedorismo e inovação;
  • Ética e cidadania;
  • Finanças pessoais;
  • Gestão do tempo;
  • Informática básica;
  • Liderança e trabalho em equipe;
  • Marketing pessoal;
  • Saúde e bem-estar;
  • Segurança no trabalho;

As oficinas digitais são gratuitas e abertas e direcionadas aos jovens aprendizes do CIEE-RS, mas todos podem se cadastrar e conferir elas no portal CIEE-RS. As oficinas digitais contam com materiais de apoio, como apostilas, slides, vídeos e atividades, que ficam disponíveis para consulta posterior. Elas podem ser acessadas pelo computador, tablet ou celular, de qualquer lugar e a qualquer hora, desde que haja conexão com a internet. Após a conclusão de uma oficina, o jovem é certificado pelo CIEE-RS.

Os aprendizes podem, através dos conhecimentos adquiridos nas oficinas, complementar as experiências desenvolvidas na aprendizagem, aprimorando seu crescimento. As oficinas também têm o intuito de estimular o protagonismo, a autonomia e a criatividade dos aprendizes, bem como de ampliar o seu repertório. Além de contribuir para o enriquecimento de currículo para jovens em início de carreira. Neste momento em que o aprendiz não possui experiências nem muitas habilidades, os conteúdos das oficinas digitais podem ser um fator diferencial para se destacar e conseguir uma oportunidade. 

Conclusão

A capacitação teórica é uma parte fundamental da formação de jovens aprendizes. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha e publicada pelo Correio Braziliense, um quarto dos estudantes que atuam como jovem aprendizes são efetivados pelas empresas que os contrataram através do programa. Além disso, a maioria (76%) continua trabalhando ou estudando após a finalização do período na empresa.

Com o ensino online, a capacitação teórica pode ser ainda mais acessível e eficiente. A modalidade permite que um número indefinido de alunos acompanhe uma mesma aula por meio da internet, sem a necessidade de deslocamento ou de um espaço físico específico para a aula.

O Ministério do Trabalho e Emprego estabelece que o contrato de trabalho de um jovem aprendiz deve englobar o mínimo de horas que assegurem a certificação do curso de aprendizagem correspondente a uma ocupação prevista na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, independente de tratar-se de uma saída.

Ao buscar um curso online, os participantes buscam alternativas de comprovar, através de um certificado de conclusão de curso, a aquisição de um determinado conhecimento para recrutadores de empregos em entrevistas e análises de currículo, e até mesmo concursos públicos. Além de, é claro, aprender!

Assim, a combinação de ensino online e capacitação teórica pode ser uma excelente maneira de formar jovens aprendizes e prepará-los para o mercado de trabalho.


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Oferecendo benefícios, sua empresa mostra que valoriza os estagiários e aprendizes, focando na retenção e talentos e desenvolvimento de carreiras.

Uma dúvida muito presente nas empresas quando contratam aprendizes e estagiários é sobre benefícios, mais especificamente sobre o 13º salário. O benefício previsto pela CLT é uma grande ajuda para os colaboradores organizarem as compras de final de ano, planejar o orçamento ou como um reforço de verba.

Mas as leis que regulam o estágio e a aprendizagem preveem coisas diferentes sobre esse benefício, confira aqui o que a legislação diz sobre esses modelos de trabalho:


A primeira coisa que você precisa saber é que estagiários e aprendizes tem categorias diferentes de contratação, e por isso eles têm direitos e deveres diferentes. O estagiário realiza uma atividade de aprendizagem prática, supervisionada e relacionada à sua formação educacional, ele precisa estar matriculado no ensino médio, técnico ou superior.

Já o aprendiz precisa 14 e 24 anos e estar participando de um programa de aprendizagem, que combina formação teórica e prática para promover a educação profissionalizante do jovem, o aprendiz precisa estar cursando o ensino fundamental, cursando ou ter concluído o ensino médio.

13º salário para o estágio

A lei que regula o estágio é a nº 11.788/08, e ela não prevê o pagamento do 13º salário para os estagiários, mesmo que eles recebam uma bolsa-auxílio. Isso porque o ato de estagiar não é considerado um vínculo empregatício, e sim uma relação de cunho educativo. Portanto, os estagiários não têm direito aos mesmos benefícios dos empregados regidos pela CLT, como: FGTS e 13º.

No entanto, isso não significa que você não possa pagar uma 13º bolsa auxílio para os seus estagiários, se quiser. A lei permite que as empresas concedam esse benefício de forma facultativa, ou seja, por livre e espontânea vontade. O pagamento do 13º facultativo para estagiários é uma excelente forma de reconhecer o trabalho dos estagiários e incentivá-los a continuar se desenvolvendo. 

13º salário para a aprendizagem

Já a lei que regula a aprendizagem é a nº 10.097/00, e ela determina que os aprendizes têm direito ao 13º salário, assim como os demais empregados regidos pela CLT. Isso porque o aprendiz é considerado um empregado especial, que tem um contrato de trabalho por tempo determinado, com anotação na carteira de trabalho, salário mínimo/hora e direitos trabalhistas e previdenciários garantidos. Logo, o pagamento do 13º para os aprendizes é obrigatório, e deve ser feito proporcionalmente ao tempo de serviço.

Por que é importante dar benefícios para estagiários e aprendizes?

Agora que você já sabe o que a lei diz sobre o 13º salário para estagiários e aprendizes, você pode estar se perguntando: por que eu deveria dar benefícios para esses colaboradores, se eu não sou obrigado? A resposta é simples: porque dar benefícios pode ser vantajoso para o seu negócio! 

Os benefícios são uma forma de valorizar os estagiários e aprendizes, que são profissionais em formação que contribuem para o desenvolvimento da sua empresa. Ao oferecer benefícios, você demonstra que se preocupa com o bem-estar, a motivação e a satisfação desses trabalhadores, e que reconhece o seu potencial.

Uma pesquisa mostrou que 89% das empresas reconhecem que os bons resultados estão diretamente ligados à motivação e felicidade dos colaboradores. Dar benefícios e promover o reconhecimento de colaboradores é um investimento de alto retorno!

Além disso, os benefícios podem ajudar a atrair e reter talentos, que são cada vez mais escassos no mercado de trabalho. Os estagiários e aprendizes de hoje tem potencial para serem colaboradores engajados e líderes excepcionais para sua empresa. Por isso, investir na sua formação e na sua fidelização pode ser uma estratégia inteligente para o sucesso do seu negócio.

Conclusão

Neste artigo, esclarecemos uma dúvida muito comum entre os empresários: estagiários e aprendizes têm direito a receber o 13º salário? A resposta é: depende. Os estagiários não têm esse direito por lei, mas as empresas podem pagar o benefício de forma facultativa. Já os aprendizes têm esse direito por lei, e as empresas devem pagar o benefício de forma obrigatória.

Também mostramos por que é importante oferecer benefícios para estagiários e aprendizes, que são profissionais em formação, mas que também agregam valor à sua empresa. Os benefícios são uma forma de valorizar, motivar e satisfazer esses trabalhadores, além de atrair e reter talentos para o seu negócio.

Esperamos que este texto tenha sido útil para você. Se você gostou, compartilhe e deixe o seu comentário. E fique ligado para tirar todas as suas dúvidas com mais conteúdos sobre estágio, aprendizagem, liderança e gestão de recursos humanos, aqui, no Blog CIEE-RS.


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Vamos tirar todas as suas dúvidas sobre a aprendizagem e mostrar como ela pode ser uma aliada para alavancar seu negócio.

Se você chegou aqui pensando ou precisando em contratar um jovem aprendiz para a sua empresa, mas não sabe nada sobre a Lei de aprendizagem, cota de aprendizes ou até mesmo como contratar aprendizes? Então temos ótimas notícias pra você!  

Nesse artigo, nós do CIEE-RS vamos tirar todas as suas dúvidas sobre a aprendizagem e mostrar como ela pode ser uma aliada para alavancar seu negócio. O programa de aprendizagem pode ser uma ótima maneira de contribuir para o desenvolvimento da sociedade enquanto promove o crescimento interno e inovação da sua empresa, criando novos colaboradores treinados e prontos para ingressarem no mercado de trabalho. Confira: 


Ouça o texto na íntegra:

O que é o programa de aprendizagem?

O programa jovem aprendiz, criado pelo governo federal, traz uma modalidade de trabalho especial, com algumas diferenças do modelo CLT. Prevista na Lei 10.097/2000, também conhecida como Lei do Aprendiz, o objetivo dessa lei é garantir, em parceria com empresas de médio e grande porte, uma formação técnico-profissional aos jovens de 14 a 24 anos, que estejam cursando o ensino fundamental, cursando ou concluído o ensino médio. 

O programa de aprendizagem é composto por uma parte teórica, ministrada por uma entidade formadora qualificada, como o CIEE-RS, e uma parte prática, realizada na empresa contratante. 

Importante: o contrato tem duração máxima de dois anos e garante ao jovem todos os direitos trabalhistas e previdenciários, como salário mínimo/hora, férias, 13º salário, FGTS e INSS. 

Quais são os benefícios de contratar um jovem aprendiz?

Ter um aprendiz na sua empresa é uma ótima oportunidade de gerar benefícios sociais, econômicos e de desenvolvimento interno. Com um aprendiz na sua equipe, você pode melhorar os seguintes aspectos: 

  • Responsabilidade social: você ajuda a combater o trabalho infantil e a evasão escolar, além de oferecer oportunidade e qualificação para jovens em situação de vulnerabilidade social. Você também cumpre uma função social importante, a de formar novos profissionais para o mercado de trabalho. 
  • Reconhecimento no mercado: demonstra também que a sua empresa se preocupa com o desenvolvimento humano e com a sustentabilidade do país. Isso melhora a como os clientes, os fornecedores, os parceiros e a sociedade em geral veem o seu negócio. 
  • Incentivos fiscais e tributários: ao contratar um aprendiz, você tem algumas vantagens fiscais e tributárias, como a redução da alíquota do FGTS de 8% para 2%.  
  • Formação de talentos: ao contratar um aprendiz, você tem a oportunidade de desenvolver um novo profissional para o mercado de trabalho, ensinando tudo que conhece sobre práticas, habilidades, bons hábitos e muito mais. Você também pode identificar talentos potenciais nos seus aprendizes e aprimorar ainda mais outras habilidades. Isso pode reduzir os custos com recrutamento e seleção e aumentar a retenção de colaboradores. 
  • Inovação e diversidade: ao contratar um aprendiz, você traz para a sua empresa novas ideias, perspectivas e experiências. Você também promove a diversidade geracional, cultural e social no seu ambiente de trabalho. Isso estimula a criatividade e a produtividade da sua equipe. 
Aprendizes e líderes interagindo em cenário empresarial. Saiba como contratar jovens através do programa de aprendizagem CIEE-RS.

Como contratar um aprendiz?

A contratação de um aprendiz para sua equipe tem muitos pontos positivos, como trouxemos ali em cima, mas para contratar um aprendiz, você precisa seguir alguns passos importantes. Se a sua empresa tem pelo menos 7 empregados contratados em funções que demandam formação profissional, você já tem uma cota de aprendizes para incluir na sua equipe! 

  • Entender o perfil que você busca: você deve escolher qual é a área de atuação e quais são as atividades que o aprendiz vai desempenhar na sua empresa. Você também deve verificar se há vagas disponíveis para cumprir a cota mínima de aprendizes, que varia de 5% a 15% do número total de empregados da empresa. 
  • Fazer parceria com uma entidade formadora: você deve procurar uma instituição que ofereça cursos de aprendizagem compatíveis com o perfil do aprendiz que você deseja contratar. O programa de aprendizagem do CIEE-RS oferece cursos em diversas áreas de atuação. 
  • Recrutar e selecionar: A abertura de vagas de aprendizagem na Conjuntos garante que o aprendiz atende aos requisitos legais para a prática, como ter idade entre 14 e 24 anos, estar matriculado no ensino fundamental, cursando ou concluído o ensino médio e ter disponibilidade para cumprir a carga horária do curso e do trabalho. Contando com a expertise de mais de 50 anos atuando na seleção de estagiários e aprendizes que o CIEE-RS possui.

Contratar jovens aprendizes é sucesso para sua empresa

Com a experiência de mais de 15 anos atuando como Entidade Formadora, nós do CIEE-RS vivenciamos ativamente a transformação que as organizações experimentam ao utilizar o Programa de Aprendizagem como uma estratégia de seleção e desenvolvimento de novos talentos. E com a modernização dos processos, a plataforma Conjuntos traz uma solução ágil, simples e completa para abertura de vagas, recrutamento e seleção. Saiba mais sobre os benefícios que a Conjuntos pode trazer na seleção de estagiários e aprendizes.

Estamos envolvidos desde a conexão entre os jovens e as organizações, passando pela formação e acompanhamento feito por nossa equipe técnica, colhemos todos os frutos desse processo: o desabrochar de um novo profissional, repleto de ideias novas, qualificado e, intimamente engajado com os objetivos estratégicos e a cultura corporativa da empresa que o acolheu. Por isso, enxergamos o alcance do Programa de Aprendizagem, impactando não só os jovens e organizações diretamente envolvidas no processo, mas a sociedade como um todo. 

Se você estava procurando uma nova maneira de trazer mais desenvolvimento para sua organização, aderir ao programa jovem aprendiz é uma excelente escolha, vimos nesse texto que ter aprendizes na sua equipe impulsiona a inovação, a diversidade e renova o ambiente de trabalho. Acesse a Conjuntos, realize seu cadastro, abra sua vaga em menos de 10 minutos e conte com mais de 50 anos de experiência que o CIEE-RS possui na seleção de estagiários e aprendizes!

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